A Petrobras Distribuidora (BR) encerrou o terceiro trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 1,078 bilhão, valor 173,6% maior do que no mesmo período do ano anterior.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério ajustado apresentou queda de 40,2% na mesma comparação, chegando a R$ 631 milhões. A margem Ebitda ajustado também ficou menor, passando a 2,4% de 4,8% no terceiro trimestre de 2017. O ajuste inclui amortização das bonificações antecipadas a clientes e perdas e provisões com processos judiciais e gastos com anistias fiscais, entre outros.
No comparativo com o segundo trimestre, o Ebitda ajustado apresenta um aumento de 24,2%, “demonstrando a recuperação após a greve de maio”, diz a mensagem da administração que acompanha os dados, citando a greve dos caminhoneiros naquele mês. O impacto com a perda de estoque de diesel foi de R$ 200 milhões no segundo trimestre e de cerca de R$ 38 milhões no terceiro.
Outro fator mencionado na análise foi o fraco desempenho econômico do País ao longo dos últimos nove meses refletido pela baixa performance da indústria e do comércio, que tem afetado o crescimento dos segmentos de Rede de postos e principalmente Mercado de Grandes Consumidores.
A receita líquida cresceu 21,1%, para R$ 26,455 bilhões no terceiro trimestre, com o aumento dos preços médios de venda dos produtos, “em linha com foco na estratégia de melhora da rentabilidade”, afirma o documento. No segmento de rede de postos, o volume de vendas cresceu 4,5% sobre o segundo trimestre e caiu 2,4% ante um ano.
“Vale ressaltar que, no segmento de Rede de Postos, os revendedores ‘bandeira branca’ têm mostrado certa resiliência, mantendo o market share conquistado em um cenário de alta competitividade, quando ainda havia espaço para arbitragem nas importações”, diz a companhia.
A previsão é de que o etanol continuará prevalecendo. “A produção de etanol cresceu muito no ciclo 2017/2018 em detrimento ao açúcar, e ao que tudo indica, seguirá em alta no ciclo 2018/2019.”
No segmento Mercado de Grandes Consumidores as vendas subiram 25% sobre o segundo trimestre, puxado por óleo combustível para as térmicas, mas caíram 6,1% em relação ao terceiro trimestre de 2017.
+++ LEIA TAMBÉM: Em um ano, 120 postos gaúchos fecham as portas.
No Mercado de Aviação, o volume de vendas foi 6,9% maior ante o segundo trimestre e 5% também acima do período de julho a setembro do ano passado. Por fim, em Mercados Especiais o volume ficou estável na comparação trimestral e caiu 4,6% na anual.
O resultado financeiro líquido somou R$ 353 milhões, revertendo cifra negativa de R$ 232 milhões no terceiro trimestre de 2017 e acima do segundo trimestre, quando estava positivo em R$ 269 milhões. A justificativa são os recebimentos das parcelas do acordo de confissão de dívida firmado entre a Eletrobras e a companhia. Foram R$ 463 milhões referentes às três parcelas da dívida quitadas entre julho e setembro deste ano.
Fonte: istoe.com.br