ANP estima que cerca de 30 milhões de litros de gasolina e de etanol foram adulterados com o metanol no ano passado.

A adulteração de combustíveis continua sendo um problema grave no Brasil. Segundo levantamento realizado pela ANP, os flagrantes de casos de produtos “batizados” com metanol bateram recorde em 2023.

Para detectar a adulteração, que é quase impossível de ser percebida a olho nu, a agência recolhe amostras nos postos e realiza uma avaliação utilizando reagentes. Quando há metanol na mistura, o produto fica na cor roxa.

O metanol é uma substância utilizada como solvente na indústria química, sendo proibido por lei adicioná-lo à mistura de combustíveis. Ele provoca prejuízos, como a corrosão dos componentes do motor do veículo, o que prejudica seu rendimento e pode até gerar a necessidade de uma retificação.

“Além dos grandes riscos para a saúde que esse produto traz, é um produto que pode causar cegueira e, se um frentista passar na mão, pode inclusive ter problemas químicos na pele. Portanto, não é de forma alguma para ser usado”, explica Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal.
Levantamento da ANP aponta que volume adulterado é suficiente para abastecer em média um milhão e meio de veículos - Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Levantamento da ANP aponta que volume adulterado é suficiente para abastecer em média um milhão e meio de veículos
1,5 milhão de veículos afetados
A ANP estima que aproximadamente 30 milhões de litros de gasolina e de etanol foram adulterados em todo o Brasil no ano passado. Com esse volume, é possível realizar o abastecimento médio de 1,5 milhão de carros.

Após a detecção da substância, o posto de combustíveis é interditado para acabar com a prática criminosa. Segundo Ary Bello, coordenador de fiscalização da ANP, a multa pela infração varia de R$ 5 mil a R$ 5 milhões.

Você vê ofertas com preço muito abaixo da média de mercado, desconfie. Peça nota fiscal, porque aí, depois, se acontecer alguma coisa com seu veículo, você pode ir direto às agências com a ANP, no MP”, recomenda Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal.

As investigações começaram porque a agência percebeu um aumento expressivo no volume de importações de metanol em 2023. “Detectamos indícios de que o metanol estava sendo direcionado para indústrias que não possuíam essa capacidade de produção. Portanto, não tinham por que receber tanto metanol, o que apontava para um desvio com o intuito de fraude nos combustíveis”, conta Rodolfo Saboia, diretor-geral da ANP.

O volume de infrações no último ano foi o maior desde o início das fiscalizações pelo órgão, em 2017.

Informações do JN.

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O que é metanol e quais suas formas utilização? Metanol também é conhecido como álcool metílico e hidrato de metilo, além de altamente inflamável

Muito utilizado nas indústrias químicas como solvente e ainda como componente na fabricação de vários produtos, o metanol é considerado um biocombustível.

Como o metanol é obtido?

Conhecido também como álcool etílico e hidrato de metilo, o metanol é um biocombustível altamente inflamável. Esta substância é obtida a partir da destilação destrutiva de madeiras (principal meio de obtenção), processamento, pelo processamento da cana-de-açúcar ou por meio de gases de origem fóssil. Suas propriedades químicas são similares ao etanol. No entanto, sua toxidade é bastante superior. Sua fórmula química é: CH3OH.

Produção

Depois de ser produzido, o metanol é amplamente usado nas indústrias químicas, já que ele é um importante solvente industrial. Ele é bastante eficiente no processo de dissolução de alguns sais; pode ser empregado na fabricação de plástico, preparo de vitaminas e hormônios; solvente em reações farmacológica; produção de biodiesel, combustível, entre outros.

Uso do hidrato de metilo como combustível

O uso do metanol como combustível já foi duramente criticado. O motivo é que essa substância polui o meio ambiente por ser extremamente tóxica e, em caso de incêndio, sua chama é limpa e clara, ou seja, praticamente invisível, o que dificulta mais o controle do fogo. Em relação à saúde, o contato frequente com o metanol pode causar: câncer, irritação nos olhos, dor de cabeça, vômito, náusea, etc.

Redução de gastos

A produção de metanol a partir do uso de tecnologia nacional obteve bons resultados nas últimas décadas. A destilação do eucalipto é o principal processo usado, no qual o gás resultante é comprimido e, por catálise, origina o metanol. No entanto, ainda existe a necessidade de preparar técnicas para diminuir os custos durante a produção, além de aperfeiçoar a distribuição deste hidrato de metilo para o mercado consumidor.

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