Como montar um Posto de Combustível – SEBRAE

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Como montar um Posto de Combustível – SEBRAE

FICHA TÉCNICA

Setor da Economia: terciário

Ramo de Atividade: prestação de serviços

Tipo de Negócio: posto de combustíveis

Produtos Ofertados/Produzidos: abastecimento de veículos, troca de óleo, etc.

Investimento inicial: US$ 500 mil

Área: 900 m²

APRESENTAÇÃO

Nos últimos tempos os postos de combustíveis estão se tornando uma verdadeira central de apoio para os clientes, ou seja, estão deixando de lado aquela visão de ser apenas um ponto de abastecimento.Numa versão mais moderna os postos de abastecimento estão cada vez mais avançados, agregando diversos serviços e com uma completa infra-estrutura para atender às necessidades dos clientes.

MERCADO

Há algum tempo, os postos de gasolina faziam parte de um setor listado como de segurança nacional. Era a época dos governos militares e o governo definia tudo, o preço de venda, a quantidade que podia ser fornecida pela distribuidora e até o horário de funcionamento. Em compensação, não havia concorrência, pois ninguém podia abrir um posto onde bem entendesse. O candidato tinha que obter uma difícil concessão e a localização era pré-determinada, para evitar proximidade e concentração. Na hora de renovar o contrato com a distribuidora, tudo corria a favor do dono do posto. De repente, tudo mudou, veio a desregulamentação e o número de postos de gasolina, nos últimos cinco anos, triplicou. Lançados à concorrência, seus proprietários viram as margens de seu negócio baixar rapidamente. Se, de um lado, se beneficiaram com a concorrência entre os fornecedores (com o aparecimento de novas distribuidoras), os postos têm, agora, que disputar sua própria clientela e fazer contas em centavos. Para quem deseja entrar nesse mercado, conhecer e caracterizar quem são seus futuros clientes, o que e porquê compram, como e quando fazem suas compras e quais são suas tendências de consumo são avaliações essenciais para o sucesso de seu negócio.Na vida, a gente sabe que é nas adversidades que surgem as oportunidades. Com as empresas não é diferente: a maioria das empresas bem sucedidas algum dia enfrentou a adversidade e adotou a mudança como alternativa de sobrevivência naquele momento, para hoje oferecer oportunidades e apresentar-se como ameaça ao concorrente. Boas dicas para alcançar seus objetivos quanto ao mercado são: lançar um olhar crítico sobre seu futuro negócio; analisá-lo do ponto de vista do consumidor e a partir daí definir o mercado a ser atingido. Você pode começar por identificar segmentos de mercado específicos nos quais você deseja atuar, para em seguida analisar a renda, idade, classe social dos futuros consumidores do produto que sua empresa irá “vender”.

LOCALIZAÇÃO

Considerado um dos fatores de extrema importância neste empreendimento, é aconselhável que o empreendedor faça uma análise das potencialidades do local escolhido, tais como: tráfego, acesso, possibilidades de crescimento demográfico do comércio das imediações, etc. As atividades econômicas da maioria das cidades são regulamentadas pelo Plano Diretor Urbano (PDU). É essa Lei que determina o tipo de atividade que pode funcionar em determinado endereço. A consulta de local junto à Prefeitura é o primeiro passo para avaliar a implantação de seu posto de combustível.

ESTRUTURA

A estrutura básica deve contar com uma área mínima de 900 m², se localizado numa região urbana. Já os postos rodoviários precisam de, pelo menos, 5.000 m², pois deverão contar com grandes coberturas, estacionamento amplo para caminhoneiros, banheiros confortáveis com chuveiros, churrascaria, lanchonete e até hotel.

EQUIPAMENTOS

Os equipamentos implementados dependerão substancialmente a estrutura que vai ser montada. Vai variar de acordo com o processo e mecanismo de trabalho adotado. Um projeto básico certamente contará com:

− Tanques subterrâneos para armazenar combustíveis

− Bombas e filtros de combustível

− Compressores de ar para alimentação de elevadores

− Balança de ar

− Equipamento de lubrificação e limpeza em geral

− Calibrador de pneus

− Mangueiras e máquina de troca de óleo

− Equipamentos de lubrificação, com graxarias, pneumáticas, pistolas de pulverização, braços giratórios, distribuidores de óleos de diferencial e caixa de engrenagens.

