Quem tem posto de gasolina sabe que o preço de bomba é o principal fator para atrair consumidores. Como nesse mercado o valor das mercadorias fica literalmente na porta do estabelecimento e o consumidor é muito sensível aos preços, poucos centavos são capazes de determinar o sucesso – ou fracasso – do empreendimento. Por isso, o preço praticado pela distribuidora é fundamental para o sucesso do posto de gasolina. Preços discriminatórios prejudicam postos e seus clientes.

Nos chamados contratos de bandeiramento, o posto ostenta a marca (ou “bandeira”) de uma determinada distribuidora e, em troca, passa a comprar combustíveis somente dela. Em razão dessa exclusividade o posto de gasolina fica ainda mais sensível ao preço praticado pela distribuidora, já que dele dependerá o volume vendido e, consequentemente, o seu faturamento e as margens de lucro.

Apesar disso, em alguns casos a distribuidora acaba fornecendo combustíveis a preços maiores do que aqueles praticados no mercado onde o posto de gasolina está inserido, inclusive para aqueles que ostentam a mesma bandeira e possuem características similares, tais como localização, venda média mensal, dentre outras. Por  isso, preços discriminatórios ou falta de competitividade prejudicam os postos de gasolina.

Essa conduta pode ser prejudicial não apenas ao posto de gasolina, como também a todo o mercado, já que pode configurar prática de preço discriminatório. Em outras palavras, preço discriminatório ocorre quando a distribuidora diferencia os preços entre os postos sem que haja critérios objetivos de racionalidade econômica que justifiquem a diferenciação.

Há muitos anos atuando no setor, já vimos casos de postos de gasolina cujo preço de compra na distribuidora estava mais alto do que o preço de venda na bomba praticado pelos seus concorrentes. Nessas situações é evidente que existe desequilíbrio contratual e inviabilidade de competição, o que fatalmente fará com que o posto de gasolina não consiga cumprir a litragem contratada.

Apesar da enorme preocupação e prejuízo que essa conduta possa trazer ao posto de combustível, é possível evitá-la. Por meio da elaboração de uma estratégia personalizada e adequada à realidade do cliente, em vários casos pudemos fazer com que essa distorção fosse corrigida e o posto voltasse a ter um preço de compra compatível com a realidade na qual se encontrava, restaurando a competitividade e lucratividade.

Se os preços praticados pela distribuidora estão prejudicando o seu posto de gasolina, não é necessário esperar o prejuízo se acumular, basta entrar em contato com uma assessoria jurídica especializada para conseguir resolver o problema e voltar a ter uma empresa lucrativa!

por Mariana Cerizze e Arthur Villamil

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