Caro leitores, enquanto cruzo o estado da Flórida, ao som dos Beach Boys, penso comigo o quanto o nosso amado Brasil está atrás dessa imensa potência que é os Estados Unidos.
Não somente em nosso canal, mas como em economia, segurança qualidade de vida e princípios básicos liberdade, igualdade e fraternidade. Espero que possamos ser capazes, de um dia, chegar lá.
Como dito anteriormente, vou dividir a matéria em partes: aeroporto, lojas de conveniência e conclusão. Caso não tenha lido, sugiro que volte à matéria anterior e se atualize para mantermos uma linha de raciocínio.
Tendo em vista que há um mundo de informações sobre lojas de conveniência, vou dividir esse tópico em dois: parte 1 e parte 2.
Da mesma maneira, vou classificar as lojas em três tamanhos: convencional de 60m2 a 150m2, intermediárias de 150m2 a 350m2 e mega store, ou plaza acima de 350m2.
Após percorrer 200 km na Turnpike highway, fiz minha primeira parada para abastecer e almoçar em um posto de gasolina a beira da estrada.
A primeira loja, que visitei vem com um conceito de mega store, ou plaza, pois é um mix de loja de conveniência e de diversos restaurantes. Muito parecida com algumas, que encontramos em rodovias no interior do estado de São Paulo.
Durante o percurso, vejo outros postos com o mesmo conceito, porém com restaurantes diferentes apresentando um diferencial de um posto para outro. Influenciando, desta maneira, a decisão de parada do cliente.
Outro fato curioso é que o conceito de lojas de conveniência está tão bem arraigado no mercado americano que a escolha da loja e da marca que a representa é fundamental para a parada.
Marcas de restaurantes e fast food conceituadas tais como: Dunkin’ Donuts, Auntie Anne’s, Cozinha Italiana, Wendy’s Nathan’s Hot Dog e muitas outras. Todas sendo operadas por um quadro reduzido de funcionários, contando com alta tecnologia em suas cozinhas e know how de sobra a disposição de seus revendedores. Isso traz uma sinfonia de vendas! Como é bonito ver essa harmonia capaz de atender a todos estilos e a todos os gostos do junk ao fresh food.
Alimentos pré-parados em uma cozinha central, que os envia para apenas serem finalizados em loja. É visível o quanto essas marcas se esforçam para que cada vez mais seus produtos sejam, ou pareçam hand craft e que aparentem ter insumos de maior qualidade.
O apelo visual em monitores de LED bombardeiam os clientes, cardápios à postos e de fácil acesso é impressionante! Algo também incrível é que podemos ver a mudança do cardápio de acordo com o horário de atendimento, adaptando-se ao período de funcionamento, isto é, café da manhã, almoço, jantar e madrugada, no caso dos postos 24 horas. Além do movimento pendular e de passagem que a rodovia provem ao posto e loja.
É de cair o queixo o movimento que traz trabalhadores de empresas, autoridades e empresários locais, que se alimentam na loja. Vejo uma certa intimidade com os funcionários enquanto espero na fila. Tal fator nos mostra o quanto aquele público está acostumado a fazer suas refeições naquele lugar. Perfeito!!
Enquanto tudo isso rola, a loja de conveniência Sunshine Market, em outra parte desta mega store, se destaca pelo alto índice de produtos e diversidades ofertadas. Desde inúmeros tipos de lanches, snacks, frutas, bomboniere, saladas, a diversos tipos de café mais uma infinidade de bebidas refrigeradas. Dando um show de retalhismo, que se resume em vendas.
O banheiro impecável!!! O que é um atrativo para conduzir as pessoas para dentro da loja.
Não tenho dúvida que o canal é muito mais bem servido de fornecedores, o que facilita a vida de seus revendedores. Deixando todo o seu esforço para o controle do Biz e foco no cliente. Diga-se de passagem que o americano é fera nestes dois pontos, controle e qualidade no atendimento.
