Imagine um lugar para trabalhar onde o medo é substituído pela esperança e confiança. Onde todos os colaboradores acreditam que aquele lugar também é deles. Onde os gestores controlam processos e não pessoas! Um lugar onde trabalhamos juntos, como uma equipe, para sermos melhores dentre os melhores!
É POSSÍVEL? Uma empresa é um estabelecimento meramente jurídico. Não existiria se não fossem as pessoas que nela dão o melhor de si para que metas e objetivos sejam atingidos. Isso nos permite concluir que falar de empresa corresponde a falar de equipe, de grupo de trabalho, de parceiros e se possível, amigos que trabalham olhando na mesma direção.
Certamente as pessoas que compõem essas equipes são diferentes entre si, cada uma com sua individualidade. No entanto, ao invés dessas diferenças serem vistas como geradoras de conflitos, devem ser tratadas como um sistema coletivo de complementação de competências, onde um supre eventuais limitações ou desconhecimento do outro. Será que é tão simples assim?
É exatamente aqui que surge o problema comportamental, na figura de um elemento desagregador. Todos vocês conhecem – talvez até por convivência diária – profissionais arrogantes, agressivos, injustos, desrespeitosos e puxadores de tapetes ou de sacos. Eles estão em toda parte, em todas as empresas, em todos os seguimentos da sociedade e do mercado.
A QUESTÃO É: como manter uma equipe unida e coesa se nela existe um elemento assim? Como esperar que aquela seja uma equipe de alta performance, se no meio está um instrumento desagregador, fomentador de conflitos e de ressentimentos?
Algumas empresas e gestores, justamente aqueles que não praticam o “feedback” ou que não dão segunda chance, optam pelo caminho mais cômodo e rápido da demissão. Outras organizações, com mais expertise no campo gestão de pessoas, investem em treinamento comportamental daquele profissional para que, havendo mudanças, possa haver uma reintegração do mesmo à equipe, junto com a harmonia produtiva. No entanto, ainda que louváveis todos os esforços da empresa para que ocorram transformações saudáveis, o maior responsável por essas mudanças não é o outro, senão o próprio indivíduo desagregador.
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POR QUE PRECISAMOS APRENDER A LIDAR COM PESSOAS?
Mudanças comportamentais não ocorrem pelo conhecimento, senão pela vivência. O entendimento de um conceito não implica sua aplicação prática. Todo gestor tem que entender muito bem o que é motivação, o que é empatia e o que é respeito, porém muitos no dia a dia não reservam um minuto se quer para aplicar tais conceitos com sua equipe.
Você já se pegou com a sensação de que não conhece bem alguém que convive o dia inteiro com você? Em várias esferas da vida, algumas pessoas não costumam ser elas mesmas:
- Alguns filhos só se mostram de verdade longe dos pais;
- Muitos funcionários só são eles mesmos, quando estão fora do ambiente de trabalho; ou até mesmo mudam o comportamento, quando o gestor não está presente;
- Há até cônjuges que não conseguem comportar-se com naturalidade ao lado dos parceiros com quem dividem a própria vida!
E isso nos impede de exercer nossos papéis da melhor maneira, seja o papel de líder, empresário, pai, mãe, marido, esposa e funcionário.
Quando um gestor conhece bem o seu colaborador a ponto de ter identificado que ele é reservado e calado, ele sabe que uma conversa em privado vai funcionar muito melhor do que um bate papo em equipe. E quando ele não conhece o funcionário, pode acabar exigindo um comportamento com o qual o colaborador não se sente à vontade, ou pior, pode exigir um comportamento para os quais esse mesmo funcionário não esteja tecnicamente preparado, mas acaba tendo de obedecer, sob o risco de perder o emprego. Nesse aspecto já enxergo um grande erro, muitas vezes cometidos nos processos de seleção e contratação, pois na grande maioria se contrata pelo conhecimento técnico e se demite pelo comportamento inadequado.
Se você quer realmente saber o que uma pessoa pensa ou sente, olhe nos seus olhos, observe comportamento, tente compreender seu gestual.
Quase sempre é através desses sinais que alguém expressa concordância ou discordância com algum assunto, ou até mesmo desvio de comportamento.
POR QUE FAZEMOS ISSO? Praticamente todas as pessoas expressam sentimentos, afetos e desconfortos por meio do comportamento e da comunicação não verbal (o gestual). E isso quase sempre independe do que elas estão dizendo. Apenas os indivíduos muito bem treinados conseguem controlar a espontaneidade de seus movimentos. De modo geral, somos iludidos pela fala das pessoas. Lidar com pessoas não é tarefa fácil. Como se costuma dizer, dá trabalho e exige conhecimentos e competências que nem sempre temos disponíveis ou estamos preparados para usar. No entanto não podemos fugir disso, já que estamos predestinados a não só caminhar juntos com indivíduos diferentes, mas também a compartilhar nossos projetos e realizações.
