Em tramitação na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) 6.407/2013 pode tornar a conversão para o GNV (gás natural veicular) um investimento mais vantajoso. Isso porque, segundo especialistas, vai haver aumento da competição no setor, com impacto positivo nos preços do combustível.
O texto da Nova Lei do Gás foi aprovado pela Comissão de Minas e Energia e no mês passado o projeto entrou no regime de urgência. No entanto, além de pensar apenas na redução de custo, o consumidor deve avaliar o impacto no desempenho do carro. Pois, a depender do modelo, pode haver perda de performance.
O engenheiro e mentor de tecnologia e inovação em engenharia avançada da SAE Brasil, Erwin Franieck, acredita que, se a nova lei for aprovada, os preços do GNV serão muito mais competitivos. A Nova Lei do Gás (PL 6.407/2013) vai permitir que várias frentes forneçam gás para a rede, acabando com o monopólio da Petrobras.
“A tendência é ter uma disputa maior de preços e o custo cair”, indica o engenheiro.
A alta nos preços da gasolina, desde a flexibilização da quarentena, traz de volta o interesse pelo GNV. Para o gestor nacional dos cursos de engenharias mecânica, civil, elétrica e controle e automação da Estácio, Carlos Eduardo R. B. Barateiro, depende. “O uso do gás natural veicular traz uma série de vantagens, principalmente para quem tem um grande volume de quilometragem.
A quarentena reduziu a atividade econômica, trazendo menor necessidade de deslocamentos. A redução do poder de consumo levou a população a repensar seus investimentos, e, por isso, a conversão dos motores teve uma queda nos últimos meses.
“A retomada econômica é um fator mais importante para o aumento das conversões do que propriamente o aumento do preço da gasolina. Mesmo porque, se o aumento da gasolina for compensado pelo ganho no desempenho, não seria isso que provocaria a mudança do uso no combustível”, pondera.
O custo do GNV está em queda neste momento. Em Salvador, o preço médio do metro cúbico pesquisado pela ANP em junho foi de R$ 2,916, reduzindo para R$ 2,874 em julho e R$ 2,817 este mês.
Economia x performance
Os motores com o kit de GNV têm uma melhoria no rendimento energético (gasto de combustível por quilômetro rodado), porém há uma perda de desempenho de 15% a 50% na sua potência e torque, avalia o professor R. B. Barateiro.
Antes da conversão, é preciso fazer um balanço entre economia e mudança no desempenho, dependendo das características técnicas e mecânicas do veículo. “Por exemplo, motores de maior ‘cilindrada’ sofrem menor redução na potência e torque e têm maior ganho de economia, porque rodam em rotações mais baixas, demandando menos combustível nos circuitos urbanos.
Já nos modelos de 1000 cm³ e baixa potência não há grande vantagem na economia de combustível, pois a menor potência exige que o motor funcione sempre ‘cheio’, girando mais alto para manter o ritmo do trânsito”, explica Barateiro. “Já os motores turbo obtêm os melhores resultados de performance e economia, pois a admissão forçada permite variações da mistura de ar/combustível, que otimizam o compromisso entre redução no consumo e preservação da potência e torque”.
Gás e turbo combinam
Erwin Franieck, engenheiro da SAE Brasil, concorda. “Com gás, entra menos ar do que devia no cilindro. Sempre reduz o motor um pouco, anda menos. Funciona super bem, mas é como se você pegasse um motor 1.4 e reduzisse para 1.3. Por isso, não é indicado GNV em modelos 1.0 – exceto os turbos e melhor ainda se for de injeção direta. Gás e turbo combinam bem, porque entra ar pleno e injeta gás dentro. Aí não perde a potência”.
O engenheiro mecânico com especialização em tecnologia automotiva, Gildson Dantas, possui veículos com kit GNV há mais de 20 anos. “Tenho conhecimento na prática de como funcionam, desde a 1ª até a 5ª geração e sua utilização no dia a dia”, avalia.
