O deputado diz que é possível reaproveitar as pessoas que vão perder os empregos, dando a elas mais qualificação para que possam ocupar melhores postos de trabalho.
“O trabalhador que está ali sob algumas condições que em outros países nem pode. É desumano, não tem dignidade ele ficar cheirando benzeno ali, ficar trabalhando sob sol, sob chuva, condições precárias. E ele pode sim ter uma outra oportunidade de trabalho”, alega o deputado.
Reiner Leite, representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), acredita que o autosserviço é uma evolução tecnológica inevitável. Ele também defende que os postos de gasolina têm o direito de querer reduzir seus próprios custos.
“A CNC vê com bons olhos esse projeto, exatamente no sentido de que o custo operacional para as empresas de combustíveis é muito excessivo, é muito exorbitante. Hoje o setor de combustíveis é o setor que mais paga impostos, sejam eles estaduais e federais e efetivamente ele congrega vários outros custos operacionais.”
Já o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), Luiz Arraes, disse que o trabalhador representa menos de 2% do custo operacional das empresas. Segundo ele, se o autosserviço for implantado, 500 mil frentistas vão ficar desempregados. Arraes também afirma que o autosserviço amplia o risco de acidentes.
“Temos que lembrar que é uma área perigosa, de explosão e etc. Não vai agilizar o abastecimento, não vai reduzir o preço do combustível… a Agência Nacional de Petróleo acabou de se pronunciar que não existe nada que comprove que baixa o preço”, argumentou. O deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) concorda.
“O preço do combustível é alto no Brasil não por causa das revendedoras, que ficam com a parcela menor, mas sim porque está vinculado ao mercado internacional. Nós compramos derivados de petróleo nos Estados Unidos, enquanto as refinarias da Petrobras estão com capacidade ociosa. Então, se querem baratear o preço do combustível, é preciso olhar com outros olhos e não caminhar no sentido de desempregar tantos trabalhadores.”
Na América do Sul, o único país que autoriza os motoristas a abastecerem seus próprios carros é o Chile. Nos Estados Unidos e em vários países da Europa, os frentistas já desapareceram.
Fonte: Câmara de Deputados
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Assim como em outros países os frentistas já desapareceram, aqui também pode acontecer, e não vai ser da noite para o dia. Nem vai gerar mais desemprego.
Vejam bem:
Cada motorista abastecendo vai ter pouco contato com agentes nocivos;
Frentistas se aposentam mais cedo, devido a esse alto contato com agentes nocivos, portanto custam mais à Previdência;
Alguns adoecem e até morrem mais cedo devido ao contato com esses agentes nocivos;
Nem todos os frentistas ficarão desempregados, parte vão ser absorvidos pelo próprio estabelecimento em outras funções;
Menos fiscalização nos postos, pelo menos na área trabalhista;
Devido às novidades tecnológicas novos cargos seriam criados dando oportunidade a outras pessoas;
Menos sindicatos perturbando a ordem;
Outro motivo: Esse sistema seria implantado gradualmente;
Acho perfeitamente viável.
Minha família está nesse ramo desde 1958, portanto …