Os preços mais baixos da gasolina — o litro está sendo vendido por até R$ 3,37 — não estão atraindo a clientela que os postos esperavam.
Para reverter a queda nas vendas, os estabelecimentos decidiram aumentar as facilidades. Estão parcelando os valores em até três vezes no cartão de crédito. Segundo gerentes, está valendo tudo para ampliar as vendas, que sofrem um baque por causa da recessão. Mesmo com os preços da gasolina tendo caído quase 15%, em média, desde março último, quando houve intervenção do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) na maior rede do Distrito Federal, a Cascol, o consumo não decolou como o esperado.
O Distrito Federal enfrentou, por quase duas décadas, um cartel dos combustíveis que lesou os consumidores em pelo menos R$ 1 bilhão por ano. A máfia, que combinava presos, foi desbaratada por meio da Operação Dubai, comandada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), pela Polícia Federal e pelo Cade.
Na opinião dos especialistas, mesmo como todas as facilidades oferecidas pelos postos de combustíveis, é preciso ter cuidado. A primeira dica é pesquisar preços, porque a variação de valores é grande. Segundo, porque não é recomendável ficar parcelando a compra de gasolina todos os meses, pois as dívidas no cartão de crédito vão se acumular e os consumidores correm o risco de caírem no rotativo, pagando juros de quase 450% por ano.