Um frentista foi agredido enquanto abastecia uma carreta, depois que o motorista do veículo reclamou da qualidade do diesel
A ocorrência de soco na nuca foi registrada em um posto de combustíveis localizado na Serra do Cadeado, em Mauá da Serra.
A Polícia Militar (PM) foi acionada por volta das 11h50 e, segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou que o caminhoneiro se alterou e o agrediu com um soco na nuca. A situação teve início quando o motorista começou a reclamar da qualidade do combustível, e o frentista continuou abastecendo e pediu para que o cliente falasse com o gerente do estabelecimento.
O trabalhador relatou aos policiais militares que se prontificou a chamar e gerente e, no momento em que se virou de costas, o caminheiro o agrediu com um soco na região da nuca. Outros frentistas interviram e conseguiram separar os dois homens. Ainda segundo o B.O., o caminheiro também ameaçou o frentista afirmou que “iria pegá-lo”.
A vítima foi orientada pelos PMs e afirmou que levaria as filmagens de segurança para a delegacia de polícia.
Racismo e agressões a frentistas são temas de audiência pública na Câmara de Curitiba
A Câmara Municipal de Curitiba realiza nesta quarta-feira (29/11), às 15h, uma audiência pública para discutir os casos de agressões físicas e verbais sofridas por trabalhadores nos postos de combustíveis.
O evento, proposto pelos vereadores Angelo Vanhoni (PT) e Rodrigo Reis (UB), será realizado no auditório da Câmara, no centro da cidade.
Os casos de agressão viralizaram nas redes sociais e chamaram a atenção da opinião pública.
As imagens mostraram uma agressão verbal, com palavras de baixo calão, e um tapa no rosto da frentista Guadalupe Monithle Bahls, ocorrida no dia 29 de outubro, no Posto Tio Ari, no bairro do Guaraituba, em Colombo, região metropolitana de Curitiba.
Veja o vídeo da agressão
No outro caso, Juan Pablo, um jovem de 18 anos e primeiro emprego, foi a vítima de agressão ocorrida, na madrugada do dia 14 de outubro, num posto de gasolina no bairro do Boqueirão, região Sul de Curitiba.
Juan sofreu ataques verbais, injúria racial e xenofobia, foi chamado de “macaco”, “nordestino morto de fome”, além de ameaças físicas de um suposto empresário.
As agressões a frentistas são um problema recorrente no Brasil.
Segundo o Sindicato dos Frentistas de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpospetro), só em 2023, foram registrados 12 casos de agressões a trabalhadores em postos de combustíveis na capital paranaense.
O sindicato afirma que as agressões são motivadas, principalmente, por racismo, xenofobia e assédio moral.
Os frentistas são, muitas vezes, alvo de insultos, ameaças e até mesmo violência física.
A audiência pública desta quarta-feira é uma oportunidade para discutir o problema das agressões a frentistas e buscar soluções para o problema.
De acordo com o presidente do Sinpospetro, Lairson Sena, “é preciso pôr um fim às agressões nos locais de trabalho. A categoria frentista merece respeito. A entidade já tomou todas as medidas jurídicas para proteger a integridade física e psicológica desses trabalhadores. O departamento jurídico do sindicato acompanha, com prioridade, os casos de Guadalupe e Juan Pablo”, declarou o dirigente sindical.
O evento contará com a participação de representantes do Sinpospetro, da Câmara Municipal de Curitiba, da Polícia Civil, do Ministério Público e de outras entidades.
Dentre os temas que devem ser discutidos na audiência pública estão:
- A necessidade de uma política pública de proteção aos frentistas;
- A importância da educação e da conscientização da população sobre o respeito aos trabalhadores;
- A necessidade de punição rigorosa aos agressores.
A expectativa é que a audiência pública resulte em propostas concretas para combater as agressões a frentistas e garantir a segurança e o respeito desses trabalhadores.
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