Os filtros e caixas separadoras de água e óleo são uma demanda crescente para as empresas do mercado pela exigência das leis e percepção crescente dos clientes da necessidade de proteger o meio ambiente e os motores de seus consumidores. Todo derivado de petróleo que cai no chão em postos de combustível, entre outros locais que o utilizam, deve ser separado da água antes de ir para o esgoto. As caixas separadoras de água e óleo são equipamentos distintos dos filtros para óleo diesel, que ficam posicionados nas ilhas de abastecimento, depois do tanque subterrâneo ou aéreo e antes do líquido passar pelas bombas que abastecem os caminhões.
As caixas separadoras de água e óleo, como o nome diz, separam graxas e óleos da água para direcioná-los de maneira adequada ao final do processo. As caixas separadoras de água e óleo não são filtros, na verdade, possuem um projeto baseado no princípio da ciência da mecânica dos fluidos, que se utiliza de um desejo especial de fluxo do efluente passando por chicanas, placas coalescentes e tubulações especialmente projetadas para tal, conforme explica Fernando Domingues, gerente de aplicação de produtos da Alpina Ambiental. No projeto, entram em ação dois conceitos básicos da engenharia dos fluidos: a coalescência, propriedade dos fluidos multifásicos tenderem a aglutinar suas partículas de pequeno tamanho em partículas maiores; e a Lei de Stokes, que influencia na velocidade de flutuação dos óleos conforme o tamanho das gotas se coalesce e ganha tamanho.
Já os filtros separadores de água e óleo diesel, de acordo com Edmundo Casagranda, da Engenharia da Oleofil, possuem alta eficiência, já que funcionam pelo princípio da coalescência, e, embora tenham custo elevado, apresentam durabilidade limitada pela obstrução do meio. “Por isso, é sempre recomendado a utilização de um pré-filtro de boa qualidade para retenção de particulado e com passagem compatível a do elemento coalescente”, indica. Os filtros separadores de água e óleo são instalados normalmente após um filtro prensa ou um filtro de linha e antes da bomba abastecedora.
Casagranda explica que os filtros separadores de água e óleo diesel são fabricados em material hidrofóbico, como fibra de vidro ou boro-silicato, por onde segue o óleo contaminado com pequenas partículas de água que se aglutinam ao passar pelo material hidrofóbico, aumentando de tamanho. Com isso, ficam mais pesadas e se depositam do fundo do filtro, onde são removidas posteriormente. “Existem também elementos separadores instalados depois do coalescente, que, após a água ter sido aglutinada, é retida pelo separador e decantada no fundo do recipiente para posterior remoção”.
Ele detalha como funciona a velocidade do diesel e diz que, dentro do vaso onde está o elemento coalescente, não pode ser superior a 2 m/s. “Caso isso ocorra, as gotas de água aglutinadas são arrastadas junto com o óleo diesel, dependendo do projeto. A retirada do diesel isento de água é feita, então, na parte superior do vaso, pois quando as gotas de água passam pelo elemento coalescente e se aglutinam ficam mais pesadas e caem no fundo do vaso, onde são recolhidas.” Na situação em que é usado elemento separador logo após o coalescente, esse cuidado não é necessário. Isso porque a água, depois de aglutinada pelo elemento coalescente, é retida pelo elemento separador e cai no fundo do vaso. “A água não atravessa esse elemento, só o diesel consegue. Então, não é preciso se preocupar com a velocidade. Com isso, o diâmetro do vaso pode ser menor para uma mesma vazão”, esclarece.
Sauro Armani, gerente de operações da Mahle do Brasil, diz que não podemos chamá-los de filtros separadores de água e óleo, mas sim de filtros micrônicos coalescedores ou micrônicos com separação de água ou micrônicos desidratadores. Os elementos filtrantes micrônico e coalescente são feitos de uma combinação de fibra e celulose revestidas de tecido com 95% de eficiência na separação de água. Ambos têm grau de retenção de sólidos de 2, 5, 10 ou 25 micra.
Conforme desenho, o produto que será filtrado é recalcado ou succionado através da conexão roscada (E), entra pela parte externa do elemento filtrante que retém partículas sólidas e água e sai pela parte central do elemento (S). Baseado no conceito da coalescência – separação de dois fluidos de afinidades moleculares diferentes -, aglutina as partículas de água contidas no combustível para acelerar a decantação. A água escoa para o fundo da carcaça em um visor de líquido. A drenagem será executada periodicamente através da válvula que fica abaixo do visor de líquido. Somente o fluido filtrado ultrapassa o separador.
Aumento da vida útil
Segundo Armani, o objetivo principal dos filtros micrônicos coalescedores é o tratamento do óleo diesel combustível. O tratamento do óleo diesel antes do abastecimento dos veículos aumenta a vida útil dos filtros automotivos e/ou evita que diesel contaminado e com teor de água chegue à câmara de combustão dos veículos. Ele aponta que os efeitos positivos ao meio ambiente são secundários:
• O tratamento do diesel aumenta a vida útil do combustível e diminui a necessidade de troca dos filtros automotivos.