Para que você possa extrair ao máximo das suas conexões pessoais e profissionais, produzir grandes resultados, é preciso aprender a decifrar as pessoas com as quais você trabalha e convive diariamente. Se tratando de empresa, escolher as pessoas certas para os lugares certos, já é um grande passo.
NÃO HÁ NADA ESSENCIAL NO INTERIOR QUE NÃO SEJA AO MESMO TEMPO PERCEBIDO NO EXTERIOR. (Hugo Hofmannsthal)
Entenda a si mesmo para entender os outros ! Será que você se conhece o suficiente? Todos nós sabemos mais ou menos o que nos agrada e o que nos incomoda. Poucos, porém, sabem a razão de isto ser assim, e porque aceitamos certas pessoas ou condições e detestamos outras. Existem ferramentas próprias para fazermos essas análises, uma delas é o DISC (ferramenta de avaliação comportamental). A partir do momento que você toma consciência de quais comportamentos precisa melhorar, está em suas mãos mudar de atitude, amenizar este ou aquele traço mais evidente, enfatizar outros etc. Com isso você passará a compreender melhor o comportamento dos seus colaboradores também.
NOSSAS CONVICÇÕES DEFINEM TANTO O QUE SOMOS QUANTO O QUE FAZEMOS – E INFLUENCIAM INCLUSIVE A MANEIRA COMO AVALIAMOS OS OUTROS.
Como falei anteriormente, toda empresa é formada por seres humanos, e estes, desde que nascem, buscam e apreciam o reconhecimento, o respeito, o carinho espontâneo. Mas essas coisas vêm do coração. A cabeça de um gestor está sempre ocupada com números, prazos, metas e responsabilidades. E como tudo seria mais simples e tão melhor para si mesmo, para a equipe e para a empresa se esse profissional pensasse menos no seu próprio umbigo e um pouquinho mais nos seus colegas. Bastaria percorrer o caminho que vai da cabeça ao coração. Bastaria a ele reavaliar seus conceitos, valores, paradigmas, mensagens aprendidas na formação familiar ou acadêmica – e preocupar-se mais em sentir do que entender. Em ser mais do que ter poder. Abrir mão de suas crenças é um dos maiores obstáculos para se compreender diferentes pontos de vista. Personalidade não se muda, mas comportamentos podem ser modificados.
MUITAS VEZES, NÃO É NECESSÁRIO FAZER GRANDES MUDANÇAS, MESMO QUANDO PARECE QUE OS OUTROS DESEJAM QUE VOCÊ SEJA COMPLETAMENTE DIFERENTE. EM DIVERSOS CASOS, PEQUENAS AÇÕES OU AJUSTES NA COMUNICAÇÃO SÃO SUFICIENTES PARA QUE AS PESSOAS QUE O CERCAM PERCEBAM A SUA FLEXIBILIDADE. FICA A DICA!
A Consultora Cristina Lima é a mais nova colunista do Portal Brasil Postos e escreverá temas como a gestão de pessoas, comportamento, treinamentos de equipes, gestão do posto e da loja de conveniência.
Atua no mercado de combustíveis desde 2001, com treinamentos ministrados para a Petrobras em 82% dos estados da federação, como também para o DF, aliada à sua formação acadêmica na área educacional como Pedagoga, com especialização em Gestão escolar. A Especialização no formato MBA em Gestão de Pessoas, veio solidificar seus conhecimentos que a qualificam para conduzir sua equipe de consultores de treinamentos e construção de projetos de Gestão de Pessoas.
HISTÓRICO PROFISSIONAL – – Atribuições destinadas à PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A (até o início de 2018). Elaboração e realização de treinamento e palestras: motivacionais, atendimento a clientes, vendas, SMS com foco na Sustentabilidade, Segurança Alimentar, Responsável Técnico, Combustíveis Petrobras, Lubrificantes, Gerenciamento de Postos de Combustíveis, aprendendo sobre lubrificação, Como Atuar nas lojas BR MANIA (Petrobras), apresentação do PIM (plano integrado de marketing) em diversas praças como: Fortaleza, Belém, Minas Gerais, Brasília, Goiânia. Apresentação também do DESAFIO PETROBRAS em diversas regiões do país. (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul.)
Atualmente atua como consultora na área dos postos e Lojas de conveniência para Raízen / Shell em todo o Brasil. Alguns treinamentos realizados:
• Venda mais Loja Shell Select;
• Liderança Ativa para Lojas de Conveniência;
• Experiência Shell V Power;
• Venda mais lubrificantes;
• Técnicas de mershandising para lojas de conveniência;
• Exposição e organização de produtos nas lojas de conveniência;
• Treinamento de abertura de lojas (arrumação de gondolas, prateleiras e geladeiras);
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