O catalisador, importante componente do sistema de escapamento do veículo, é uma espécie de “filtro”. Ele reduz o efeito nocivo de vários gases gerados pela queima do combustível no motor por meio de reações químicas ativadas por metais presentes em seu núcleo, como ródio, platina e paládio. Em caso de defeito, não é possível reparar a peça. Ela deve ser trocada.
Apesar de não necessitar de manutenção periódica, o catalisador pode apresentar problemas caso não sejam tomados alguns cuidados simples. Seu principal inimigo é o combustível adulterado.
“A peça original do carro dura mais de 80 mil quilômetros. Mas combustível ruim pode queimar o óleo e estragar o catalisador”, diz o mecânico Rodrigo Cantarelli Previatti.
Ele afirma que o carro não pode ficar sem o catalisador, porque isso pode interferir na leitura do sistema de injeção eletrônica. “Entretanto, muitas pessoas, quando pesquisam o preço da peça, não querem fazer a troca e pedem para que o mecânico fure o catalisador ou retire a peça”, explica Previatti.
Ele afirma que um catalisador pode custar entre R$ 300 e R$ 450, mas o preço varia de acordo com o modelo do automóvel.
Perda de eficiência
Defeitos são difíceis de notar. “O consumo de combustível acima do normal, o barulho e o mal cheiro são alguns sinais de que o catalisador está com problemas”, diz o mecânico.
Impactos fortes podem romper a parte cerâmica. Nesse caso, surge um ruído similar ao de um chocalho. Os efeitos são a liberação de gases nocivos ao homem, como o monóxido de carbono (CO).
Além do combustível adulterado, a falta de manutenção de velas, filtros e sonda lambda (sensor que controla a mistura entre o ar e a gasolina e está localizado entre o tubo de escape e o catalisador) pode reduzir o tempo de vida deste componente.
Para o conselheiro da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil) Francisco Satkunas, o aspecto mais grave da perda de eficiência da peça é ambiental. “Se não forem filtrados, os gases afetam a saúde e o poluem o meio ambiente”.
DE OLHO NAS DICAS
Desligar os bloqueadores de ignição;
Evitar fazer com que o motor do carro ‘pegue no tranco’;
Deixar de lado o hábito ruim de dar bombeadas no acelerador;
Evitar as partidas contínuas quando o motor se recusa a ligar;
Manter bicos injetores, filtros e velas sempre limpos;
Realizar a manutenção perIódica indicada no manual do proprietário;
Usar sempre peças originais e abastecer com combustível de boa qualidade.
Fonte: http://maringa.odiario.com