Segundo ele, quem for instalar o kit deve procurar pelo de 5ª geração, incluindo modelos turbos. “Existe uma 6ª geração, mas para veículos de injeção direta. A configuração do módulo de injeção, redutor de pressão e outros componentes são diferentes”. A 5ª geração, por sua vez, trouxe bicos injetores específicos para injeção do gás. A perda de potência é normal, de acordo com Dantas, principalmente quando o veículo é flex, rodando com etanol.
Certificação pelo Inmetro
Importante lembrar que a empresa de instalação seja certificada pelo Inmetro, com todos os critérios técnicos, mão de obra qualificada, equipamentos adequados para aquele tipo de veículo. O sedã é mais indicado, para que o proprietário ainda tenha algum espaço de porta-malas. “Se você colocar o kit em um hatch pequeno, praticamente perde a mala”, diz Dantas, que lembra que alguns veículos, como vans, podem ter os cilindros instalados embaixo. Outra dica do engenheiro é que, no caso dos carros flex, o ideal é rodar com etanol e GNV. “Na mudança de combustíveis, o carro se adapta melhor”.
O ideal para a conversão é rodar mais de 5 mil km por mês, para ter um retorno mais rápido do investimento. Em Salvador, a instalação varia de R$ 4.500 e R$ 5 mil. “A cada R$ 100 com etanol, o motorista gasta R$ 40 com GNV, para rodar a mesma quilometragem”, compara Dantas. “O que avalio deste mercado é que quando aumenta muito o preço da gasolina há um aumento de procura por kits GNV, ou quando o preço do GNV cai”.
Performance do Fiat Siena no modo GNV
Mesmo com motor 1.4, é preciso uma dose de paciência e adaptação para rodar com o Fiat Siena no modo GNV. O sedã que rende até fracos 88 cv com etanol pode passar a GNV por meio de uma botão abaixo do console central, que também indica o volume de gás nos cilindros. O sistema, de quinta geração, pode transferir automaticamente para etanol ou gasolina, caso o carro precise de mais potência, retornando ao gás, assim que não for mais exigido.
A sensação é de estar rodando com um veículo de menor cilindrada e pesado – literalmente, pelos cilindros instalados no porta-malas. Com isso, vai exigir mais trocas de marchas e paciência.
O Grand Siena na versão Attractive 1.4 flex sai por R$ 55.790, além de R$ 690 cobrados pela preparação do GNV. Deve-se considerar mais cerca de R$ 5 mil pela instalação e documentação do kit. A fabricante oferece manutenção da garantia original de um ano para kits de quinta geração instalados por convertedores certificados pelo Inmetro.
Entre as modificações, segundo a Fiat, o cabeçote do motor tem válvulas e sedes de válvulas produzidos com material mais resistente e com nova geometria. O coletor de aspiração foi projetado para receber na posição correta os bicos injetores de gás.
Fazendo contas
Na ponta do lápis, encher os dois cilindros (15 m³) no atual preço custa R$ 42,25 para rodar 180 km. Com gasolina, o Grand Siena faz 11,1 km/l e com etanol, 7,7 km/l. Ou seja, no caso do combustível mineral, que custa R$ 4,353 em média o litro em Salvador, rodar os mesmos 180 km custa R$ 70,59, e com etanol, na média a R$ 3,035, o motorista desembolsa R$ 70,95.
Com a diferença no custo entre usar GNV e combustível líquido de 60%, mantidos os atuais preços do m³ do GNV, o consumidor que roda em média 3 mil km por mês “paga” a conversão em 10 meses. Ou seja, a partir do 11º mês ele passa a ter lucro.
Se desempenho não é o forte do Grand Siena, espaço no banco traseiro e porta-malas (de 520 litros, mesmo perdendo quase metade do espaço para os cilindros) são seus destaques. Nesta versão Atractive, o sedã traz ar-condicionado, computador de bordo, direção hidráulica, preparação para sistema de som, vidros e travas elétricos.
Fonte: tarde.uol.com.br
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