Muitos profissionais, tratam o Gerenciamento por Categorias como a simples geração de Planogramas

Neste artigo, exploraremos, brevemente, a relação entre o Gerenciamento por Categorias e os Planogramas, esclarecendo distinções, potencialidades e como podem ser melhor alinhados para obter resultados mais eficazes.

 

Gerenciamento por Categorias: Estratégia Expressa em Planogramas

O Gerenciamento por Categorias envolve a estratégia de agrupar e organizar produtos no espaço de loja de maneira a melhor conectá-los às necessidades e hábitos dos consumidores e os Planogramas representam a expressão final desta estratégia, definindo como os produtos serão organizados e exibidos nas prateleiras.

Os Planogramas têm o objetivo de traduzir a visão estratégica do Gerenciamento por Categorias em ações concretas de exposição dos produtos. Eles determinam a quantidade de espaço dedicado a cada categoria, o sequenciamento das categorias, o posicionamento e a participação dos produtos em cada categoria, a disposição dos produtos nos equipamentos, a localização privilegiada e até mesmo a comunicação visual utilizada. Em essência, os Planogramas são o resultado palpável de todo o conhecimento e estratégias geradas pelo Gerenciamento por Categorias. Não existem bons planogramas sem um Gerenciamento por Categorias consistente.

As Armadilha do Foco Exclusivo nos Planogramas

Planograma pelo planograma

Engana-se quem acreditar que possuir Planogramas detalhados e bem elaborados são suficientes para uma exposição eficaz. Esta mentalidade, reducionista, limita a verdadeira capacidade do Gerenciamento por Categorias.

É fundamental compreender que os Planogramas, apesar de essenciais, são apenas o aspecto visível de um processo mais amplo. Somente organização e beleza são insuficientes para explorar o máximo potencial do ambiente de loja, físico ou digital. A eficácia dos Planogramas reside na solidez da estratégica do Gerenciamento por Categorias. Se os produtos forem agrupados de forma inadequada, não alinhada às necessidades dos consumidores ou desconsiderando aspectos de neurociência, os planogramas são meros instrumentos de informação de abastecimento de loja.

Planogramas baseados unicamente em dados dos ERPs

A integração dos sistemas ERPs (Enterprise Resource Planning) com sistemas de planogramação trouxe uma nova dimensão para a gestão varejista. No entanto, é importante reconhecer os potenciais riscos dessa abordagem.

O principal risco é o uso exclusivo das informações de vendas registradas no ERP para determinar a construção dos Planogramas. Embora as vendas sejam uma métrica essencial, elas não contam toda a história e podem levar a erros na confecção dos planogramas. Ocorre que os ERPs, de forma geral, não possuem análises estatísticas, análises de causa e feito, capazes de estabelecer qual a melhor composição de produtos para termos o maior faturamento e a maior rentabilidade sem prejudicar o crescimento de vendas. Isto sem falar da falta de informações da árvore de decisão que varia de uma categoria de produtos para outra.

Os Planogramas são, indiscutivelmente, a expressão tangível da estratégia de Gerenciamento por Categorias. No entanto, é crucial reconhecer que a eficácia dos Planogramas depende da solidez da estratégia subjacente. A integração dos ERPs com sistemas de planogramação oferece oportunidades, mas também desafios que devem ser abordados com cautela.

Evitar a armadilha de considerar os Planogramas como o fim da jornada é essencial. O Gerenciamento por Categorias abrange a compreensão das necessidades dos consumidores, o agrupamento estratégico de produtos, a execução de loja eficaz e o monitoramento desta execução. Somente quando estes elementos estão presentes e alinhados é que os Planogramas podem atingir seu potencial máximo, impulsionando vendas, promovendo uma experiência superior aos clientes, revitalizando o ambiente de loja e fortalecendo tanto a indústria quanto o varejo.

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