Na primeira semana completa do ano, o etanol novamente perdeu novamente competitividade perante a gasolina, de acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Na semana de 6 a 12 de janeiro, o preço médio do biocombustível nos postos de todo o país se manteve, enquanto o da gasolina teve nova redução. Assim, ele correspondeu a 65,9% do valor de comercialização do seu correspondente fóssil, maior valor desde a primeira semana de maio de 2018.
Mesmo com o acréscimo de 0,76% no índice – seguindo a sequência de aumentos observada desde agosto de 2018 –, ele ainda é inferior à paridade energética comercialmente estabelecida em 70%, o que mantém o renovável competitivo.
Preços nas bombas – De acordo com a ANP, entre 30 de dezembro e 5 de janeiro, o preço do etanol nos postos aumentou em dez estados e no Distrito Federal, diminuiu em 15 e não foi registrado no Amapá.Com essas variações, seu preço médio a nível nacional se manteve em R$ 2,830 por litro. Já o valor médio da gasolina segue em queda, passando de R$ 4,33 para R$ 4,297 por litro, uma queda de 0,76%.
Estados – Mesmo com as variações nos preços observadas nos últimos meses, o biocombustível segue em vantagem em Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná.
São Paulo segue apresentando o menor valor médio do etanol nas bombas, R$ 2,644/l, mesmo após o aumento de 0,04%. Com a redução de 0,22% para a gasolina, a relação entre os combustíveis subiu para 64,4%.
Já Mato Grosso registrou o segundo menor valor para o biocombustível, R$ 2,717/l, especialmente após a queda de 0,33%. Já a gasolina se manteve entre as duas análises, então a relação entre eles caiu para 59,5%, a menor entre os estados.
Nos postos mineiros, com a queda de 0,20% para o etanol e de 0,54% para a gasolina, a relação média subiu para 64,9%, favorável ao biocombustível. Em Goiás, o preço do etanol caiu 2,07% – a segunda maior queda do país – e o da gasolina 1,67%. Assim, a relação comercial entre eles reduziu para 68,3%, favorável ao biocombustível.
Enquanto isso, no Paraná, o preço do etanol caiu 0,59% e o da gasolina, 0,48%, fazendo a relação se manter em 69,5%, ainda favorável ao etanol.
Usinas – Nas usinas, o preço do biocombustível caiu em Goiás, Mato Grosso e São Paulo. O Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado no estado paulista mostra que sua cotação reduziu 1,91%, chegando a uma alta de 14,7% nas últimas 20 semanas. Mato Grosso, por sua vez, teve uma queda de 1,01% na cotação do etanol hidratado em relação à última análise. No período acumulado, a valorização é de 17,4%.
Já em Goiás, a cotação do etanol nas usinas caiu 2,05% entre as duas últimas análises. Assim, o acumulado das 73 semanas é de 20,2%.
Estoques elevados – Segundo pesquisadores do Cepea, a maior produção de etanol hidratado tem elevado os estoques do biocombustível no Centro-Sul do Brasil. Assim, unidades paulistas precisaram ceder nos preços de venda.
Entre 7 e 11 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,6354/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), queda de 1,91% em relação à semana anterior. Quanto ao anidro, no mesmo comparativo, o Indicador Cepea/Esalq foi de R$ 1,8156/litro (sem PIS/Cofins), recuo de 0,94%.
Fonte: NovaCana
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