“Um ambiente externo volátil e adverso, além de inflação e juros altos globalmente, prejudicam as perspectivas de crescimento globais e brasileiras. Apesar disso, a volta da mobilidade com o fim das restrições para conter a disseminação da Covid-19, reduções tributárias nos preços dos combustíveis, aumentos na geração de emprego, nas transferências de renda e na produção agrícola devem fazer a demanda de combustíveis ultrapassar os níveis pré-Covid em 2022”, projetou.
No primeiro semestre do ano, as vendas de diesel superaram até mesmo os volumes recordes registrados em igual período do ano anterior. Ao todo, a alta no combustível somou 2,2% entre janeiro e junho.
A EPE alerta, contudo, que o consumo de diesel em 2022 deverá refletir, em alguma medida, os efeitos da escalada de preços dos combustíveis, além das menores expectativas do mercado para a economia brasileira, devido a um ambiente externo adverso, revisões negativas para o crescimento global e ambiente inflacionário ainda pressionado.
Por fim, um dos combustíveis mais afetados pela pandemia, o querosene de aviação terá uma recuperação neste ano. A EPE afirma que a disponibilidade de voos nacionais ainda está abaixo dos níveis de pré-pandemia. Porém esse quadro deve mudar até o final do ano.
“Com o fim das restrições e da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional, parte da população que estava viajando mais de automóvel deve voltar para o modo aéreo”, previu a EPE.
A estatal manteve sua projeção de recuperação lenta e gradual do consumo de QAV no Brasil, alcançando os níveis de pré-pandemia apenas no segundo semestre de 2023. O relatório completo da EPE está disponível no site da empresa.
Fonte: www.epe.gov.br/