No Brasil, apenas 16% dos postos de combustíveis têm loja de conveniência. Nos Estados Unidos, líder do ranking, este índice ultrapassa 89%
Ampla diversidade de produtos, excelência no atendimento e preços justos fazem das lojas de conveniência pontos estratégicos para os clientes.
Diante da competição no mercado de combustíveis, a loja de conveniência tem se mostrado um investimento rentável e com amplo potencial a ser explorado junto aos consumidores. Segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), o faturamento mensal destes estabelecimentos cresceu 58,4% em 2010.
O revendedor Pedro Paulo Batista, da rede Mato Alto, do Rio de Janeiro (RJ), acredita que a loja de conveniência deve estar integrada ao ambiente do posto. “Uma das atribuições dos funcionários é oferecer a loja – um ambiente agradável, com ar-condicionado – ao cliente que visita nossos postos”, explica.
Treinamento
Segundo Batista, houve o aumento no número de consumidores que vão à loja para tomar café da manhã. Estes são motivados também pela promoção na pista. “No topo das bombas de abastecimento, fazemos a divulgação de alguns produtos que atraem o cliente.” As equipes da Rede Mato Alto participam de todos os programas de formação oferecidos pela empresa e, por conta própria, treinam a parte teórica da operação a cada dois meses. Na opinião do revendedor, o treinamento prático deve ser feito todos os dias. Batista exemplifica dizendo que o funcionário deve ser orientado a oferecer ao cliente a opção de esperar na loja de conveniência enquanto aguarda a conclusão de um serviço.
Qualidade
O revendedor conta que tem aprimorado sua “filosofia de trabalho” com lojas de conveniência. Ele afirma que ainda há no mercado uma visão errada do negócio. “Precisamos acabar com a ideia de que precisamos cobrar caro por ser ‘a única opção do cliente naquele momento’. O preço deve ser medido com cuidado”.Em relação ao perfil dos consumidores, o revendedor acredita que a loja de conveniência tem se tornado um ponto de apoio para clientes com pouco tempo disponível e que não abrem mão da qualidade. “É importante oferecer um ambiente limpo, com ampla diversidade de produtos, bom atendimento e preço justo”, assinala. Ao analisar as vantagens da loja de conveniência, Batista revela ainda que o estabelecimento gera impacto positivo na venda de produtos premium, como lubrificantes sintéticos. “Essa tese é claramente perceptível no dia a dia.
Além disso, na loja, tenho um público seleto querendo consumir informação. É uma oportunidade excelente para esclarecer os benefícios dos produtos e fidelizar este cliente ao posto”
Fonte: Sindicom