O mercado dos combustíveis segue refém das distribuidoras.

O consumidor, no entanto, descarrega queixas e reclamações contras os revendedores no varejo.

Equivocada e injustamente, os donos de postos de combustíveis são considerados os vilões da história. O erro dos empresários do setor é não se comunicar com a sociedade e, aceitar por omissão, a pecha de gananciosos.

Dos contratos entre postos de gasolina e distribuidoras e a aplicação da anacrônica pacta sunt servanda

O propósito aqui não é defender dono de posto de combustível, mas tentar mostrar a verdade oculta atrás de discursos fantasiosos e sem conexão com a verdade.

No dia 30 de setembro, o Indicador Semanal do Etanol Hidratado – Combustível CEPEA/ESALQ Mato Grosso mostrava a cotação do etanol em R$ 2,57. Adiciona a esse preço mais R$ 0,14 centavos por litro de frete (FOB), que sempre é pago pelo destinatário, bem como a margem de lucro de 20%, que é aceita pelos órgãos de fiscalização, o preço do etanol chega a R$ 3,26.

Ocorre que essa semana o etanol foi comercializado pelas distribuidoras a R$ 2,75 mais R$ 0,14 de frete. O preço final para o consumidor chega a R$ 3,47. Apesar do reajuste e da tendência de mais aumento, as distribuidoras estariam retendo o estoque. A maioria dessas empresas nem vendeu o produto. Claro, esperam mais reajuste. 

Atividade ameaçada

Donos de postos ouvidos pela reportagem reclamam que está difícil manter a atividade em funcionamento. Quem paga aluguel vive com a corda no pescoço. O custo fixo é alto e a margem de lucro não pode ultrapassar a casa dos 20% por imposição da Lei Federal n.º 1.521/51.   Com base nessa lei de 1.951, o Procon, MPE e Delegacia Fazendária fiscalizam com rigor extremo os postos de combustíveis.

No entanto, as distribuidoras operam livremente e sem nenhum controle por parte do estado.

Margem de lucro apertada, despesas com aluguel, folha, energia, tributos e outros encargados, empresários ameaçam abandonar a atividade. Quem paga aluguel não tem outra alternativa a não ser devolver as intalações e procurar outra atividade. “No passado, posto de combustível era uma atividade lucrativa, hoje não vale a pena. Muito giro para pouco ou quase nenhum ganho”, reclama um empresário de Tangará da Serra.

Fonte: https://www.abroncapopular.com.br/

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