Cuidados ajudam você a passar longe de álcool ou gasolina de baixa qualidade. O seu carro agradece
Combustível adulterado pode afetar o desempenho do motor e causar muita dor de cabeça ao dono do veículo com oficina. Veja como se prevenir da gasolina ou álcool “batizados” e saiba o que é preciso fazer para fugir dessa armadilha.
A dica é sempre abastecer no mesmo local. Para você se assegurar da qualidade do combustível nesse posto, seja álcool ou gasolina, exija um teste do produto. É um direito seu. Para saber como funciona o teste, no próprio estabelecimento as regras devem ser apresentadas e esclarecidas.
Verifique também se o posto tem lacres eletrônicos instalados nos bocais dos reservatórios de combustível. Qualquer consumidor pode denunciar um estabelecimento que apresentar irregularidade pelo telefone da ANP (Agência Nacional do Petróleo): 0800-9700267.
Álcool/ No Brasil há dois tipos de álcool, o anidro e o hidratado. O primeiro é utilizado para compor a gasolina na proporção de 25% para cada litro e é isento de impostos. O segundo é o etanol que você compra no posto. Ao “batizar” o combustível, os adulteradores adicionam água ao álcool anidro e o vendem como álcool hidratado. Essa prática é o que se chama de “álcool molhado”.
O álcool hidratado, que é o que deve ser usado em carros flex, leva até 7% de água pura em sua composição. A água utilizada na adulteração vem da torneira e conta com cloro, prejudicial ao motor.
O governo aprovou recentemente a proposta da ANP para utilizar corante a fim de identificar o produto irregular. A ideia com essa medida é acrescentar uma tintura laranja ao álcool anidro. Assim, se a bomba do posto apresentar combustível de cor, o produto é uma mistura irregular.
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Fraude na bomba ‘mente’ volume no abastecimento
Outro risco é abastecer em postos que entregam menos combustível do que o registrado na bomba. Uma recomendação para evitar esse problema é observar se, ao ligar a bomba, ocorre um avanço nos indicadores de volume e preço. Em caso positivo, não aceite o abastecimento, pois provavelmente a mangueira se encontra vazia e o consumidor vai pagar por um combustível que não foi fornecido.
Caso ocorra a dúvida quanto ao volume efetivamente entregue pelas bombas, o consumidor pode solicitar ao gerente do posto a medida de 20 litros para que se efetue a medição em sua presença. O erro máximo permitido para 20 litros é de mais 100 ml.
Durante a fiscalização, técnicos do Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) e da ANP fazem o exame visual das bombas, checagem das marcas de verificação e do sistema de lacração, seguidos de testes para verificar se a quantidade de combustível registrada no abastecimento é a mesma recebida.
Fonte: Diário de São Paulo