O impacto no preço da gasolina vendida ao consumidor final, que tem 27% de etanol em sua composição, deverá ser de R$ 0,15 por litro. No entanto, o valor cobrado pelos postos de combustível depende de cada varejista, uma vez que ainda são incluídos no valor as margens de lucro do comerciante e da distribuidora, além dos custos associados ao transporte.

Segundo a Petrobras, esse é o primeiro reajuste da gasolina neste ano.

A última vez que a estatal havia modificado o preço do produto havia sido em 21 de outubro de 2023, quando houve redução de 4%. O último aumento ocorreu em 16 de agosto daquele ano (16%).

O último ajuste da gasolina da Petrobras havia ocorrido em outubro do ano passado, quando houve uma redução, enquanto o último aumento havia sido em agosto de 2023, segundo dados da companhia.

A companhia também elevou o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, em 3,10 reais o litro, a 34,70 por botijão de 13kg. Foi a primeira alta do combustível desde março de 2022, ao passo que a última queda ocorreu em julho de 2023.

O anúncio acontece enquanto agentes de mercado têm apontado que os preços médios de gasolina e diesel da companhia estão abaixo de valores praticados no mercado externo.

A defasagem impacta o mercado, principalmente importadores, uma vez que o Brasil não é autossuficiente na produção desses derivados e, por isso, depende de compras externas.

“Esse reajuste ainda não é suficiente para eliminar a defasagem apurada”, ponderou o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sergio Araujo, à Reuters.

Segundo cálculos da Abicom, a gasolina da Petrobras precisaria na verdade de um reajuste de 18%, ou de 0,59 real por litro, para ficar em paridade com o mercado externo.

Na mesma linha, a consultoria StoneX calculava a necessidade de um ajuste de 19,9%, ou 0,56 real por litro, antes do anúncio, para alcançar a paridade.

DEFASAGENS

O head na área DE petróleo, gás e renováveis da StoneX, Smyllei Curcio, destacou que há uma expectativa de aumento do preço do diesel da Petrobras, pela maior dependência externa do combustível fóssil.

Para a StoneX, o diesel precisa de um reajuste de 8,4%, enquanto a Abicom calcula essa necessidade em 15%.

A Petrobras não realiza um ajuste dos preços do diesel desde dezembro.

Desde maio do ano passado, a Petrobras deixou de seguir obrigatoriamente o chamado preço de paridade de importação (PPI), após a publicação de uma nova estratégia comercial, que visa considerar outras variáveis na precificação de seus produtos, com a promessa de ser a melhor opção para seus clientes e fornecedores, mas garantindo sua rentabilidade.

Dessa forma, a nova estratégia permitiu que a empresa mantenha preços estáveis por mais tempo, em busca de evitar volatilidades.

Em maio, executivos da companhia afirmaram que a política de preços para o diesel tem sido exitosa em evitar repassar volatilidades do mercado externo ao interno e permite ainda que a companhia continue lucrando.

Ainda segundo eles, as margens do diesel sofreram pressão do aumento da mistura de biodiesel no diesel, a partir do início de março, assim como pela entrada de diesel de origem russa, que tem chegado ao país com valores mais competitivos ante concorrentes.

O repasse de reajustes de preços da Petrobras aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de fatores, como margem da distribuição e revenda, adição de biocombustíveis e impostos.

Fonte:https://www.terra.com.br/economia/petrobras-eleva-gasolina-em-7-nas-refinarias-mantem-diesel,fea8b2456eede10d7c51bcecb1b793dd4oj7eczi.html?utm_source=clipboard

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O reajuste da gasolina anunciado ontem pela Petrobras deve se refletir em um aumento de ao menos 2,5% na bomba, de acordo com especialistas e agentes do setor de combustíveis.

Agentes do setor dizem que o preço da gasolina já vem subindo nas últimas semanas, refletindo o aumento do preço internacional do petróleo e também o encarecimento do etanol anidro (que é misturado na gasolina) no Brasil devido a problemas na safra de cana de açúcar.

Segundo o relato de um dono de uma rede varejista, as distribuidoras já vêm aumentando os preços da gasolina nas últimas semanas Brasil afora. Segundo um deles, somente no último mês foram dois reajustes.

Isso ocorre, explicou a fonte, porque as distribuidoras precisam importar parte da gasolina que vendem, já que a Petrobras não produz o suficiente para todo o consumo do país. Por isso, elas já vêm repassando aumentos da gasolina, na direção dos preços internacionais.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina passou de R$ 5,85, entre os dias 26 de maio a 01 de junho, para R$ 5,88 entre os dias de 23 e 29 de junho, último dado disponível.

No mesmo período, o etanol hidratado passou de R$ 3,81 para R$ 3,83. O mesmo ocorreu com o diesel, de R$ 5,86 para R$ 5,88. Dados da Esalq apontam aumento de 6,3% no etanol anidro em São Paulo, maior mercado do país, entre os dias 26 de junho e cinco de julho. Já o etanol hidratado subiu 2,7% em São Paulo.

Com o aumento de 7,11% na gasolina vendida pela Petrobras nas refinarias, a expectativa é que os preços na bomba sofram novo aumento nos próximos dias. Segundo estimativa da Warren Investimentos, a alta de R$ 0,20 por litro nas refinarias da Petrobras devem representar um aumento em torno de 2,5% na bomba. Isso elevaria o preço médio de R$ 5,88 para R$ 6,03.

— O reajuste anunciado pela Petrobras não estava no nosso cálculo de inflação. Embora soubéssemos da defasagem, que indicava a necessidade de um reajuste, não esperávamos que a empresa tomaria essa decisão nesta segunda-feira. O reajuste não zera a defasagem. De acordo com nosso levantamento, ainda fica 6% defasado. Mais da metade da defasagem é explicada pela depreciação do real. O desempenho do petróleo explica muito pouco a disparidade — diz Andréa Angelo – estrategista de inflação da Warren Investimentos

Segundo Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, embora o aumento de preço da gasolina desagrade à população, o mercado vê como uma medida positiva, um sinal de que a Petrobras tomou uma decisão técnica, sem influência política de viés “populista”.

— A gasolina mais cara com toda certeza vai puxar a inflação para cima. Não se tinha essa previsão de aumento, então agora precisaremos considerar esses valores para as próximas projeções. O aumento dos preços da gasolina pode causar um efeito cascata em outros setores da economia. Por exemplo, haverá o aumento do custo de transporte e consequentemente isso pode elevar o preços dos alimentos e de outros bens que dependem da rodovia.

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