Caminhões encontrados em laboratório de combustível adulterado em Feira pertencem à G8 Log Transportes

Os 18 veículos encontrados em um galpão clandestino no município de Feira de Santana, no último dia 25 de janeiro durante a Operação Carbono, pertencem a transportadora G8 Log Transportes. A informação foi confirmada por fonte ligada à alta cúpula de outra empresa do segmento.

Balcão descoberto pela Operação Carbono, no último dia 25 de janeiro, em Feira de Santana

O local foi desarticulado no último dia 25 de janeiro por agentes do Departamento de Combate ao Crime Organizado, bem como pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA) e Agência Nacional do Petróleo, levando a crer que não seria uma simples ação de fraudadores e sim uma atividade ligada à uma organização criminosa.

De acordo com apuração de A TARDE, a G8 Log Transportes é de propriedade de Mohamad Hussein Mourad, principal investigado na “Operação Cassiopeia” do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Os 18 caminhões tanques encontrados teriam capacidade, cada, para transportar 45.000 mil litros, o que representa 810.000 litros de gasolina adulterada no total. A quantidade daria para realizar pelo menos 20.000 abastecimentos de veículos de passeio. Segundo a apuração, a G8 Log Transportes teria mais de 500 veículos deste tipo.

Organização

Os autos da investigação apontam que Mohamad seria investigado por ser o chefe de uma megaoperação de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro no mercado de combustíveis.

As investigações apontam ainda que ele seria o verdadeiro proprietário da formuladora Copape e da Distribuidora Aster. A formuladora Copape é investigada por fraude tributária que ultrapassa a casa de R$ 1 bilhão. As investigações apontam ainda que existem fortes indícios de lavagem de dinheiro na atuação da empresa e que há possíveis ligações entre os sócios e membros com o Primeiro Comando da Capital, o PCC.

Notas fiscais da empresa DAX OIL, uma pequena refinaria localizada na Bahia, foram encontradas pela operação  e apontavam que o produto utilizado para adulterar o combustível não era destinado para o local onde foram encontrados.

Observou-se ainda, de acordo com pesquisas realizadas, que a Dax Oil Refino S.A havia aumentado de forma exponencial os volumes de importação e que quase a totalidade do produto seguia para terminais portuários localizados em Santos e comercializados para a empresa Copape, que seria de propriedade de Mohamad como apontado pelas investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Isso indica que mesmo importando naftas e outros derivados de petróleo como se fossem insumos para a produção, na verdade a Dax Oil servia apenas como uma grande empresa de repasse para a Copape, que teve as importações suspensas após a Operação Cassiopéia.

Postos de Gasolina

De acordo com fontes do mercado, a operação pela Dax Oil era privilegiada por um regime especial concedido pela Secretaria de Fazenda do Estado da Bahia, para compra de insumos com o objetivo na produção, porém a Dax Oil seria utilizada para beneficiar a formuladora investigada em São Paulo.

As mesmas fontes de mercado, informaram que Mohamad já possui atualmente, em São Paulo, pelos menos 500 postos de gasolina, e que recentemente teria adquirido pelos menos 50 postos na Bahia.

Caso as irregularidades apontadas pelo MP-SP se confirmem, as autoridades da Bahia não teriam somente desarticulado uma pequena quadrilha de adulteradores no interior baiano e sim o braço de uma megaoperação de fraudes comandadas a partir de São Paulo, com laços próximos com o principal grupo criminoso do país, que é o Primeiro Comando da Capital.

Fonte: https://atarde.com.br/

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