De acordo com a vítima, a violência aconteceu por ele não ter como trocar uma nota de R$ 200
A agressão ao operador de caixa Denival da Silva Ferreira, flagrada por câmeras de segurança no fim de semana, aconteceu no mesmo posto de combustíveis em que o frentista Juan Pablo de Castro foi alvo de injúrias raciais, em outubro do ano passado.
A informação foi confirmada nesta segunda-feira (26) pelo advogado que representa as duas vítimas, Igor José Ogar. Para o advogado, é necessário que a Justiça de Curitiba tenha ações mais firmes contra pessoas que agridem trabalhadores.
“É lamentável, injustificável, inaceitável e inadmissível o que vem acontecendo com os frentistas de Curitiba. Acredito que precisamos de uma contraprestação muito maior do Estado. Essas ações têm se repetido porque os agressores não temem qualquer represália do poder judiciário”, afirmou o advogado.
Denival afirma que a violência contra ele aconteceu, no começo da madrugada de sábado (24), por não ter como trocar uma nota de R$ 200. Ele recebeu pelo menos dois tapas de pessoas que seriam responsáveis por uma barraca de cachorro-quente.
Já Juan foi alvo de ataque racista e xenofóbico. Nas imagens, é possível ver o homem chamando o frentista de “neguinho”, “macaco” e “nordestino”
Para Ogar, é preciso que os casos comecem a ser punidos e virem exemplo.
“O que precisa mudar não são as leis, que podem ser cumpridas. No primeiro caso [do Juan], pedimos a prisão do agressor e não tivemos resposta. Infelizmente, às vezes parece que são as pessoas de má índole que contam com a Justiça a seu favor”, concluiu.
Repúdio
Após a divulgação das imagens, os sindicatos que representam os postos e os trabalhadores divulgaram uma nota conjunta de repúdio. Confira na íntegra:
Nota conjunta de repúdio Sinpospetro e Paranapetro
Diante do novo caso de agressão à frentista ocorrido neste final de semana, o Sindicato dos Frentistas de Curitiba e o Paranapetro, entidade que representa a revenda de combustíveis, vêm a público repudiar este e qualquer outro ato de violência e desrespeito.
Os profissionais do segmento prestam um importante e fundamental serviço para a sociedade, e devem ser respeitados.
Infelizmente este é mais um caso de violência no segmento, a partir do qual as duas entidades reforçam que estão comprometidas em pedir providências às autoridades e dar suporte aos trabalhadores.
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