− Máquinas para lavagens de veículos

− Elevadores hidráulicos

INVESTIMENTOS

O investimento varia muito de acordo com o porte do empreendimento e do quantitativo de que dispõe o investidor. Um posto de combustível urbano não deve sair por menos de US$ 200 mil. O rodoviário, US$ 500 mil.

Investindo em AUTOMAÇÃO

Uma tendência cada vez mais presente nas empresas que buscam o sucesso é automatizar as diversas atividades desenvolvidas. A automação melhora o dinamismo dos serviços oferecidos, reduzindo filas, tempo de espera, agilizando a emissão de notas fiscais, entre outros. Existem muitas opções que possibilitam essa facilidade: caixas eletrônicas isoladas ou integradas, impressoras para preenchimento automático de cheques, impressoras de notas fiscais nos caixas, código de barras nos produtos, banco de dados sobre cada produto ou serviço e cadastro de clientes. Investigue de que forma a adoção de um equipamento dessa natureza pode ser capaz de incrementar seus lucros.

PESSOAL

O número de funcionários irá variar de acordo com a estrutura, porém, deve-se contar com frentistas e um responsável administrativo, gerente ou proprietário. Na hora de selecionar as pessoas que irão trabalhar na sua empresa, você deve levar em consideração as habilidades específicas exigidas para cada tipo de atividade que desenvolverão. Na área de atendimento, saber ouvir, ter boa vontade, ser persistente e flexibilidade, são mais relevantes. Mas existem características que são comuns a profissional de todas as áreas: pessoas felizes com a vida, criativas, ágeis, prestativas e que tenham iniciativa. Essas características podem ser desenvolvidas através de treinamentos periódicos, lembrando que não só os funcionários e gerentes devem ser treinados, mas também, o dono do empreendimento deve sempre se atualizar para se manter competitivo no mercado.

PROCESSOS PRODUTIVOS

A primeira dica para quem deseja abrir um posto de combustível diz respeito à definição do local. Seja na cidade ou na estrada a grande variável do empreendimento é o terreno, que tanto pode ser próprio, alugado ou da empresa responsável pela distribuição. Caso o interessado possua a área, a distribuidora analisa todas as suas potencialidades de tráfego, acesso, localização e as possibilidades de crescimento demográfico do comércio das imediações. Havendo interesse, elabora-se um projeto e, daí em diante são discutidos os termos de um acordo de financiamento. Cada caso é um caso e tudo pode ser negociado nessa fase. As distribuidoras não investem na abertura de um posto de serviço se acharem que o local escolhido pelo “parceiro” não tem potencial adequado para o desenvolvimento do negócio, portanto, o volume de vendas estimado é um fator preponderante na hora da negociação.Pode ser em forma de comodato, de locação ou sublocação, isto de acordo com a negociação realizada e do interesse da distribuidora.É grande o interesse das distribuidoras em ter suas marcas nos postos. Sendo assim, convém verificar se elas estão dispostas a elaborar o lay-out e ceder os equipamentos necessários à instalação do Posto. As distribuidoras costumam financiar os investimentos fixos, total ou parcialmente. Oferecem ainda treinamento para os frentistas e orientações técnicas ao dono do posto e ao gerente. O apoio técnico é dado em visitas quinzenais, quando são checados eventuais problemas administrativos e operacionais. Geralmente, o empreendedor inicia o processo por uma das empresas distribuidoras,que cuida de todos os detalhes do encaminhamento ao CNP – Conselho Nacional de Petróleo. Esse processo é padronizado para todas as distribuidoras. Porém, hoje em dia é possível montar um posto de gasolina sozinho, sem parcerias com distribuidoras. É o caso dos postos de bandeira branca (normalmente pintados de branco e sem emblemas). É importante destacar que neste caso a estrutura irá variar de acordo com a localização do posto, ou seja, se na área urbana ou rodoviária. A ANP – Agência Nacional do Petróleo estipula regras e requisitos de observância obrigatória na construção das instalações civis e de tancagem, sendo imprescindível o cumprimento das normas em vigor de proteção ao meio ambiente e do código de posturas do Município. São requisitos essenciais à exploração da atividade, entre outros:

a) ter o registro de revendedor varejista expedido pela ANP;

b) dispor de equipamentos medidores, bem como de tancagem para o armazenamento de combustíveis automotivos (é obrigatório o fornecimento do produto através do equipamento medidor, sendo vedada a entrega no domicílio do consumidor);

c) adquirir a granel e revender os produtos no varejo (são expressamente vedados o empréstimo, a alienação e a permuta de combustíveis automotivos entre revendedores varejistas).

