O Estado no qual é vendida a gasolina mais barata do Brasil é também o que apresenta o combustível de pior qualidade: o Amapá.
Por lá, o preço médio do litro da gasolina é de R$ 5,84 e mesmo o maior valor cobrado pelo produto, na região, de R$ 6,19, é menor do que o de qualquer outro lugar do País, segundo estatísticas da ANP, levantadas pelo Broadcast.
No Amapá, 10% das amostras de combustível coletadas pela ANP não estavam dentro das conformidades exigidas pelo órgãos, no período de 1o de dezembro de 2021 a 1o de janeiro de 2022.
A disparada dos preços abre uma oportunidade para os fraudadores ganharem dinheiro misturando produtos mais baratos nos derivados de petróleo. Em geral, eles aumentam a adição de biodiesel e etanol.
Em seguida, num ranking dos Estados com pior qualidade de combustíveis aparecem Bahia, com 5,7% de algum tipo de adulteração nas amostras coletadas; Alagoas, com 5,5%; e Paraná, com 4,6%. Para se ter uma ideia, o índice de São Paulo é de 2,8%. Esses dados são relativos a gasolina, óleo diesel e etanol.
Em todo País, 2,9% das amostras de combustíveis coletadas estão fora dos padrões estabelecidos pela agência.
O óleo diesel é, entre os três, o mais adulterado, com 3,5% de não conformidade. Na gasolina, a taxa é de 2%, e no etanol, de 3,2%. Para chegar nesse resultado, laboratórios contratados pela ANP recolheram amostras de combustíveis em 2.691 postos em 957 municípios.
O mais comum de acontecer na gasolina é a adição de etanol em proporção maior do que os 25% permitidos, com margem de erro de 1%.
⛽ No etanol, o principal problema é o teor alcoólico, inferior ao determinado; e no diesel, a quantidade de biodiesel adicionado ao combustível de origem fóssil.
Com o encarecimento dos derivados de petróleo, aumenta também a oportunidade de os fraudadores ganharem dinheiro misturando componentes mais baratos nos combustíveis, como biodiesel e etanol.
Em abril de 2020, quando o petróleo chegou a ser vendido a menos de US$ 20 por causa da pandemia, o índice de conformidade dos combustíveis no Brasil foi de 97,9%, 0,8 ponto porcentual superior ao do primeiro mês deste ano. A agência não tem dados mais recentes sobre os combustíveis capazes de demonstrar os efeitos da guerra na Ucrânia e da disparada do petróleo na qualidade dos combustíveis vendidos nos postos.
Fonte: Estado São Paulo
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