A partir de 2019 100% das máquinas produzidas no Brasil deverão estar dentro da norma que estabelece novos índices de emissões de poluentes. A nova legislação exige que máquinas agrícolas tenham motores com menor emissão de poluentes, o que traz vantagens técnicas, além das ambientais.
Além das vantagens ambientais, a nova legislação traz vantagens técnicas às máquinas. Os equipamentos, que passaram a utilizar sistemas de injeção eletrônica, proporcionam o uso de tecnologias de diagnóstico de falhas e controle de manutenção. Também houve melhora de potência e torque. Segundo o especialista da FPT, as máquinas da marca tiveram um aumento médio de 7% em potência e 14% em torque.
Para atender à norma, as montadoras investiram em seus centros de desenvolvimento no País. A AGCO Power, que tem fábrica em Mogi das Cruzes-SP, aportou R$35 milhões em um laboratório de controle de emissões. “Com a instalação, ganhamos em qualidade, em prazo e custos por poder testar e avaliar os motores ‘em casa’ logo após sua produção”, diz o diretor. A FPT, empresa do grupo CNHi, usou o pessoal de engenharia do centro de desenvolvimento de Betim-MG para aprimorar as tecnologias dos novos motores.
Controle das Emissões – O controle das emissões é feito no escapamento da máquina com a utilização do reagente químico ArlaA 32, composto por água desmineralizada e 32% de ureia. O gerenciamento eletrônico dá mais eficiência ao motor, que trabalha com temperatura mais alta na câmara de combustão, tornando a queima de combustível mais completa e reduzindo a produção de material particulado.
Após a combustão, os gases resultantes seguem para o catalisador, onde um sensor mede o nível do NOx. Se estiver acima do permitido, uma bomba é acionada e injeta o Arla 32 neutralizando os poluentes por reação química. Tudo funciona automaticamente sem a interferência do operador, que só precisa ficar atento para abastecer o tanque do Arla, diferenciado do recipiente do diesel pela cor azul. Também é importante abastecer a máquina apenas com diesel S500, que contém menos enxofre.
Quanto ao meio ambiente, seis máquinas que obedecem ao MAR-1 emitem o mesmo nível de poluentes que uma máquina sem a tecnologia. “A redução da emissão de poluentes pode chegar a 90%. No caso do óxido de nitrogênio (NOx), a dedução é de 75% e, em material particulado, 85%”, finaliza o executivo da AGCO Power.
Mercado de Máquinas Agrícolas Automotrizes volta a Aquecer
Um estudo feito INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo aponta que em 2017, o segmento de máquinas agrícolas automotrizes exibiu ligeira recuperação das vendas, superando as 56,3 mil unidades e que para o ano de 2019 a tendência para o mercado de máquinas agrícolas automotrizes é de incremento das vendas para o mercado interno do segmento principalmente com a adoção do Plano Agrícola Pecuário 2018/19 que prevê recursos da ordem de R$8,9 bilhões para o MODERFROTA e de R$1,53 bilhão em crédito de investimento para o Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (PRONAMP).
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Aumento da Demanda de Arla – Já é sabido que o consumo de Arla 32 vem aumentando anualmente e, após a nova resolução publicada pelo Conama sobre os novos limites de emissões de poluentes e ruídos de veículos comerciais pesados ( Proconve P8 ) a tendência é que o volume comercializado de Arla 32 dispare em um curto espaço de tempo, pois de acordo com a resolução publicada, todos os veículos comerciais pesados vendidos no País ( máquinas agrícolas e máquinas para construção civil ) deverão emitir menores índices de poluição e atender aos limites de emissões definidos pelo P8 a partir de janeiro de 2023, mas os novos projetos de caminhões ou ônibus têm obrigação de seguir a legislação um ano antes, em janeiro de 2022. O resultado será o aumento ainda maior da demanda demanda para o mercado do Arla 32.
Descubra como o revendedor de combustíveis pode aproveitar esta oportunidade – Com o aumento da procura por Arla 32 nos postos de combustíveis para atender os caminhoneiros e, com um novo mercado de poderá ser abrir a partir da obrigatoriedade do uso nas máquinas agrícolas, o revendedor de combustíveis pode passar a fabricar, vender e até mesmo distribuir Arla 32 para o mercado agrícola de sua região aferindo novas formas de receitas complementares ao seu posto de combustíveis.