Recomenda-se solicitar diretamente à ANP informações detalhadas sobre requisitos e exigências legais para a obtenção da autorização de funcionamento e operacionalização do negócio, principalmente no que se refere às normas técnicas e de conduta, documentação exigível e equipamentos obrigatórios.

O uso do GN em Veículos (GNV)

O Gás Natural Veicular (GNV) é um combustível gasoso, cujas propriedades químicas se adaptam bem à substituição dos combustíveis tradicionais para motores, que funcionam através da ignição por centelhamento, sejam motores de quatro tempos (ciclo Otto) ou motores de dois tempos. Em geral, estes motores usam a gasolina como combustível. Porém, no Brasil, também são comuns os motores que utilizam álcool hidratado (etanol).No caso do uso do GNV em motores concebidos para utilizar gasolina ou álcool hidratado, é comum a operação na forma “bicombustível”, utilizando preferencialmente o GNV, mas podendo usar o combustível original (gasolina ou álcool hidratado). Os veículos que têm este tipo de adaptação podem vir de fábrica com essa possibilidade de escolha do combustível a ser utilizado, ou podem ser adaptados em oficinas credenciadas, onde sofrem um processo de conversão e passam a contar com a opção do GNV como combustível.

O GNV também pode ser usado para propulsão de veículos movidos a óleo diesel (motores de dois ou quatro tempos que têm ignição por compressão), quer na forma combinada, que utiliza tanto o diesel quanto o gás, ou substituindo o antigo motor movido a diesel por outro movido apenas a gás. Nestes casos, a conversão do veículo é mais complexa e também mais cara, principalmente se houver a necessidade de substituição do motor original ou de realização de serviços de retífica. Em ambos os casos, a conversão se faz adicionando ao veículo um conjunto de equipamentos, formado, basicamente, por:

– Conjunto de reservatórios, denominados de cilindros, para acondicionar o GNV;

– Rede de tubos de alta e baixa pressão;

– Dispositivo regulador de pressão;

– Válvula de abastecimento;

– Dispositivo de troca de combustível;

– Indicadores de condição do sistema.

O abastecimento dos veículos convertidos para uso de GNV é, normalmente, feito com o produto em alta pressão, cerca de 220 atmosferas. Os Postos de Serviço recebem o produto através da linha de abastecimento proveniente da concessionária de gás canalizado local, comprimem o GNV em instalações providas de compressores e disponibilizam o produto para o usuário em “dispensers” similares a bombas de gasolina ou de álcool hidratado.

Perspectivas futuras…

− O uso de GNV é uma tendência irreversível;

− A tecnologia de conversão estará totalmente dominada e regulamentada;

− Espera-se a pressão dos usuários e a conscientização das montadoras para a produção em fábrica de veículos movidos a GNV;

− A demanda por GNV deverá crescer consideravelmente;

− Maior número de Postos de Serviço deverá ser aberto;

− A utilização de GNV para veículos de transporte coletivo de passageiros deverá ser

− viabilizada, principalmente para veículos de pequeno e médio portes.

Dicas para o bom desempenho do Posto

− Não espere soluções mágicas do distribuidor.

− A escolha de pontos em grandes avenidas implica maior concorrência. Avalie o − potencial de outras alternativas.

− Observe rigorosamente as normas de segurança para este tipo de atividade.

− O recurso aos cheques pré-datados pode ser um chamariz. Mas, também pode ser uma grande armadilha, pois amplia a margem de calotes.

− Pesquisas indicam que o consumidor é fiel ao posto, não a uma determinada bandeira.

− Posto de bairro deve ir fundo no atendimento à clientela. Torná-la cativa é a senha para o bom desempenho.

− Otimizar o espaço com a oferta de serviços é importante. Mas, a oferta deve ser respaldada em potencial de demanda. Avalie carências para ampliar.

− Fique atento ao visual do empreendimento. O Posto deve ser bem cuidado e, sobretudo, limpo. Da mesma maneira, o pessoal deve usar uniformes impecáveis e tratar o cliente com cordialidade.