• O tratamento do diesel diminui a presença de particulados e de água na queima do diesel, aumenta a eficiência calórica e diminui a emissão de poluentes pelo escape dos veículos.
Para Casagranda, da Oleofil, os filtros separadores da água e óleo não são itens obrigatórios nos postos de serviço. “São itens que melhoram a qualidade do combustível e colaboram com o meio ambiente, reduzindo o tempo de troca dos filtros e, com isso, o descarte desses elementos e sua consequente contaminação”, diz.
Foco no meio ambiente
Os órgãos fiscalizadores estão atentos ao que acontece ao meio ambiente em todas as regiões e existem leis a serem cumpridas a esse respeito. Segundo Vittorio Leone, diretor da Leone Equipamentos, distribuidora das caixas separadoras de água e óleo da Alpina, para o cliente que no seu negócio ocorrem possíveis derrames de contaminados no solo, é preciso que seja instalada uma caixa separadora. Acompanhe a explicação de Leone sobre os passos do processo de separação e entenda o porquê da necessidade de fazê-la a seguir.
• Deve passar primeiro por uma contenção de resíduos sólidos, como terra, pedaços de pedras, porcas, parafusos, etc.;
• Em seguida, a água contaminada entra na caixa separadora, que separa o contaminante da água, destinando-o a um reservatório apropriado. Todo contaminado que entrar na caixa ficará na superfície e, por ser mais leve que a água, será captado pelas canaletas (skimmers) e conduzido para o reservatório de óleo. Esta é a primeira etapa da caixa.
• Na segunda parte dela, existe uma placa coalescente em PVC que serve como filtro para reter todas as gotas de óleo que passaram pela primeira parte e não foram separadas. Uma vez retidas neste filtro, sobem para a superfície da água onde são captadas por outra canaleta (skimmer), que também conduz ao reservatório de contaminados.
De acordo com a Resolução 273 e 357 do Conama, a água misturada com óleo não pode ser descartada direto no esgoto. Deve antes passar pelo processo de separação de água e óleo e ser eliminada no esgoto com menos de 20 ppm de óleo. “O objetivo do uso das caixas separadoras é que todo derivado de petróleo que cair no piso em postos de combustível, oficinas de concessionárias de carros, motos, caminhões e ônibus, transportadoras, retíficas de motores, lava-rápidos, indústrias, etc. seja separado da água antes do envio para o esgoto”, esclarece o diretor da Leone Equipamentos, relacionando às resoluções.
“As caixas separadoras garantem, quando projetadas, instaladas e operadas corretamente, a emissão de efluentes de acordo com as Leis Estaduais e Federais que tratam do tema, portanto, garantindo a segurança do descarte dos efluentes no meio ambiente e ajudando os postos de combustíveis a cumprirem com a legislação vigente”, destaca Domingues, da Alpina Ambiental.
Pelos números podemos entender a importância do sistema separador de água e óleo para o meio ambiente. “Apenas 1 litro de óleos e graxas tem potencial poluidor de 1 milhão de litros de água limpa”, adverte Solange. “Por isso, a aplicação desse equipamento é fundamental para que o óleo seja separado da água ainda no posto de combustível, evitando riscos de contaminação.” A gerente de marketing do Grupo Zeppini percebeu que seus clientes estão mais conscientes da importância de utilizar esse equipamento. “Os clientes estão buscando entender e assegurar o perfeito funcionamento e optar por uma tecnologia que garanta qualidade de tratamento”, indica.
Cliente pode ver processo
É possível os consumidores verificarem como funcionam e se posicionam as caixas separadoras e acompanharem o processo de separação da água e óleo nos postos de combustível. O gerente de aplicação de produtos da Alpina Ambiental afirma que as caixas separadoras de água e óleo da Alpina possuem tampa removível para inspeção e proteção contra as intempéries. “Portanto, pode-se acompanhar a qualquer tempo seu funcionamento e sua integridade.” As instalações dos postos seguem as normas ambientais e os derramamentos de combustíveis da pista de abastecimento devem ir para a caixa separadora, que fará a separação dos derivados de petróleo da água. Leone orienta ao consumidor que, caso queira acompanhar o processo, poderá levantar a tampa da caixa separadora e observar a separação. “No terceiro estágio da caixa separadora, existe um “T”, que funciona como pescador e de saída da água, de acordo com as resoluções do Conama 273 e 357. A água separada pode ser destinada ao esgoto ou a um tratamento de efluentes para reúso. O óleo contido no reservatório específico para seu armazenamento deve ser coletado por empresa especializada”, complementa. Para Casagrande, as caixas separadoras posicionadas próximo à pista ou rampa de lavagem de veículos estas são sim itens obrigatórios. Elas têm a função de reter grande parte do óleo, seja diesel, lubrificante, etc., utilizado na lavagem de caminhões, automóveis, entre outros, devendo deixar passar, no máximo, 20 mg/l conforme estabelece o Conama 357. Além disso, precisam ter os elementos coalescentes como parte integrante de sua fabricação.
