Comgás distribui gás em posto de abastecimento para caminhão em Taboão da Serra e amplia oferta do produto no corredor que liga São Paulo e Curitiba
O plano de expandir a oferta de Gás Natural Veicular (GNV) para caminhões e ônibus no Brasil está a todo vapor.
Nesse sentido, a Comgás passa a distribuir gás em um posto em Taboão da Serra, na grande São Paulo. Com isso, a principal rota de ligação entre a capital paulista e Curitiba ganhou maior cobertura para o transporte de carga por meio do caminhão a gás, segundo a empresa.
De acordo com a Comgás, o ponto de reabastecimento fica no Posto Rota 116, no km 16,5 da Rodovia Régis Bittencourt. Conforme a empresa, são quatro bicos com capacidade para abastecer 200 m³ em cerca de 40 minutos. O preço do m³ do GNV no posto é de R$ 3,179.
O motorista também encontrará GNV para caminhões em Colombo (PR), informa a empresa.
Ou seja, a apenas 375 km de distância do novo posto. Portanto, ficou mais fácil viajar de uma capital à outra com um caminhão a gás. Isso porque a autonomia desses modelos varia de 400 km a 500 km.
De Curitiba a SP com 70% dos tanques
Segundo a Comgás, foram feitos testes com um cavalo-mecânico da Scania. Ele partiu de Curitiba carregado com 5 toneladas. Ou seja, bem abaixo do limite de peso bruto total (PBT), de cerca de 54 toneladas.
Como resultado, segundo a empresa, o caminhão chegou em São Paulo com cerca de 30% de GNV de reserva. Segundo a Comgás, o modelo tinha oito cilindros com capacidade total para 236 m³ de gás.
Ao contrário do que ocorre com os automóveis, a oferta de pontos de reabastecimento de caminhões a gás ainda é pequena. Isso porque os sistemas são diferentes. Em outras palavras, os conectores das bombas para veículos pesados têm capacidade de vazão muito maior.
Caminhão a GNV gasta até 15% menos por Km
Portanto, esse é um dos entraves para a ampliação da frota a gás no Brasil. Além disso, há a questão do preço. Por exemplo, o caminhão Scania a gás é cerca de 30% mais caro que o mesmo modelo com motor a diesel.
Por outro lado, com GNV a redução de custo por quilômetro rodado varia de 12% a 15%, segundo a distribuidora. Além disso, as emissões de CO2 são até 15% menores. Esses números são resultado da comparação com o modelo equivalente a diesel, de acordo com a Comgás.
Por enquanto, a Scania é a única marca a oferecer caminhões a gás no Brasil. Trata-se do cavalo-mecânico R410, que pode rodar com gás comprimido, liquefeito ou biometano.
Concorrência a caminho
Primeiramente, a marca apresentou o caminhão a gás na edição de 2019 da Fenatran. Logo depois, criou um programa de testes para comprovar a viabilidade do novo produto. Assim, os caminhões a gás foram avaliados por empresas como Unilever, Pepsico, São Martinho, Bravo Logística e Ambev.
Como resultado, a Scania projeta encerrar 2021 com cerca de 200 unidades vendidas. Porém, a marca de origem sueca não é a única de olho no segmento. Ou seja, em breve deverá enfrentar concorrência da Iveco.
Isso porque a italiana já confirmou a intenção de vender caminhões a gás no País. Segundo o líder da marca na América do Sul, Márcio Querichelli, os testes já estão no horizonte. Ele revelou o projeto em entrevista exclusiva ao Estradão.
Scania e Comgás se unem para ampliar oferta de caminhão a gás
Scania e Comgás vão mapear as principais rotas do País para a instalação de postos de abastecimento e investir na ampliação da oferta do combustível
A Scania e a Comgás, companhia de gás de São Paulo, se uniram. Com isso, pretendem acelerar o desenvolvimento do mercado de Gás Natural Veicular (GNV) para veículos pesados. Além disso, pretendem ampliar as operações ligadas ao biometano. Ou seja, o gás produzido a partir do lixo.
Nesse sentido, as empresas já começam a mapear corredores e rotas logísticas. Inicialmente, o primeiro Estado mapeado será São Paulo. Dessa forma, vai dar para saber quais locais devem ter prioridade na lista de novos postos de abastecimento.
No mesmo sentido, o plano prevê ainda a instalação de postos em locais privados. Ou seja, em garagens de transportadoras, frotistas e operadores de ônibus. Com, isso, a Scania e a Comgás pretendem tornar o veículo a gás mais competitivo.
Marco regulatório do gás
A iniciativa visa desenvolver a infraestrutura de distribuição. E também ampliar o número de pontos de abastecimento. Segundo o presidente e CEO da Scania Latin America, Christopher Podgorski.
Ou seja, ampliar o mercado de gás no País. Segundo o presidente da Comgás, Antonio Simões. De acordo com ele, a empresa está investindo na ampliação da rede de dutos de gás natural.
Nesse sentido, a iniciativa é uma resposta ao novo marco regulatório do gás. Aprovada em setembro de 2020, a lei regulamenta o escoamento, tratamento e processamento de gás. Bem como estocagem subterrânea, liquefação, regaseificação e comercialização de gás natural no Brasil.
Descentralização do mercado
Além disso, a nova lei tira da Petrobras o controle total da importação e do processamento do produto. Logo, a expectativa é que mais empresas entrem nesse mercado. Dessa forma, o setor deve crescer.
Nesse sentido, a venda de gás será feita por meio de contratos registrados na Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ou de entidades habilitadas pela ANP.
Assim, a agência pode abrir processo público sempre que houver um novo interessado. Ou seja, o objetivo é simplificar o processo. Ou seja, além das distribuidoras, os produtores e importadores poderão vender o produto.
Scania vendeu mais de 100 caminhões a gás
Desde março de 2020, a Scania produz caminhões com motores a gás no Brasil. Nesse sentido, foram investidos R$ 4 bilhões, o que inclui atualizações na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).
Segundo a Scania, foram vendidas mais de 100 unidades do novo modelo. Os motores desses caminhões podem utilizar GNV, biometano ou a mistura de ambos em qualquer proporção.
De acordo com a empresa, apesar de ter origem fóssil o gás é menos poluente que o diesel. Ou seja, um caminhão a gás emite até 90% menos NOx e material particulado que outo equivalente a diesel.
Scania vendeu mais de 100 caminhões a gás
“Com nossos ônibus gás, podemos reduzir a quase zero a emissão de material particulado”, afirma Podgorski. Segundo ele, com isso a Scania contribui com o bem estar das pessoas e do planeta, sem perder o foco nos negócios.
De acordo com o executivo, outra grande vantagem é o menor Custo Total de Operação (TCO). Ou seja, segundo a Scania, os veículos a gás custam menos para manter que os a diesel.
Porém, dependendo da região do Pais a rede de reabastecimento pode ser pequena. Portanto a parceria da Scania com a Comgás visa também acabar com esse entrave.
FONTE: Estradão
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