COMEÇANDO

Uma vez colocado em funcionamento o novo negócio, estabelece-se um novo desafio: a sua gestão competitiva, capaz de oferecer ao mercado os melhores produtos e serviços e assegurar o retorno do capital investido. Gerenciar o negócio significa colocar à prova o talento, o conhecimento e a experiência do empreendedor. Administrar é o processo de organizar o que foi planejado, assegurando a liderança e o controle na execução do trabalho de todos que fazem parte direta ou indiretamente da empresa. É usar os recursos administrativos disponíveis com vistas a alcançar os objetivos estabelecidos. E é aqui que entra a importância da busca contínua de informações. Estas podem ser adquiridas através da leitura, vídeos técnicos e administrativos, em feiras, palestras, treinamentos, e outros eventos. O próprio SEBRAE oferece muitos cursos de aperfeiçoamento: Administração Básica para Pequenas Empresas, Técnicas para Negociações, Lucratividade – Crescer, Sobreviver ou Morrer, Análise e Planejamento Financeiro, Controles Financeiros, Desenvolvimento das Habilidades Gerenciais, Gestão de Pessoas, entre outros.

CLIENTES

Para ganhar projeção no mercado você deve lançar um olhar crítico sobre seu futuro negócio, analisá-lo do ponto de vista do consumidor e a partir daí definir a clientela que pretende conquistar. Você pode começar identificando segmentos específicos e levantar informações como renda, idade, classe social, nível de instrução, etc., para traçar o perfil dos futuros consumidores do produto que sua empresa venderá. Você deve, ainda, definir se vai atuar no mercado consumidor direto ou no mercado indireto e manter sempre atualizado um cadastro de clientes.

DIVULGAÇÃO

O ditado popular diz que “a propaganda é a alma do negócio”, mas a gente pode continuar dizendo que os “músculos” também são importantes. Assim, entendemos que dotar os clientes internos (funcionários, os “músculos” do negócio) de informações sobre os produtos oferecidos é a chave para vendê-los ao cliente externo.Uma boa opção de marketing, que contribui para atrair a clientela, é instalar uma loja de conveniência no estabelecimento. Voltando à “alma do negócio”, concluímos que para atingir o consumidor e garantir as vendas, você deve planejar o seu marketing. E como fazer isso? A primeira sugestão é fazer uma análise da sua realidade: identifique quais são os custos de seus serviços, adapte-os e busque a otimização de sua alocação. Mantenha seus consumidores motivados, partindo para uma revisão da sua estrutura de comercialização, avaliando paralelamente, se essa estrutura atinge seu mercado-alvo com sucesso.

Lembre-se que o marketing deve ser contínuo e sistêmico. Considere ainda, que num plano de marketing é importante o conhecimento de elementos como preço, produto (serviço), ponto (localização) e promoção. Avaliar as preferências e necessidades de seus clientes em relação às funções, finanças, facilidade, “feeling” (sensibilidade) e futuro. As empresas devem ter consciência de que a qualidade nos serviços prestados é, ainda, a melhor forma de tornar-se conhecida e sólida num mercado competitivo. A propaganda boca a boca é fator de fortalecimento das marcas.

DIVERSIFICAÇÃO

Diante de um mercado cada vez mais competitivo, possuir um diferencial é de extrema importância para a sobrevivência neste tipo de empreendimento. A lista de negócios que podem ser agregados ao comércio de combustível é tão extensa quanto a criatividade do empreendedor, tais como: lojas de conveniência, locadoras de vídeo, banca de jornais e revistas, floriculturas, máquinas automáticas para venda de refrigerantes e sorvetes, quiosques para vender água-de-coco, minimercado de produtos de automóveis, equipamento automático de lavagem para carro, troca de óleo, lubrificação, chaveiro, máquinas para calibrar pneus com hidrogênio, restaurantes, lanchonetes e até hotéis, venda de gelo, carvão, etc.. Outra saída é criar facilidades, como a venda por cartões de crédito, prazo maior no pagamento dos serviços e o aumento da oferta de lubrificantes. Outras alternativas…

– Cartela de pontuação. O cliente ganha um prêmio ao atingir determinada pontuação. É considerada uma das melhores estratégias, pois faz com que os consumidores retornem várias vezes ao posto, até completarem o número de pontos necessários.

– Brindes. Oferecer brindes para cada venda acima de um valor pré-fixado.

– Datas festivas. O dono de posto pode ainda aproveitar para fazer promoções temáticas em datas como Dia das Crianças e Natal.

