O crescimento é previsto para as Américas, Europa e Ásia, de acordo com a Nation Retail Federation (NRF)
“O cliente tem de entrar na loja e não ter a sensação de que está nela por uma emergência, mas sim porque ele quer estar lá.” A afirmação é da proprietária da marca SM Bakery, Mariana Martins Ribeiro. A padaria funciona dentro das lojas de conveniência que ela administra.
Há oito anos nesse ramo, ela afirma que para não ficar para trás é preciso conhecer de perto o cliente, saber quais são as suas necessidades, supri-las e oferecer praticidade para que ele possa ter tudo o que precisa em um único lugar. Esse tem sido o diferencial para quem quer se manter nesse mercado.
Alem dos desafios que o próprio ramo impõe, não dá para esquecer da famosa concorrência. E uma delas são os minimercados, que tem cres localizadas em grandes centros, como é o caso da rede mexicana Oxxo.
De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o número de lojas no pais aumentou 3,1%, no ano passado, superando a expectativa era de 2,5% para o mesmo ano. Somente no mês de dezembro, o volume de vendas neste mesmo seguimento, cresceu mais de 10%
“Tivemos una ascensão dos minimercados. E quando eles começaram a chegar, eu tive colegas que ficaram extremamente assustados. Na época, como eu já tinha esse foco no food muito forte, não me abalou. Esses minimercados estão mais focados em preços do que oferecer uma experiência para o cliente“, relata Mariana.
Durante o maior encontro global do setor, a Nation Retail Federation (NRF), realizado em janeiro, em Nova York, foi apresentado que a expectativa é de que para os próximos três anos, as lojas de conveniências e pequenos mercados, além de outros segmentos, represente 76% do varejo, nas Américas, Europa e Asia.
A noticia é boa, mas estratégia para atrair clientes continua sendo a palavra de ordem. Conhecer o seu público ajuda e muito. Saber como ele gosta de ser atendido, quais são os produtos que devem estar disponíveis de acordo com o perfil da clientela, temperatura adequada da loja, cheiros, limpeza… são fatores que influenciam o público a considerar as conveniências mais atrativas do que o mercadinho do vizinho, por exemplo.
“As pessoas não precisam mais ir a uma loja, elas têm de querer ir”, afirmou o consultor da WD Partner, Lee Peterson, durante a sua apresentação na NRF. Ele divide a mesma opinião que Mariana. “Os postos têm de ser completos. Ter padaria, lavanderia, farmácia… A tendência hoje são as lojas que têm os postos e não o inverso. Quem não seguir isso, pode ficar para trás”, orienta a proprietária da SM Bakery, que agrega as suas lojas as marcas Pizza Hut e Bacio di Latte.
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Tecnologia
Hoje, sair de casa para fazer compras, só acontece se o consumidor tem vontade Caso contrário, basta um celular na mão alguns comandos e em poucas horas, os produtos solicitados chegam a porta
Diante desse novo cenário a Inteligência Artificial tem sido uma ferramenta importante para ajudar a revenda em seus negócios. “No ramo da revenda, a nossa referência são os Estados Unidos. Lá não tem uma loja que não tenha um totem de autoatendimento. Pensando sempre na experiência do cliente, ele pode ter a escolha de ser atendido ou fazer o autoatendimento. No Brasil, estamos no caminho, mas ainda devagar em relação a esses sistemas”, explicou Mariana.
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Outro ponto da tecnologia a favor das lojas de conve niências, é a adoção de tecnologias que trazem informações preciosas sobre os hábitos de consumo dos clientes, análise do perfil do consumidor, e até dicas de mercadorias encalhadas na prateleira e as que mais são sucesso de público.
Quando voltamos o olhar para as lojas (espaços fisicos) é sabido que elas estão tornando-se cada vez mais autônomas, com o uso de câmeras inteligentes observam comportamentos suspeitos. Elas são indicadas, principalmente, para lojas com poucos vendedores ou autônomas. Há ainda as máquinas de pagamentos sem contato e as etiquetas inteligentes. Neste último caso, sensores detectam o que foi comprado, faz a leitura e ao sair da loja, o cliente recebe uma mensagem de que o produto foi debitado em seu cartão.
Escrito por: Carla Silva
Fonte: https://recap.org.br/