A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP) divulgou recentemente os direitos do consumidor na hora do abastecimento através de algumas dicas.
Considerando importância desse conteúdo resolvemos ressaltar alguns itens para os clientes e revendedores que nos acompanham. Assim o consumidor conhece seus direitos e os revendedores continuam a acompanhar essas regras. Veja abaixo o que selecionamos.
1. Confira a origem do combustível: O estabelecimento deve deixar clara a procedência de seus produtos. Em postos sem distribuidoras exclusivas, chamados “bandeira branca”, é necessário divulgar em cada bomba a distribuidora que fornece o combustível.
2. Bomba com selo do Inmetro: Caso você desconfie de uma diferença entre a quantidade de combustível que você pagou e a que de fato foi inserida em seu tanque, não hesite em pedir um teste de bomba em sua presença. Sendo obrigatório para todos os postos, o teste de vazão é feito por um representante do estabelecimento, utilizando a medida-padrão de 20 litros certificada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade). A diferença máxima permitida deve ser de 100 ml para mais ou para menos. Se o resultado for maior do que esse limite, entre em contato com a ANP.
3. Peça o teste da proveta: Se você acredita que a qualidade da gasolina foi alterada, peça o “teste de proveta”. Essa verificação mede a porcentagem de etanol misturado a gasolina.
4. Verifique o etanol hidratado: O hidratado deve estar com aparência límpida, isento de impurezas e sem coloração alaranjada. Como a aparência do etanol anidro é alaranjada, essa cor pode significar irregularidade no hidratado. Para saber também se o combustível é ideal para motores, verifique se seu teor alcoólico está entre 95,1% e 96,6% se for comum e entre 95,5% e 97,7% se for premium.
Fique atento às fraudes de Combustível adulterado
Álcool molhado – é o etanol anidro (que é o misturado à gasolina e não é tributado na saída da usina) misturado à água e vendido com etanol hidratado, próprio para consumo de veículos. O adulterador tem a vantagem de sonegar impostos e o consumidor fica no prejuízo porque a água de torneira misturada ao álcool contém sais minerais que provocam danos ao motor.(Atualmente o etanol anidro recebe um corante laranja, para evitar este tipo de adulteração)
Gasolina com teor alcoólico acima do especificado pelo governo federal – o Ministério das Minas e Energia juntamente com o Ministério da Agricultura e a ANP determinam o teor de etanol anidro na gasolina. Caso esse teor não seja obedecido, o combustível é irregular. O adulterador acrescenta mais etanol à mistura e ganha no preço, porque o etanol é mais barato que a gasolina (normalmente é mais barato mas o preço é flutuante e pode se equiparar à gasolina). Já o consumidor perde em rendimento do combustível e compra etanol pelo preço da gasolina.
Gasolina misturada com solvente – o solvente é um derivado da nafta, mesmo produto do qual a gasolina é produzida. No entanto, ele é utilizado na construção civil e em outras indústrias e não é tão tributado como o combustível. Com menor tributação, o solvente é um chamariz para a adulteração na gasolina. O problema é que o consumidor compra gato por lebre e ainda tem o motor de seu veículo danificado.
Gasolina misturada com óleo diesel – o óleo diesel é menos tributado que a gasolina e por isso o produto final é mais barato. Adicionar óleo à gasolina é uma outra forma de o adulterador levar vantagem em cima do consumidor. O óleo diesel na gasolina danifica o motor porque ele é mais pesado e sua queima não é completa.
Combustível comum vendido como se fosse aditivado – o combustível aditivado é mais caro porque a aditivação com detergentes dispersantes proporciona limpeza do sistema de injeção do veículo. O consumidor pensa que está comprando combustível com valor agregado e na verdade está sendo enganado.
Óleo diesel misturado com óleo vegetal – óleo vegetal não é biodiesel, que deve passar por um processo químico chamado transesterificação para que seja próprio para o uso nos motores de veículos. Os motores de diesel não são preparados para funcionar com óleo vegetal e em curto prazo danos ao motor serão ocasionados.
Combustíveis fora de especificação – algumas vezes, o combustível está fora de especificação, mas não porque foi adulterado, e sim por negligência ou erros operacionais. Um dos mais comuns é a infiltração de água nos tanques dos postos de combustíveis (fortes chuvas com inundações, por exemplo). Essa mistura é grave, porque apenas uma pequena quantidade de água tira qualquer combustível da especificação determinada pela ANP e, consequentemente, causa danos aos motores dos veículos.
O que fazer para não cair nestas armadilhas
Duvide de preço muito baixo – se há uma grande discrepância de preços entre um posto e seus concorrentes, fique atento: o barato pode sair caro. Estabelecimentos que cobram muito mais barato podem estar adulterando ou comprando de fornecedores ilegais, que sonegam ou vendem carga roubada ou ainda adulteram.
Peça sempre nota fiscal – ela é a garantia de que o consumidor comprou realmente no posto em que houve um problema. A nota funciona como uma prova em um eventual processo na Justiça.
Abasteça sempre em um posto de sua confiança – é a melhor forma de conferir o rendimento do motor do veículo e de não cair nas armadilhas que muitas vezes pegam o consumidor desinformado.
Como obter informações e tirar suas dúvidas?
Além do www.fecombustiveis.com.br você pode recorrer ao www.anp.gov.br.
fonte: http://www.ruff.com.br/blog/tag/postos-de-combustiveis