Redução deve-se ao recuo na quantidade de vendas, fruto possivelmente de novas medidas de isolamento e do aumento dos combustíveis
A receita dos postos de combustíveis encolheu 22,8% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2020, de acordo com a Cielo.
Segundo o head de Inteligência da companhia, Pedro Lippi, essa redução deve-se ao recuo na quantidade de vendas, fruto possivelmente de novas medidas de isolamento em boa parte do país e do aumento do preço dos combustíveis.
Em janeiro, as vendas nos postos de gasolina já haviam apresentado baixa de 8,6% frente a janeiro do ano passado.
Etanol perde na competitividade para gasolina em todos estados, diz ANP
Segundo levantamento da ANP, o preço do etanol ao consumidor ficou em R$ 4,121 o litro na semana de 07 a 13 de março, ante R$ 3,898
Os preços médios do etanol hidratado e da gasolina ficaram mais caros na última semana no varejo brasileiro. A gasolina, mesmo em alta, é mais vantajosa que o biocombustível em todos os estados do país.
Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do etanol ao consumidor ficou em R$ 4,121 o litro na semana de 07 a 13 de março, ante R$ 3,898 o litro na semana anterior (28 de fevereiro a 06 de março), o que representa um aumento de 5,7%.
Na semana passada, o estado do Rio Grande do Sul teve em média o etanol mais caro do País: R$ 5,303 por litro. O preço máximo entre os estados brasileiros para o etanol foi verificado também no Rio Grande do Sul: R$ 6,159 o litro. Já em São Paulo, principal estado produtor de etanol do Brasil, o preço médio do biocombustível ficou em R$ 3,949 o litro, ante R$ 3,775 (+4,6%) o litro na última semana. O etanol em média mais barato no Brasil foi registrado no estado do Mato Grosso, com média de R$ 3,872 o litro.
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Já o preço médio da gasolina comum no país ficou em R$ 5,492 o litro, ante R$ 5,290 o litro da semana anterior (alta de 3,8%). O preço do etanol equivaleu a 75,8% do preço da gasolina em São Paulo na última semana
No Mato Grosso, a relação de paridade está em 70,5%. Em Goiás, a paridade ficou em 73,6%. Em Mato Grosso do Sul em 75,5% e em Minas Gerais em 73,8%. Considera-se o etanol mais vantajoso que a gasolina quando a relação de
paridade entre os preços está abaixo de 70%.
Bolsonaro pede a Lira para votar projeto sobre venda direta de etanol
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 15, a apoiadores que tem conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que seja pautado o projeto de lei que trata da venda direta de etanol das usinas para os postos, ao qual Bolsonaro chamou de “álcool desde a refinaria”.
Sob pressão de caminhoneiros e apoiadores que reclamam da alta dos derivados de petróleo, Bolsonaro tem movimentado aliados políticos para encontrar uma solução para a questão.
Em novembro de 2019, a Comissão de Minas e Energia da Câmara aprovou relatório que permite aos produtores de etanol vender o combustível diretamente para os postos de combustível, sem que passe por empresa distribuidora. Atualmente, a venda direta das usinas é vedada por resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O texto está parado desde fevereiro de 2020 aguardando designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
No período da manhã, o presidente relatou que Lira deve colocar um texto sobre a questão em voto e afirmou que “está brigando” sobre o assunto desde que chegou ao poder. “Eu diminuí o imposto do gás de cozinha e do diesel e 19 governadores aumentaram o ICMS”, afirmou. “Dezenove governadores querem que vocês continuem pagando alto o diesel e o gás de cozinha”, disse Bolsonaro a apoiadores no Palácio da Alvorada.
Bolsonaro acusa governadores de manterem preço do combustível alto
O presidente Jair Bolsonaro reclamou hoje do aumento no preço de referência para cobrança de ICMS sobre o diesel e o gás de cozinha. Diante dos últimos reajustes nas refinarias, o efeito da suspensão recente da cobrança de PIS/Cofins pelo governo federal sobre o combustível dos caminhões foi, na prática, anulado para o consumidor final. Em conversa com apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que os governadores querem que o valor permaneça alto.
“Dezenove governadores aumentaram o ICMS, eu baixei o imposto para ficar mais barato o diesel e o gás de cozinha e 19 governadores querem que vocês continuem pagando alto”, argumentou.
O presidente enviou projeto ao Congresso para mudar a forma de cobrança de ICMS, que hoje incide em um preço médio, calculado a cada 15 dias, com base no valor cobrado nos postos.
O presidente propõe que haja uma alíquota fixa em reais pois o sistema atual estaria retroalimentando a alta de preços.