Enquanto pego minha refeição, não deixo de notar como o conceito de self-service funciona bem dentro da loja e na pista. Sonho de muitos revendedores no Brasil.
Sabemos que um dos calcanhares de Aquiles do negócio é a alta folha de pagamento dos funcionários. Será que um dia poderemos usufruir deste modelo em prol de um negócio mais competitivo e saudável?
Ainda na estrada e tendo feito mais paradas, noto que muitos postos com Mega Store e loja convencional de 60m2 a 100m2 para atender aquele cliente, que quer mais agilidade no atendimento e esperam por um serviço Grab and go. (Pegar e levar)
Um exemplo disso é a Main Street Market. Apesar de ser uma loja secundária, dentro de um complexo, é muito bem elaborada e conta com uma diversidade incrível de produtos. Desde geladeiras até o food service e gifts. Todo layout e desenho são focados para self-service e um atendimento rápido. Esta belezinha ainda dispõe de um lindo corner da marca Subway. Gostaria de dar ênfase para o banheiro, que estava extremamente limpo. Funcionários? Muitos Simpáticos!!
Você investidor de postos de rodovia, ou de lojas de conveniência lembre-se que 200 km percorridos são um bom medidor para escolha do seu ponto. Tanto por questões fisiológicas, quanto pela autonomia do tanque dos carros nacionais e importados no Brasil.
Outro fato relevante e que ajuda a alavancar as vendas das lojas de conveniência é a paixão nacional do americano por motores V8 e por diversos modelos de carros extremamente possantes. Sem contar a facilidade que o americano tem em adquirir um carro próprio.
Acrescente a isso, os inúmeros caminhões, que percorrem as rodovias abastecendo a economia americana e gerando a venda de milhões de litros de gasolina e diesel pelos postos de combustível. Tal deslocamento gera um movimento incrível e ao mesmo tempo assustador para as lojas de conveniência.
Conheça essa Incrível Loja
Vale lembrar que a medida para o combustível nos Estados Unidos é feito em gallons, ou seja, 3.785 litros.
Nós como comerciantes e empresários quando entramos em um estabelecimento comercial, independentemente qual seja o segmento, devemos aperfeiçoar nosso olhar para perceber o diferente que há e que possamos aperfeiçoá-lo para o nosso negócio.
De acordo com a NACS (National Association of Convenience Stores) o último balanço de faturamento do canal, nos Estados Unidos, ultrapassou 242 bilhões de dólares e vem crescendo continuamente. Gigantes do canal brigam centavo por centavo na corrida pelo share de mercado.
Aproveitando que estamos falando sobre a NACS segue uma dica valiosa: programe-se para conhecer a maior feira do mundo a respeito de lojas de conveniência, que acontece nos Estados Unidos. O que há de mais novo do canal é apresentado, inclusive companhias petrolíferas e seus revendedores também visitam essa exposição.
Empresas como a Sinerfood acompanham tours exclusivos com redes, ou grupos. Particularmente, indico que participem da feira a cada dois anos, assim o conteúdo é atualizado. Programem-se para visitarem a feira, em um ano, e em outro, as lojas. É muito legal ver os novos modelos e tendências em prática depois que cadeia os absorveu. Até para checar o que rodou e o que não rodou.
Finalmente, chego ao meu destino a cidade de Orlando, onde irei percorrer as principais e melhores redes do canal.
Acompanhem a próxima parte da entrevista.
Um abraço fraterno do Chef Borba.
Se você se interessa por informações do segmento de loja de conveniência acesse a Categoria Loja de Conveniência do Blog Brasil Postos.
+++ Dicas para ajudar aos novos empreendedores do segmento de conveniência
+++ A Loja de Conveniência e as Perspectivas para 2020
+++ O futuro das lojas de conveniência está na gastronomia
+++ Lojas de Conveniência à Beira-Mar – Veja as oportunidades!