O novo diesel menos poluente agora é obrigatório. A partir de 2014 a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustível (ANP) prevê a comercialização exclusiva e obrigatória do diesel S-10 (10 partículas por milhão – ppm) e do S-500 (500 ppm), com baixo teor de enxofre, para a frota de caminhões, ônibus e outros veículos do ciclo diesel de uso em estrada. A resolução é válida em todo o território nacional.
Prazo para Transição
A nova resolução também estabelece prazos e regras para a transição entre a comercialização do S-1800 e a do S-500. Distribuidores e revendedores varejistas de municípios em que ocorrerá essa migração terão prazo de 60 e 90 dias, respectivamente, para escoar seus estoques de diesel S1800 adquiridos até 31 de dezembro de 2013.
O óleo diesel S-500 será comercializado em todo território nacional, com exceção das cidades de Recife, Fortaleza e Belém e suas regiões metropolitanas nas quais a obrigatoriedade de comercialização é exclusiva do óleo diesel de baixo teor de enxofre, S-10. Diferente do óleo diesel S-500, o S-10 está disponível apenas nos postos de revenda listados na página da ANP na internet. Atualmente, são 4.173 obrigatórios e 8.244 voluntários, totalizando cerca de 12,4 mil postos de revenda em todo o país.
Principais Diferenças
Ainda existem muitas dúvidas em relação às diferenças entre o Diesel S10 e o Diesel S50. Abaixo listamos algumas recomendações e orientação para ajudar os revendedores com suas principais dúvidas.
Principal Diferença entre S10 e S50
Visualmente não houve mudanças, por isso o motorista deve ficar atento ao abastecer verificando a indicação na bomba de combustível. Basicamente a principal alteração foi na quantidade de enxofre presente – o diesel S10 tem 10 partes por milhão enquanto o S50 tem 50 partes por milhão.
O Diesel S-10 é o diesel com teor de enxofre máximo de 10 mg/kg (ou partes por milhão, ppm) tem número de cetano de 48, contra 42 do Diesel S-500/1800 e 46 do Diesel S-50. O número de cetano mede a qualidade de ignição. Além disso, possui uma faixa estreita de variação da massa específica (820 a 850 kg/m³) e uma curva de destilação com a temperatura dos 95% evaporados de no máximo 370ºC.
A diferença entre o S10 e o S50 se faz presente na baixa emissão de poluentes como o NOx (Dióxido de Nitrogênio) e o SOx (Dióxido de Enxofre).
Presença de Enxofre e Lubrificação
O “antigo” diesel diferenciava-se da gasolina pelo maior ponto de fulgor e pelo maior poder de lubrificação, esta última, característica essencial para a durabilidade das agulhas dos injetores.
O maior poder de lubrificação era consequência da presença do enxofre, mas, para que houvesse a diminuição no teor de enxofre, houve o aumento da participação do biodiesel na composição do óleo diesel. Importante para compensar a diminuição do teor de enxofre, mas que trouxe outros problemas pontuais, principalmente relacionados à lubrificação e à formação de bactérias, como durabilidade menor do combustível, obstrução dos bicos injetores, desgaste nas agulhas dos injetores, entupimento do filtro de combustível e formação de sedimentos, problemas que podem estar relacionados à formação de bactérias, corrosão do sistema de injeção, e até à contaminação do óleo lubrificante.
Principais Dúvidas
1. Veículos Fora de Estrada devem utilizar qual Diesel ?
Desde janeiro deste ano, o uso do Diesel S 10 é obrigatório para o transporte rodoviário, o que exclui os veículos fora estrada, agrícolas, ferroviário, mineração, geração de energia elétrica.
Os veículos fora de estrada ainda podem usar o Diesel S 500 e o Diesel S 1800, próprios para os equipamentos que ainda não sofreram alterações na construção dos motores.
2. Os caminhões e ônibus antigos poderão utilizar o Diesel S-10?
Sim. Os benefícios do diesel de baixo teor relacionados à conservação do motor podem ser usufruídos pelos veículos fabricados antes de 2012. No entanto os benefícios ambientais serão menores quando comparados com os que veículos P7 proporcionam, e até mesmo nulos no caso de veículos muito antigos.
Nos motores atuais, com tecnologia P5 (equivalente ao Euro 3), o benefício é a redução de 10 a 15% na emissão de material particulado.
3. Caso algum veículo a diesel antigo queira utilizar o Diesel S-10, há necessidade de se fazer alguma adaptação?
Nenhuma adequação é necessária nos veículos antigos.
4. Os postos precisarão ser adaptados para receber o novo diesel?
O Diesel S-10 tem características diferentes do Diesel S-500/S-1800 atual, necessitando armazenagem exclusiva ou limpeza do tanque, no caso da troca de S-500/S-1800 por S-10. No caso dos postos onde haverá a troca do Diesel S-50 pelo S-10, não haverá necessidade de limpar o tanque. Porém, a armazenagem deve continuar a ser exclusiva.
A decisão da construção ou não de um novo tanque dependerá da decisão do dono do posto e dependerá do numero de tanques disponíveis em sua instalação.
5. O filtro usado no posto para o S-500/S-1800 pode ser o mesmo para o S-10?
Os equipamentos em uso no posto (tanque, filtro e bomba de diesel) podem ser disponibilizados para a venda de diesel com baixo teor de enxofre, desde que sejam previamente limpos o tanque e o filtro (substituição dos elementos filtrantes). Cabe, no entanto, observar que para cada tipo de produto (ex: Diesel S-10, Diesel S-500) é necessário um filtro próprio.
6. O Diesel S-10 tem validade?
Não é possível determinar prazo de validade para produto vendido a granel. No caso do diesel é desaconselhável que se estoque o produto mais de três meses sem giro.
7. O ARLA 32 é um aditivo ao Diesel S-10?
Não. Em hipótese alguma Arla 32 deve ser adicionado ao reservatório de Diesel S-10. O ARLA 32 é um fluído automotivo que atua nos sistemas de exaustão como agente redutor de até 98% das emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), transformando-os em vapor d’água e nitrogênio. É abastecido em reservatório específico, sendo a solução injetada diretamente no sistema de exaustão e reagindo com os gases do escapamento.
8. Existe algum mecanismo para evitar a troca de produtos (Diesel S-10 x ARLA 32) no momento do abastecimento de cada um?
Sim, os respectivos bocais e bicos de abastecimento possuem diâmetros diferentes.
9. O que acontece se o veículo P7 não for abastecido com ARLA 32?
O OBD (On Board Diagnosis), sistema de sensores que medem a qualidade das emissões de gases do veículo, vai alertar ao motorista que ele tem até 48 horas para abastecer o reservatório de ARLA 32. Caso contrário, o veículo perderá potência até um limite de 40%.
10. Qual é o consumo médio esperado para o ARLA 32?
O consumo médio esperado é da ordem de 5% do consumo de óleo diesel, podendo variar dependendo das condições de uso do veículo e de tráfego.
Agora que você já conhece mais sobre as diferenças do novo diesel acesse nossa Loja Virtual para encontrar os equipamentos necessários para o seu dia-a-dia.
Boa Leitura
Consultor Brasil Postos
Fontes:
1- http://www.br.com.br/wps/wcm/connect/b4f3cb004de479c08eaadf73cb9b3dc7/perguntas-frequentes-S-10.pdf?MOD=AJPERES
2- http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,diesel-menos-poluente-sera-obrigatorio-a-partir-de-2014,173507,0.htm