Recentemente a Felicidade no trabalhou deixou de ser uma utopia e se mostra como uma tendência de gestão de pessoas e uma das prioridades profissionais atualmente.

Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia deixou isso ainda mais claro.

A pesquisa identificou que um trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo, três
vezes mais criativo e vende 37% a mais em comparação com outros. Além disso, ele acaba motivado a atender melhor o cliente, evitar acidentes no trabalho e reduzir desperdícios.

Um Ambiente saudável, com segurança psicológica e a sustentabilidade do negócio, têm sido consolidados como temas de elevada recorrência no ciclo de debates de empresários nos últimos anos. A chamada felicidade corporativa se firma como um poderoso ativo a ser incorporado na cultura organizacional de grandes, médias e pequenas empresas.

Consolidar esse estado emocional positivo aos colaboradores é naturalizar a vivência de um
cotidiano da vida laboral que por sua vez reverbera em seus clientes e na imagem do seu negócio. A chamada felicidade corporativa tem surgido como um dos objetivos mais esperados. Os movimentos vivenciados no mundo do mercado do trabalho, tem ocasionado preocupantes dinâmicas que geraram fortes ondas de demissão que se materializaram em grandes impactos nas empresas.

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Dentre tais ondas recentes, merecem destaque:

“great resignation” ou a grande renúncia, gerando elevadas pedidos de demissão;
“quiet quitting” ou demissão silenciosa, quando profissionais permanecem
trabalhando, mas executando o básico de suas funções, sobrevivendo em manter o
mínimo para manter a vida pessoal e profissional; e
“grumpy staying” massificando e crescendo no mercado, ocorrendo quando o
profissional permanece trabalhando, mas mantém-se infeliz e não escondendo tal
sentimento, sem engajamento e reduzindo a produtividade e o motivacional do time,
ocasionando atritos, aumento da tensão e desmotivação aos demais colaboradores.

Tais ondas de infelicidade no trabalho, provocaram graves problemas de saúde
mental que retiram cerca de US$ 1 trilhão (R$ 5,17 trilhões) da economia mundial a
cada ano.

Ressalta-se que em contrapartida as Iniciativas de Felicidade Corporativa geram
aumento em produtividade de até 31% (HBR), aumento em retenção de até 44%
(Gallup), aumento em Inovação de até 300% (HBR), redução em ausências por
doença de até 66% (Forbes), redução em Turnover de até 51% (Gallup) e redução
em Burnout de até 125% (Greenberg & Arawaka).

Assim, ao oferecer ótimas experiências e despertar sentimentos bons em relação ao ambiente de trabalho, os funcionários se sentem mais motivados e entusiasmados a continuar na empresa, impactando diretamente nos resultados conquistados.

Porém, alcançar esses resultados não vem sem o enfrentamento de desafios e resistências – nossas, das outras pessoas e da própria cultura e estrutura da organização.

A pandemia da covid-19 trouxe a urgência de cuidar da saúde. Não apenas a física, mas especialmente a mental. A felicidade dos colaboradores na vida pessoal e no trabalho passou a figurar entre as principais preocupações no mundo corporativo. E para isto, a ciência, mais uma vez, é aliada fundamental para a chegada ao sucesso pleno de um negócio.

A depressão, a ansiedade e o déficit de atenção são as principais doenças do século 21 e de acordo com a Harvard Business Review.

Ter um ambiente saudável e motivador, aumenta a produtividade em até 31%.

E muitos outros impactos podem ser verificados, como o aumento da retenção, da inovação e ainda a redução de ausências por doenças físicas e burnout.

Investir na felicidade corporativa, é então, um tema urgente, que deve ser trabalhado com empenho por todas as empresas. Promover a felicidade no trabalho não é apenas uma questão de bem-estar dos funcionários, mas também está diretamente ligada ao sucesso das corporações.

É fundamental que as empresas criem uma cultura organizacional que valorize a comunicação e a transparência, além de adotar outras ferramentas de comunicação interna, como newsletters, intranets e plataformas de feedback, onde os funcionários possam se expressar livremente.

Posso destacar ainda outras iniciativas com foco na busca da massificação da
Felicidade Corporativa, dentre elas:

1. Realizar pesquisas de satisfação: A melhor forma de descobrir quem são os seus funcionários e quais as suas maiores necessidades é realizando pesquisas de satisfação no trabalho e procurar soluções para favorecer a felicidade neste ambiente.

2. Gerar experiências positivas ao colaborador: Desde o onboarding, o RH precisa proporcionar experiências positivas aos profissionais, a fim de mantê-los mais motivados e engajados.

3. Investir em capacitação e desenvolvimento: É preciso investir em capacitação e desenvolvimento para todos os colaboradores da empresa, principalmente na formação de líderes. A liderança desempenha um papel fundamental na construção de um ambiente corporativo feliz e produtivo, portanto, é importante conhecermos seu mindset.

Líderes inspiradores têm a capacidade de motivar seus colaboradores, promovendo uma cultura de positividade e engajamento.

Uma liderança positiva é capaz de estabelecer uma comunicação efetiva com a equipe, ouvindo ativamente as necessidades e preocupações dos colaboradores. Isso cria um senso de pertencimento e confiança, permitindo que todos se sintam valorizados e respeitados.
Afinal, o ser humano se sente mais realizado e feliz quando percebe que está aprendendo e evoluindo durante a realização das suas funções.

4. Oferecer benefícios que proporcionam o bem-estar: A felicidade corporativa está associada à qualidade de vida e ao bem-estar dos profissionais no ambiente de trabalho, e fora dele. É importante ressaltar que a felicidade corporativa não é o único fator que influencia o desempenho financeiro de uma empresa, também, cumprem um papel
importante a estratégia de negócios, a qualidade do produto ou serviço, a concorrência de mercado e uma gestão eficaz.

Cultivar um ambiente de trabalho feliz e produtivo requer um esforço conjunto por
parte das empresas. No entanto, faz-se necessário compreender que as empresas não fazem ninguém feliz, mas sim criam e zelam pelas condições de felicidade, além de mitigar fatores estressores capazes de gerar sofrimento.

A partir daí é necessário que o indivíduo possa deliberar e se comprometer com a
sua própria felicidade, pois essa é uma decisão individual, ou seja, acima de tudo é
preciso entender que a felicidade é um conceito singular e não coletivo.

Há urgência em começarmos a falar da Felicidade de Quem Trabalha, porque somos únicos e estamos buscando a felicidade não apenas durante o momento em que trabalhamos, mas em todos os aspectos da nossa vida.

Assim, precisamos ir além dos muros organizacionais e dentro de um olhar integral e sistêmico, considerar todas as dimensões do indivíduo se quisermos de fato termos pessoas felizes trabalhando.

Considerar a integralidade dos indivíduos que estão atuando em nossa empresa e considerar por exemplo como está o uso do seu tempo, a qualidade do seu sono, são aspectos que compõem esse olhar.

Escrito por : Roberto Monteiro  – Tendo  por 08 como Gestor de RH da Rede Pichilau e implementado e tendo implementado o padrão de atendimento VAPOR em todas as Roberto Monteiro, com sua vasta experiência no dia a dia da gestão de pessoas traz uma visão prática e aplicada, compartilhando cases reais que podem ser aplicados no dia a dia. 

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