A ValeCard divulgou um levantamento sobre preço dos combustíveis com base em 25 mil postos de combustíveis.

A empresa comparou o valor de julho de 2023 com julho de 2024 e aferiu que o diesel subiu mais de 19% em um ano e a gasolina quase 7,5%.

No mês de julho, todos os combustíveis subiram acima da do IPCA-15 e da projeção do IPCA.

Em julho, o preço médio da gasolina (2,57%), etanol (4,02%) e do diesel (1,18%) apresentou alta em comparação a junho. Isso é o que mostra o levantamento inédito realizado pela ValeCard, empresa de meios de pagamentos especializada em soluções de mobilidade, bem-estar e remuneração e adquirência, com base em transações feitas em mais de 25 mil postos de combustíveis credenciados em todo o país.

De acordo com os dados, os preços pagos pelos motoristas estão avançando em um ritmo superior ao medido pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15).

Segundo o IBGE, a prévia da inflação de julho ficou em 0,30%, após taxa de 0,39% registrada em junho. Já nos últimos 12 meses, a variação do índice foi de 4,45%, acima dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2023, a taxa foi de -0,07%.

De acordo com Brendon Rodrigues, head de inovação e portfólio da ValeCard, a inflação geral eleva os custos de produção dos combustíveis, como mão de obra, energia elétrica e insumos para refinarias. “Para repassar esses custos e manter a margem de lucro, as empresas tendem a aumentar os preços dos produtos finais”, explica.

Além disso, a Petrobras anunciou um aumento de 7,1% nos preços da gasolina para as distribuidoras em 8 de julho. O aumento praticado pela estatal equivale a R$ 0,20 por litro do combustível. O último reajuste ocorreu em 21 de outubro de 2023, quando os preços foram reduzidos.

Em um horizonte de tempo maior, comparando os preços de julho de 2023 e 2024, houve um aumento significativo nos combustíveis.

A gasolina ficou 7,48% mais cara, passando de R$ 5,758 para R$ 6,189 por litro. O etanol teve um aumento de 3,75%, indo de R$ 3,971 para R$ 4,129. Já o diesel apresentou a maior alta, com um incremento de 19,02%, saltando de R$ 5,235 para R$ 6,231.

Para Rodrigues, a análise da variação em um ano deve levar em consideração uma série de fatores interligados, tanto internos quanto externos. “O conflito entre Rússia e Ucrânia, grandes produtores de petróleo e gás natural, gerou uma crise energética global e impactou os preços das commodities, elevando os custos de produção dos combustíveis”, explica.

Além disso, ele pontua que o país passou por instabilidades econômicas pós -pandemia, bem como a incidência de impostos sobre os combustíveis, como PIS/Cofins e ICMS, que também contribui para a formação do preço final ao consumidor.

Fonte:Beatriz Ornelas
beatriz.ornelas@economidia.com.br
(13) 99741-9231

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