Aposentada critica falta de detalhes no posto Cidade Jardim, na Avenida ACM: “Para o consumidor é bom, mas a placa não informa até quantos por cento vale a pena um ou outro”.
Após serem notificados em ação educativa, na semana passada, nove postos de combustíveis visitados ontem pela Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), órgão municipal, passaram no teste de cumprimento da lei municipal 8511/2013, que obriga os estabelecimentos a afixarem o cartaz com a relação entre o preço do etanol e da gasolina.
O objetivo da lei é facilitar a escolha do consumidor entre os combustíveis. Quando a razão estiver abaixo dos 70%, vale a pena colocar o álcool. Acima disso, só vale a gasolina. A exigência entrou em vigor no último dia 17 e, desde a semana passada, 17 postos foram notificados por descumprimento. “Quem for flagrado novamente é autuado e deve pagar multa equivalente a três salários mínimos, dobrando o valor a cada reincidência”, explicou a chefe de fiscalização do Codecon, Rose Estrela.
Porém, isso não ocorreu ontem. Além de fazer as visitas com o órgão, o CORREIO visitou outros cinco postos. Todos eles (em locais como Bonocô, Avenida ACM, Vasco da Gama, Ondina, Federação e Garibaldi) cumpriram a lei que, apesar de elogiada por consumidores, pode resultar inócua por falta de compreensão.
A aposentada Neide Silva, de 76 anos, criticou a falta de detalhes no posto Cidade Jardim, na Avenida ACM. “Para o consumidor é bom, mas a placa não informa até quantos por cento vale a pena um ou outro”, disse, admitindo que não sabia fazer o cálculo.
A crítica foi repetida por vários clientes. “A maioria não entende. A gente explica”, disse o gerente de um dos postos. Em todos os estabelecimentos visitados, o valor estava acima dos 70%, chegando a 80% em alguns deles.