LEMBRETES

Numa economia que tende à estabilização, saber definir o preço certo dos seus produtos é uma das ferramentas mais importantes da sua empresa. Harmonizar o desejo do consumidor e a expectativa de ganho do proprietário é o grande desafio. Enquanto o consumidor sempre deseja pagar menos e ter mercadorias de qualidade, o sonho do empresário é obter o melhor retorno, com o menor custo. Uma sugestão é buscar inspiração para essa “arte” em cursos que orientem o empreendedor a equacionar essa questão, como por exemplo, aqueles que ensinam a formação de preços.

NOTÍCIAS

Fique sempre atento aos noticiários, programas de televisão, revistas específicas, jornais (cadernos especiais), etc., pois estes são meios de manter-se atualizado quanto às novidades da sua área de atuação.

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

Recomenda-se fazer uma consulta ao PROCON para adequar seus produtos às especificações do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº. 8.078/90). Lei Federal n° 9.478, de 6 de agosto de 1997 – Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências.

Decreto Federal n° 2.455, de 14 de janeiro de 1998 – Regulamenta a Lei Federal n° 9.478/97.

Lei Federal n° 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Institui o Código de Defesa do Consumidor.

Portaria nº 009, de 16 de janeiro de 1997 – Dispõe sobre a atividade de revendedor varejista de combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos – Posto Revendedor – PR.

Decreto nº 1.787, de 12 de janeiro de 1996 – Dispõe sobre a utilização de gás natural para fins automotivos e dás outras providências.

Portaria nº 74 do INMETRO, de 13 de maio de 1996 – Aprova o Regulamento Técnico de Qualidade nº 37 (RTQ-37) – Inspeção de veículo convertido ao uso de gás metano veicular.

Portaria nº 75 do INMETRO, de 13 de maio de 1996 – Aprova o Regulamento Técnico de Qualidade nº 33 (RTQ-33) – Avaliação da capacitação técnica de convertedor de veículo para uso de gás metano veicular.

Lei nº 6.839, de 30 de outubro de 1980 – Dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício da profissão.

Lei nº 3.491/00. Dá nova redação ao Parágrafo único do art. 2o do Decreto no 2.705, de 3 de agosto de 1998, que define critérios para cálculo e cobrança das participações governamentais de que trata a Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, aplicáveis às atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural.

A exploração da atividade de revenda de combustíveis para automóveis depende da obtenção de registro e autorização de funcionamento, junto à Agência Nacional do Petróleo, ANP.

A Agência Nacional do Petróleo – ANP é uma autarquia especial, integrante da Administração Federal indireta e vinculada ao Ministério de Minas e Energia, instituída pela Lei nº 9.478/97 como órgão regulador da indústria do petróleo. Tem sede e foro no Distrito Federal.

É importante ressaltar que a atividade de revenda de combustíveis não se confunde com a distribuição do produto. Segundo definição legal, a distribuição consiste em atividade de comercialização por atacado com a rede varejista ou com grandes consumidoras de combustíveis, lubrificantes, asfaltos e gás liqüefeito envasado, exercida por empresas especializadas. Revenda caracteriza atividade de venda a varejo de combustíveis, lubrificantes e gás liqüefeito envasado, exercida por postos de serviços ou revendedores. Distribuidoras e revendedoras estão sujeitas a regulamentações específicas. Informações detalhadas sobre requisitos e exigências legais para a concessão da autorização de funcionamento devem ser solicitadas diretamente junto à ANP e às distribuidoras, haja vista que a legislação que rege a matéria é dinâmica e passível de alterações constantes, variando ainda de acordo com especificações do revendedor e da região onde o mesmo pretende se estabelecer. A prefeitura municipal deve ser consultada com antecedência, posto que a concessão da autorização pela ANP depende também da obtenção de alvará de localização e funcionamento, concedido pela Administração Pública municipal, observadas as normas locais e postura e segurança.

