Metade dos líderes em atividade precisará se requalificar até 2025.

Essa previsão, baseada em estudos do Instituto Gallup, aponta que, para mais de 90% dos gestores, as chamadas “human skills” (ou soft skills) são mais relevantes do que a formação acadêmica na definição dos diferenciais competitivos de um candidato.

Em um mundo cada vez mais digitalizado, as relações humanas continuam sendo o centro
de tudo. Projetos só alcançam sucesso quando talentos diversos trabalham em harmonia.
Por isso, as lideranças precisam ir além da competência técnica: elas devem ser
colaborativas, comunicativas e criativas. Reunir pessoas tecnicamente qualificadas não será
suficiente se elas não souberem ouvir umas às outras, nem compartilharem a mesma
paixão e motivação.

Segundo o World Economic Forum, 94% dos líderes empresariais esperam que os
funcionários desenvolvam novas competências no trabalho – um aumento expressivo em
relação aos 65% registrados em 2018. A previsão é de que, até 85 milhões de empregos
sejam impactados pela automação nos próximos anos. Contudo, milhões de novas funções
surgirão como resultado dessa transformação.

O relatório Prioridades Principais da Gartner para TI: Visão de Liderança para 2021 reforça
que, para acompanhar o ritmo das inovações tecnológicas – como análises avançadas,
inteligência artificial e robótica –, as organizações precisam focar mais nas competências humanas do que em habilidades exclusivamente técnicas. Gigantes como o Google também defendem que o diferencial de um grande talento não reside apenas nas habilidades técnicas, mas na combinação dessas com as human skills.

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Estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT) destaca que os líderes do futuro
precisam dessas habilidades para manter a competitividade e maximizar os resultados de
suas equipes. Segundo o levantamento, habilidades como pensamento crítico, autogestão,
interação e liderança são essenciais nessa nova era.

Em um cenário em que o digital e o físico caminham para uma integração profunda – como
exemplifica o conceito do Metaverso –, líderes precisam reconhecer perspectivas diversas,
fomentar o pertencimento e adotar práticas como Work-Life Integration. A humanização nas empresas deixa de ser uma alternativa para se tornar essencial.

Recrutamento e Seleção: O Desafio das Human Skills

Atrair candidatos que combinem habilidades técnicas e human skills é um grande desafio. O relatório IT Score for Sourcing and Procurement da Gartner aponta que muitas empresas ainda não possuem processos maduros de recrutamento alinhados às prioridades organizacionais.

Saber atrair, avaliar e selecionar talentos adequados tornou-se vital para o sucesso.

Embora o mercado esteja cada vez mais tecnológico, a humanização e o engajamento
ocupam um espaço central nas discussões. Tecnologia e humanização não são opostas; ao
contrário, a tecnologia pode ajudar no desenvolvimento das habilidades emocionais tão
demandadas pelo mercado.

Human Skills no Topo das Prioridades

De acordo com o relatório Futuro dos Empregos, do World Economic Forum, as
competências mais valorizadas para os próximos cinco anos incluem:
• Autogestão;
• Resiliência;
• Tolerância ao estresse;
• Pensamento crítico;
• Resolução de problemas.

A pandemia de 2020 acelerou a necessidade de líderes mais humanizados. Separados
fisicamente, os times enfrentaram desafios emocionais e de comunicação. Reuniões virtuais
tornaram-se frequentes, mas muitas vezes faltou empatia e atenção real às necessidades
das equipes.

Segundo o autor Simon Sinek, as human skills transformam a liderança. Apesar disso,
essas habilidades raramente são ensinadas formalmente. Entre as competências mais
valorizadas estão:

• Saber ouvir;
• Inteligência emocional;
• Empatia;
• Autoconsciência;
• Resolução de conflitos;
• Compreensão da linguagem corporal.

Essas habilidades não são temporárias – vieram para ficar. Profissionais que as dominam
conectam-se com facilidade às pessoas e criam um ambiente de confiança e colaboração.

Contratação: Estratégias para Sucesso

Para selecionar candidatos com o perfil ideal, algumas práticas se destacam:

1. Habilidades podem ser ensinadas, personalidade não: Priorize candidatos com a visão e personalidade adequadas, mesmo que não possuam experiência técnica robusta. Organizações devem investir no treinamento de seus colaboradores.

2. Más contratações são custosas: Contratar a pessoa errada pode impactar negativamente a equipe e o desempenho geral da empresa. Busque candidatos que saibam trabalhar em equipe, sejam adaptáveis e motivados.

3. O fit cultural aumenta a produtividade: Candidatos alinhados à cultura e valores da organização tendem a ser mais engajados e produtivos.

Habilidades-Chave a Serem Avaliadas

Nos processos seletivos, é importante observar:

• Capacidade de avaliar criticamente;
• Gestão do tempo;
• Adaptabilidade;
• Tomada de decisão;
• Geração de ideias;
• Análise de informações;
• Comprometimento com metas desafiadoras.

Ferramentas e estratégias que combinam avaliações técnicas e de soft skills ajudam a
identificar os melhores talentos. A diversidade também deve ser um fator considerado ao
definir critérios de avaliação.

Lideranças Humanizadas: O Futuro das Organizações

Investir no desenvolvimento de lideranças humanizadas torna as empresas mais
competitivas, adaptáveis e produtivas. Profissionais com forte competência técnica e
habilidades humanas são o alicerce de equipes resilientes e de organizações perenes

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