Maior distribuidora de combustíveis do País, a Vibra planeja ganhar mais espaço no mercado de combustíveis premium.
A nova gasolina “Podium Carbono Neutro”, recém-lançada compete com produtos análogos de Raizen e Ipiranga. A nova gasolina da Petrobras foi anunciada em 19 de setembro pela fabricante Petrobras, e chegou ao varejo de fato no fim daquele mês.
Da parte da Vibra, revela um alto executivo a ideia é elevar ainda mais os 80% de participação no mercado premium de gasolina. Hoje, Raizen e Ipiranga dividiriam os 20% restantes, disputando respectivamente com suas V-Power Racing e Ipimax – essa também lançada recentemente pela Ipiranga.
A estratégia da Vibra será adensar o número de postos nas regiões que já recebem a gasolina Podium, concentrados no Sul e Sudeste, e levar o produto para o Norte, onde ainda não chegou.
“Vemos espaço para crescer mais e ganhar mercado”, diz o executivo. Hoje a nova Podium está presente em cerca de 1 mil postos de uma rede com mais de 8 mil lojas que estampam marca Petrobras, arrendada pela Vibra.
Ainda é cedo para medir o sucesso do novo produto, mas, segundo a fonte, as negociações com os postos, que começaram entre três e quatro meses antes da sua chegada para o consumidor final, indica uma aumento no volume de encomendas da ordem entre 20% e 25%. Agora, explica, é esperar para ver se as vendas na bomba vão refletir o ímpeto dos lojistas e o aumento nos pedidos vai se sustentar.
Segundo a Vibra, no mix de gasolina, a aditivada (Grid) e a premium (Podium), representam entre 20% e 21% do volume total distribuído, enquanto a tradicional gasolina comum fica com 80% ou 79%. Há três anos, esse percentual dos produtos de maior valor agregado no mix da antiga BR distribuidora era de apenas 11%. Quase dobrou, portanto.
A “Podium Carbono Neutro” é fabricada na Refinaria Presidente Bernardes (RBPC) da
Petrobras, em Cubatão. Com percentual de enxofre de 20 partes por milhão (ppm), ante 30 ppm da antiga Podium e 50 ppm da gasolina comum, o produto é menos poluente e tem maior octanagem, com RON mínimo de 102, ante 101 da versão anterior.
Compensação de carbono
Na semana passada, a Petrobras revelou a jornalistas que sua primeira operação no mercado voluntário de créditos de carbono aconteceu em função do novo combustível, que terá emissões de toda a cadeia compensadas.
Sustentar esse mecanismo vai exigir compras anuais desses títulos. A estatal também planeja ampliar o volume de operações desse tipo com outros fins, já disse o diretor de Sustentabilidade e Transição Energética da empresa, Maurício Tolmasquim.
A chegada da nova Podium ao varejo foi o “empurrão” da companhia para esse mercado voluntário no início de setembro, indicou o gerente executivo de comercialização no mercado interno da Petrobras, Sandro Barreto.
Então, a empresa comprou 175 mil créditos ligados a projeto de preservação de 570 hectares da Floresta Amazônica. Cada crédito equivale a uma tonelada de CO2 evitada na atmosfera, o que remete a 175 mil toneladas de GEEs neutralizadas. Esses créditos serão usados como um estoque para o abatimento das emissões da cadeia do novo produto e têm previsão para um ano de compensações. Isso significa que, ao fim desse período, a companhia terá de ir a mercado para comprar mais títulos desse tipo.
Segundo Barreto, o custo dessa operação não foi e nem será repassado ao consumidor final via preço. Hoje, informou a Vibra, o preço médio do litro da gasolina Podium Carbono Neutro custa entre R$ 7,80 e R$ 7,90.
Segundo a Petrobras, todo o ciclo de vida da nova Podium, da produção, ao transporte e queima, terá as emissões de gases do efeito estufa compensadas por meio de créditos gerados via preservação ou recuperação florestal de biomas nacionais. O primeiro estoque, relativo a um ano de volume comercializado, equivaleria a preservação dos 570 hectares do projeto parceiro da Petrobras no Acre.
Escrito por: Gabriel Vasconcelos
Fonte: http://broadcast.com.br/
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