REGISTRO ESPECIAL

Para registrar sua empresa você precisa de um contador. Profissional legalmente habilitado para elaborar os atos constitutivos da empresa, auxiliá-lo na escolha da forma jurídica mais adequada para o seu projeto e preencher os formulários exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas jurídicas. Além disso, ele é conhecedor da legislação tributária à qual está subordinada a nossa produção e comercialização. Mas, na hora de escolher tal prestador de serviço, deve-se dar preferência a profissionais qualificados, que tenha boa reputação no mercado e melhor que seja indicado por alguém que já tenha estabelecido com ele uma relação de trabalho. Para legalizar a empresa é necessário procurar os órgãos responsáveis para as devidas inscrições:

– Registro na Junta Comercial;

– Registro na Secretaria da Fazenda;

– Registro na Prefeitura do Município;

– Registro no INSS;

– Registro no Sindicato Patronal (empresa ficará obrigada a recolher por ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano, a Contribuição Sindical Patronal);

– Registro na Prefeitura para obter o alvará de funcionamento;

– Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social INSS”;

– Você deve procurar a prefeitura da cidade onde pretende montar o seu posto de combustível para fazer a consulta de local e efetuar a inscrição municipal para obter o alvará de funcionamento.

Também é preciso obter junto ao Corpo de Bombeiros o alvará de funcionamento.

Para obter a autorização da ANP, são necessários os seguintes documentos:

1. Ficha Cadastral – encontrada no site da ANP na Internet;

2. Requerimento – o modelo também pode ser conseguido na Internet;

3. Cópia autenticada do Cartão do cadastro Nacional de pessoa Jurídica (CNPJ),

deverá conter a atividade que a empresa pretende exercer (revenda varejista de combustíveis automotivos);

4. Cópia autenticada do documento de inscrição estadual, que deverá ter prevista a atividade de revenda varejista de combustíveis;

5. Cópia autenticada do estatuto ou contrato social – que deve estar registrado na Junta Comercial, também deve estar previsto o exercício da atividade de revenda varejista de combustíveis;

6. Cópia autenticada do alvará de funcionamento – expedido pela Prefeitura, concedendo a licença para o futuro posto funcionar.

A autorização não será concedida caso o requerente mantenha, como administrador ou sócio, pessoa físico ou jurídico que, nos cinco anos antecedentes ao pedido, tenha descumprido obrigações decorrentes do exercício da atividade ou possua débitos não liquidados com a ANP.O posto somente poderá operar depois que a autorização for publicada no Diário Oficial da União (DOU).A construção e obra de um posto de combustíveis tem ainda que tender às normas das entidades:

− Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT

− Prefeitura Municipal

− Corpo de Bombeiros

− Conselho Nacional do Meio Ambiente

− Departamento de estradas de Rodagem, com jurisdição sobre a área de localização do posto. Para regulamentação da atividade, o interessado também deverá requerer permissão do CNP – Conselho Nacional do Petróleo, que concede o registro do revendedor e emite, então, o competente certificado que autoriza o funcionamento. Por fim, sugerimos a consulta à Portaria ANP n.º 116, de 5 de julho de 2000, que funciona com um verdadeiro manual para quem pretende obter autorização para revender combustíveis.

LINKS DE INTERESSANTES

T&N PETRÓLEO – REVISTA BRASILEIRA DE TECNOLOGIA E NEGÓCIOS DE PETRÓLEO: http://www.tnpetroleo.com.br

BIBLIOGRAFIA

SCHOLZ, Cley. ANP suspende o registro de distribuidoras, O Estado de São Paulo,17/03/98, p. B 5.

Pequenas Empresa Grandes Negócios. Globo. Nº 65. Jun/94. p.75-76

Pequenas Empresas Grandes Negócios. Globo. Nº 54. Julho/93. P. 85-89

Pequenas Empresas Grandes Negócios. Globo. Nº 80. Set./95. P.24-32

Pequenas Empresas Grandes Negócios. Globo. Nº 32. Set./91. P.38-44

Pequenas Empresas Grandes Negócios. Globo. Nº 15. Abril/90. P.65-66

SEBRAE/PR. Posto de Gasolina. Curitiba. Sebrae, 1995. 20p

SEBRAE/SP. Como montar um posto de gasolina. São Paulo. Sebrae, 1996. 40p

COAD. Informe Semanal nº 44/98 – ICMS – OUTROS ASSUNTOS ESTADUAIS, p.360.

Aiub, George Wilson. Plano de Negócios: Serviços./George Wilson Aiub, Nadir Andreolla, Rogério Della Fávera Allegretti. 2.ed – porto Alegre : SEBRAE, 2000.

Gazeta Mercantil Regional. Postos sem bandeira aderem ao marketing da gasolina aprovada, 25/04/2002.

ÁREA RESPONSÁVEL E DATA DE ATUALIZAÇÃO:

Fonte: UCE – Unidade de Capacitação Empresarial – SEBRAE/ES

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Artigo 2 – Como Montar um Posto