Desde sempre carros estão ligados aos combustíveis e parar no posto para reabastecer faz parte da nossa rotina.
Contudo, essa é uma realidade que está mudando, e formas mais sustentáveis de mover um carro estão se tornando necessárias, e dentre elas surgem os carros elétricos.
Movidos exclusivamente pela energia elétrica que é armazenada em uma bateria, uma das questões chave é a recarga. Isso porque, recarregar de forma rápida é um interesse de todo dono de elétrico – e aí que surgem os postos de combustível – só que de carros elétricos.
Neste vídeo vamos lhe apresentar TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER sobre o um ELETROPOSTO.
Recarga rápida para elétricos pode ser tão cara quanto gasolina!
Ter um carregador doméstico é crucial para o dono de carro elétrico. Nem sempre estamos em casa, e é necessário pesar preços e vantagens das alternativas.
Estima-se que, por ano, um brasileiro dirija cerca de 13.000 km com seu carro. Só pela vontade, talvez um comprador de carro elétrico queira rodar mais do que isso com o seu modelo novo.Pelo menos até se dar conta dos perrengues que pode arrumar.
Como visto, o carregamento doméstico é praticamente obrigatório para que o dono de elétrico tenha paz.Durante a noite o carro é recarregado, de dia gastam-se algumas dezenas de quilômetros no deslocamento diário.Mas e se, durante a tarde, surge uma viagem inesperada? Pior: o destino é a casa da sogra, que, apesar de querida e amável, não tem um wallbox instalado para te atender.
Hora de usar um carregador rápido (ou ultrarrápido), que funciona em corrente contínua (DC) e é bem mais complexo.
Dado o custo de centenas de milhares de reais, é inviável instalá-lo em casa, de modo que os carregadores DC ficam principalmente em postos de gasolina, eletropostos específicos e concessionárias.Eles também são o modelo predominante ao longo das estradas.
Em São Paulo, há cerca de 50 desses pontos. O Eletroposto Anália Franco se destaca por oferecer seis carregadores com até 200 kW – que, em 10 minutos, acrescenta cerca de 150 km de autonomia a um modelo que suporte tal potência. A maioria dos carregadores DC, entretanto, não passa dos 50 kW.
Para usá-los, é necessário baixar o aplicativo específico da rede de carregadores, cadastrar um cartão de crédito (ou adicionar saldo via Pix),
escanear o QR Code da tomada e seguir as instruções. O preço do quilowatt-hora gira entre R$ 2,00 e R$ 3,00 e, caso você deixe o veículo conectado com a bateria cheia, paga-se multa a preço equivalente por cada minuto de ociosidade.
Para percorrer 300 km, nosso BYD Dolphin de Longa Duração gastaria entre R$ 79 e R$ 118 recorrendo só aos carregadores DC.Em comparação, nosso Citroën C3 do Longa, abastecido com gasolina a R$ 5,78 por litro (valor médio da ANP em 16 de abril), gastaria R$ 104,45 no mesmo trecho.
Assim, fica claro que a economia prometida pelos carros elétricos não está nos postos rápidos: neles, além da energia, é cobrada a comodidade do tempo e o lucro do investidor.
Sem contar as várias tomadas que estão inoperantes ou filas que se formam em regiões com menos alternativas. Aplicativos como o PlugShare até ajudam nessa hora, mas nunca evitam 100% tais ciladas.
Tarefa de casa
Uma forma óbvia de economizar é carregando o carro em casa sempre que dá: um wallbox de qualidade tem seus R$ 8.000 diluídos facilmente considerando os R$ 0,73 cobrados, em média, por 1 kWh na conta de luz residencial. Por funcionar em corrente alternada (AC), o wallbox é mais barato e gastam-se algumas horas na tarefa.
E lembre-se que os EVs são mais eficientes na cidade: em 300 km na cidade, nosso BYD gastaria meros R$ 26,07 de energia se carregado em casa,ao passo que seriam R$ 122,98 de gasolina para abastecer nosso C3. Também é possível salvar uns trocados recarregando gratuitamente durante as compras em shoppings e supermercados, mas as tomadas AC só acrescentam alguns quilômetros de alcance nesse tempo.
Se a marca do seu carro é focada em elétricos (BYD, Volvo, Porsche, Audi etc.), há boas chances de que a concessionária local tenha carregadores DC gratuitos,que representam a opção mais cômoda, mas acabam gerando filas. Uma presença frequente também pode incomodar os lojistas, que te cobrarão bom senso.
Se nada disso resolver, o jeito é usar um adaptador e conectar seu carro diretamente à tomada de parede.Custará o mesmo tanto que a energia do wallbox, mas levará tempo suficiente para justificar um dia extra na casa dos sogros.
RECARGA BIDIRECIONAL
Como no mercado de ações, o preço da energia pode ser estabelecido em tempo real, sob a lei de oferta e demanda. O sistema Vehicle-To-Grid (V2G) busca aproveitar isso vendendo o excedente de bateria do carro durante picos de demanda e repondo a carga a um valor menor, durante a madrugada, por exemplo. Já existem carros com V2G no Brasil há alguns anos, mas ainda não há suporte da nossa rede a esse comércio, em que é possível ganhar para recarregar o carro.
REGRA DE TRÊS
Se o carregamento rápido é mais caro, vale usá-lo o mínimo possível. Nesse caso, uma opção é recorrer ao GPS e às médias de consumo do carro, calculando a porcentagem de bateria necessária e adicionando uma margem de segurança, conforme a existência de planos B até a chegada ao destino