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Em expansão mesmo nos momentos de retração da economia entre 2015 e 2016, o segmento de lojas de conveniência deve manter este ano a sua trajetória de crescimento acima do PIB. O setor, que no ano passado cresceu 3,2% e atingiu um faturamento anual de R$ 7,4 bilhões, deve avançar cerca de 4% em 2018, segundo as estimativas da Associação Nacional das Distribuidores de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural).

Além da alta das receitas, os dados da Plural mostram que as lojas têm registrado também uma rentabilidade maior. O ticket médio dos clientes das redes de conveniência das principais distribuidoras, a BR Mania (BR Distribuidora), am/pm (Ipiranga), Select (Raízen) e Entreposto (Alesat), cresceu 5,4% em 2017, para R$ 12,54.

Para o gerente de mercado, comunicação e conveniência da Plural, Eduardo Serpa, o crescimento do setor é fruto da expansão da capilaridade da rede de lojas de conveniências e da mudança do perfil do consumidor.“O consumidor hoje quer otimizar o seu tempo, resolver tudo num mesmo lugar. A loja de conveniência possibilita isso. É uma mudança cultural. Acredito que há muito espaço ainda para o segmento crescer, inclusive para fora dos postos. Hoje há uma tendência no mercado internacional de lojas de conveniência que transcendem os postos de combustíveis”, avalia Serpa.

A Lojas Americanas, maior rede de departamentos do país, é um exemplo dessa tendência. A companhia, que batizou suas lojas de conveniência de “Local”, planeja abrir 30 unidades nesse formato em 2018, em São Paulo e no Rio de Janeiro e, no longo prazo, alcançar 3 mil lojas. A varejista pretende abrir as pontos de venda em postos, mas também em hospitais e escolas.

Para o sócio-diretor da CVA Solutions, Sandro Cimatti, a conveniência cresce porque a distribuidoras de combustível se deram conta que as lojas rentabilizam os postos. “Quem compra na loja de conveniência, tende a passar mais tempo nos postos e a consumir outros serviços”, diz.

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Em 2017, houve, ainda, uma expansão de 3,2% no número de lojas no país, para 7,9 mil unidades operando. A líder do segmento é a Ipiranga, que aumentou em 1,6 ponto percentual a sua participação de mercado, para 28,9%. A BR Distribuidora, líder nas vendas de combustíveis, perdeu 0,9 ponto percentual, para 16,9%, e está em terceiro lugar. Em segundo vem a Raízen, com uma fatia de 18,4% (e avanço de 0,2 ponto percentual).

Com uma rede de conveniência considerada pequena para o tamanho de sua cadeia de postos, a BR tem, justamente, se dedicado a revisar o seu modelo de negócios no segmento. A companhia quer atrair um parceiro para investir em conveniência e ao menos duas empresas – a 7-Eleven e a Lojas Americanas – já abriram conversas com a BR, segundo o Valor apurou no início do mês.

Fonte: Valor Econômico

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