As caixas separadoras de água e óleo são equipamentos distintos dos filtros para óleo diesel. Em uma instalação típica, o sistema separador de água e óleo não estará necessariamente instalado próximo aos filtros para diesel, que são posicionados em suas respectivas ilhas de abastecimento. Depois que o líquido sai do tanque subterrâneo ou aéreo de combustível, passa pelo filtro para diesel que separa água e óleo que fica antes da bomba que vai abastecer o tanque do caminhão. “Qualquer respingo de óleo que ocorra no filtro de diesel será coletado por uma bandeja coletora de respingo e direcionado em segurança através de tubulação específica para o sistema separador de água e óleo”, explica Solange, do Grupo Zeppini. Neste caso, o cliente não consegue acompanhar todas as etapas desse processo. “O motivo é que as tubulações e equipamentos são subterrâneos, mas ele pode verificar o resultado final após o tratamento, com o óleo sendo depositado em seu respectivo módulo e a água direcionada já após tratamento”, revela a gerente de marketing.
Demanda constante
O mercado que trabalha com este tipo de produto precisa constantemente se renovar e apresentar soluções tecnológicas de qualidade aos clientes. Na opinião de Leone, quem utiliza em suas atividades derivados de petróleo, como postos de combustível, oficinas de concessionárias de carros, motos, caminhões e ônibus, transportadoras, retíficas de motores, lava-rápidos, indústrias, etc. está cada vez mais consciente da necessidade de preservar o meio ambiente. “Por isso, a demanda das caixas separadoras está em grande e constante crescimento”, observa. Armani, da Mahle, mostra outro ângulo deste mercado para este tipo de filtro. Para ele, esteve muito aquecido com a Resolução 403 do Conama, que estabeleceu o Proconve P-7 e a partir de 1/1/2012 forçou os fabricantes e importadores de motores a diesel a melhorar a emissão de poluentes e as companhias de petróleo a distribuir diesel com menor teor de enxofre (S-10 e S-50). “Hoje esta demanda já passou e o mercado voltou ao mesmo patamar anterior”, analisa. Quanto aos filtros de óleo diesel, conforme Casagrande, os fabricantes buscam sempre melhorias para entregar ao cliente um produto mais eficiente e de custo reduzido. “A Oleofil está desenvolvendo um novo equipamento para filtragem, que visa solucionar os problemas causados pelo acúmulo de impurezas nos reservatórios dos filtros tipo prensa, melhorando a sua qualidade. Com o lançamento do novo óleo Diesel S-10, todos os postos revendedores desse produto estão investindo em novos e melhores equipamentos de filtragem para atender seus clientes.” Quanto às caixas separadoras, ele avalia que o aumento da demanda é constante e investimentos em sua melhoria também.
A procura tem crescido nos últimos anos, não apenas no Brasil, mas em diversos outros países em que a empresa opera. “Com a modificação das legislações, que estão mais rígidas, e a crescente conscientização da população a tendência é que a procura pelas nossas soluções continue crescendo”, prevê Solange.
Por Cristiane Rubim – Revista Meio Filtrante
Zeppini Ecoflex ultrapassa marca de 20.000 Sistemas Separadores de Água e Óleo comercializados
O Sistema Separador de Água e Óleo da Zeppini Ecoflex é a solução mais eficaz do mercado para realizar o tratamento de efluentes oleosos, e continua surpreendendo e alcançando novas marcas. O equipamento se popularizou globalmente e ultrapassou no início deste ano a marca de 20 mil unidades comercializadas, atendendo a países de diversas regiões do mundo.
O sistema é composto por módulos que asseguram qualidade adequada da água previamente ao seu descarte. Além disso, o consumidor conta com benefícios como facilidade para instalação e manutenção, e maior vida útil por ser produzido com materiais plásticos
A solução da Zeppini Ecoflex trata vazões inferiores a 1.000 litros até 12 mil litros por hora e atende importantes normas como NBR 14605, Conama 430, além de diversas exigências internacionais onde o sistema é comercializado.
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Tanque externo ,tem separador no interior do tanque.
Tanque externo de posto de combustível tem separador de água no seu interior
Meu nome é Oswaldo e gostaria de saber o preço da caixa separadora que aparece em primeiro plano.
Fico grato
Oswaldo
A água que sai do separador de óleo e graxa, qual o destino dado?
Bom dia Eraldo, obrigado pelo seu contato.
Após o tratamento o efluente é pode ser destinado a rede coletora. Para maiores informações sobre o funcionamento das caixas separadoras, clique aqui.
Atenciosamente,
Equipe Brasil Postos