A cada mês, três postos de combustíveis fecham as portas em Mato Grosso do Sul. Essa média considera o total de 36 estabelecimentos com as atividades encerradas no período de um ano e ocorre em momento que o setor contabiliza o pior resultado de vendas desde 2012.
Conforme o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos, Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Estado do Mato Grosso do Sul), há o total de 560 postos no Estado, dos quais 332 são associados à entidade.
O número de estabelecimentos fechados pode ser muito maior que o informado. Isso porque os 36 estão entre os associados, segundo observa o Sinpetro. A quantidade de postos representa, assi, retração de quase 10%.
Em Campo Grande, que reúne, atualmente 152 associados ao Sinpetro, 18 estabelecimentos fecharam as portas no último ano. A diminuição é de 10,5%.
A crise no varejo de combustíveis se intensifica em momento que o setor apresenta o menor volume de vendas desde 2012.
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Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram que, neste ano, de janeiro a setembro, foram vendidos 1,76 bilhão de litros de combustíveis em Mato Grosso do Sul. São 61,82 milhões de litros a menos que o acumulado em mesmo período de 2016, de 1,904 bilhão de litros. A variação é de -3,25%.
De acordo com a série histórica da ANP, o volume comercializado em 2017 só supera, na comparação entre os últimos anos, o resultado de 2012, quando foram vendidos 1,61 bilhão de litros.
Além dos efeitos do desaquecimento da economia, a alta dos preços dos combustíveis também tem afastado os consumidores. Em um ano (desde novembro de 2016), a gasolina encareceu 10,14% em Mato Grosso do Sul, segundo a ANP. O valor médio aumentou de R$ 3,519 para R$ 3,876.
A alta é cinco vezes maior que a inflação. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no País, acumula variação de 2,7% em 12 meses.
FONTE: Campo Grande News