Pegando o exemplo do artigo anterior imagine você chegando num local desconhecido, você com sua família procurando um restaurante para almoçar. Em qual restaurante você entraria com eles?
Em algum restaurante com a fachada limpa e bonita e bem cuidada ou num local onde a aparência está deteriorada? Não é difícil responder, por melhor que seja a comida servida no restaurante desarrumado você de cara terá a impressão que o ambiente e a comida não servirão para sua família.
Recentemente a rede de fast food Habib’s inaugurou um posto de combustíveis na cidade de São Paulo e vem sendo um sucesso. Eles estão aproveitando o sucesso de suas lanchonetes para associar comida com combustíveis e como podemos ver abaixo a imagem é impecável.
Para muitas pessoas os seus veículos são o bem mais caro que eles possuem, e, portanto, não irão abastecê-los em qualquer lugar, mesmo que o combustível esteja mais barato, se tiver muito barato aí sim que aumenta a desconfiança. O consumidor quer se sentir seguro.
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Mais de 1000 postos foram abertos nos últimos 12 meses no Brasil sem ostentar marcas famosas, e para especialistas do setor o aumento desse número de postos é reflexo da atual crise econômica uma vez que seus donos decidiram abrir mão de uma marca consagrada para ter maior flexibilidade de preços. As vendas estão em queda e muitos revendedores optaram pela liberdade de comprar combustíveis de qualquer distribuidora e ter custos menores. Se eles estivessem amarrados a uma única marca, provavelmente estariam com sua lucratividade comprometida.
Segundo uma recente pesquisa, realizada no final de 2015, pelo Ibope Inteligência, revelou que 85% dos consumidores de combustíveis estão preocupados com a bandeira do posto. A preferência sempre recai pelas grandes do setor (BR, Shell, Ipiranga e ALE). Ainda segundo a pesquisa o critério que mais importa na preferência por essas marcas é a confiança, seguido do atendimento e qualidade. Ao que parece o consumidor tem a preferencia por abastecer seu veículo em um posto bandeirado, mas com a crise econômica se vê obrigado a utilizar um posto bandeira branca que na sua maioria possuem preços mais atrativos.
De onde vem o combustível? O posto deve informar claramente de onde vem seus produtos. Os postos de bandeira branca (sem distribuidora exclusiva) têm que informar em cada bomba qual distribuidora forneceu o combustível.
Também segundo especialistas, parte dos postos de bandeira branca também está associada a irregularidades na venda de gasolina, diesel e etanol. Os problemas, no entanto, também fazem parte dos postos com bandeira advertem, embora em menor escala. Segundo a ANP, as infrações mais comuns são, além de combustível adulterado, falta de informação de preços e publicidade enganosa. O problema de gasolina adulterada independente da bandeira é uma questão de honestidade. A percepção de qualidade por parte do consumidor é menor no caso dos postos de bandeira branca. Mas isso não significa que o combustível não tenha qualidade.
Além disso nos últimos 6 meses a Petrobras alterou o preço da gasolina 116 vezes, sendo 61 vezes para cima e 55 para baixo, isso acabou deixando o consumidor meio confuso buscando novas alternativas de postos para abastecer.
De acordo com estudos, em 90% dos casos o consumidor quando escolhe um posto para abastecer seu veículo é guiado pelo visual. Logo, a exemplo do restaurante citado acima um posto com boa aparência visual é crucial para o estabelecimento. Cuidar bem da aparência do seu ponto de vendas levará o consumidor a ter mais confiança na hora da escolha e conferirá perenidade ao seu negócio. Evidentemente que somente uma imagem bem cuidada não é o suficiente, alia-se a isso um bom atendimento conforme demonstrado no artigo anterior. Quanto à qualidade procure sempre comprar seus produtos de empresas sérias e com tradição de qualidade assegurada.