Mais uma vez estamos vivenciando alterações no mercado de combustíveis, porém em minha opinião, nenhuma como a atual que esta mudando conceitos e paradigmas desde o REFINO até aos hábitos do CONSUMIDOR FINAL, passando por readequações estruturais das grandes DISTRIBUIDORAS do país.
O governo da sinais claros de que deseja um mercado mais aberto em curto prazo, com livre concorrência, remodelando seu próprio papel e o de sua Agência de Regulação de Mercado (ANP).
Grandes players mundiais como (VITOL, PETROCHINA, GLENCORE, TOTAL) chegaram por aqui, porém ainda precisarão entender de forma mais clara assim como as distribuidoras já consolidadas em nosso país (BR, SHELL, IPIRANGA e diversas outras) as mudanças que estão sendo impostas.
A abertura de mercado, as reformas da Previdência e Tributária, além das mudanças do governo neste jogo, aliadas ao papel fundamental e de destaque que o BRASIL tomou no mercado de combustíveis fosseis estão exigindo mudanças de estrutura e de gestão.
Com um olhar MUNDIAL, análises de cenários tributários, fiscais, mudanças de PROPOSTA DE VALOR para REVENDEDORES e CONSUMIDORES, alterações nas plataformas de atendimento dos POSTOS DE SERVIÇOS e, em minha humilde opinião, já se exige adequações da ALTA GESTÃO das empresas, incluindo renovações para enfrentar este novo cenário. O engajamento de equipes, integrando ÁREAS COMERCIAIS, OPERACIONAIS – TRIBUTÁRIAS, exigido um novo jeito de fazer as coisas, uma nova maneira de pensar o cotidiano, e a quebra do TRADICIONAL.
Tem se exigido como nunca a profissionalização dos POSTOS DE SERVIÇOS, e, surgindo com frequência MEGA REDE DE POSTOS, que cada dia mais terão papel crucial no mercado, sendo necessário integração com a plataforma de negócios das distribuidoras. Investidores estão de olho no mercado da REVENDA, e, talvez seja o caminho mais assertivo para entender a dinâmica do mercado brasileiro.
Os postos continuam tem vital IMPORTÂNCIA e é necessário entender e respeitar isto.
Posicionamentos de PRICING e PLANNING tradicionais estão colocados em check, sendo necessário o papel de PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO simples e eficaz, adaptando os segmentos de atendimento das DISTRIBUIDORAS, como: REDE, SPOT e COF. É necessário extrapolar os muros das DISTRIBUIDORAS e chegar com essas ferramentas nos POSTOS DE SERVIÇOS BANDEIRADOS, BANDEIRA BRANCA, passando pelos CONSUMIDORES FINAIS. Isto é muito mais que ter APLICATIVOS que chamem atenção do consumidor, se faz necessário a CUSTOMIZAÇÃO de OFERTA.
Em minha visão o mercado atual abre diversas opções, desde a Consolidação de marcas próprias em postos de combustíveis como: REDE DUQUE, REDE S3, REDE TIGRE DO VALE, REDE CORUJÃO, etc, até novas distribuidoras com especialização de atendimento por NICHOS DE MERCADO, passando por novas PARCERIAS, como a recente RAIZEN – FEMSA para aprimoramento do varejo.
ABRE-SE espaço para NOVOS PROFISSIONAIS de diversos segmentos e obriga-se uma renovação de GESTÃO, e, somente empresas com visão de FUTURO e que tenha coragem de efetuar mudanças estruturais, quebrando PARADIGMAS irão se PERPETUAR neste mercado.
Que venham novos desafios. Novas empresas do cenário mundial entrem no mercado de REFINO e DISTRIBUIÇÃO (BP por exemplo). Que empresas que saíram do pais retornem como (ESSO, TEXACO, AGIP, REPSOL, etc). Que novas empresas nacionais surjam.
Que novas formas de relacionamento surjam. Que a INTELIGENCIA ARTIFICIAL (BI) criem ferramentas que ajudem os GESTORES a controlarem seus ESTOQUES, terem visão de GERAÇÃO DE VALOR, etc.
PEQUENAS DISTRIBUIDORAS
O mercado brasileiro de combustíveis, embora ainda com forte concentração de volume nas 3 maiores Cias do país (SHELL, BR, IPIRANGA), vem passando por um amadurecimento das pequenas distribuidoras, que estão conseguindo atender com eficiência postos de combustíveis de todo país, principalmente o mercado de postos Bandeira Branca e marcas regionais.
Este movimento só não é maior devido a INFRAESTRUTURA de bases de distribuição também ser muito concentrada, principalmente pelo alto investimento necessário para se fazer uma Base de Combustíveis, porém muitas CIAS como: RUFF, STOCK, CHARRUA, RM, TRANSO, PETROEXPRESS, etc, vem investindo em bases, mesmo que de pequeno porte, se destacando no mercado.
Na minha visão distribuidoras com a INFRAESTRUTURA, TRANSPORTE EFICIENTE e INTELIGÊNCIA DE TRIBUTOS serão os grandes destaques de resultado em 2020.
Um ponto interessante é que FUNDOS DE INVESTIMENTOS poderão se abrir de forma mais ampla para possibilitar os investimentos, e, tendo ganhos elevados caso consiga ter INTELIGÊNCIA DE TRADE, comprando por exemplo no ATACADO e vendendo no VAREJO.
A parceria do SETOR FINANCEIRO com DISTRIBUIDORAS EFICIENTES poderão gerar ganhos expressivos.
Gustavo Oliveira é o novo colunista do Portal Brasil Postos e sua proposta é escrever sobre os novos cenários e desafios no segmento de postos de combustíveis .