O jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal “O Globo” no domingo, 2 de junho, revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das mais notórias facções criminosas do Brasil, possui mais de 1,5 mil postos de combustíveis distribuídos pelo país.
PCC tem inúmeros postos de gasolina no Brasil e adota estratégia “convincente” para inibir roubos e fiscalização
Essa informação, baseada em dados oficiais das autoridades, destaca a extensão do domínio do PCC assim
O PCC utiliza os postos de combustíveis para lavagem de dinheiro devido à alta rotatividade de caixa, facilitando o processo de tornar dinheiro ilícito em recursos aparentemente legais. Além disso, Lauro Jardim descreveu uma estratégia singular pela facção: cortinas coloridas, semelhantes aos usados em festas infantis, nas fachadas de seus postos de gasolina. Essa prática visa inibir roubos e desencorajar fiscalizações, criando uma espécie de código que identifica os estabelecimentos sob controle.
Essa tática não é apenas um toque de fantasia; ela reflete uma realidade sombria onde o crime organizado exerce influência significativa sobre o mercado de combustíveis. A presença dos balões serve como um sinal de alerta, dissuadindo tanto criminosos quanto autoridades de intervir nesses locais.
Afinal, quem ousaria fechar um posto associado ao PCC ?
A gravidade da situação foi corroborada por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, durante a 17ª edição da Itaú BBA Latam CEO Conference em Nova York. Freitas afirmou que o PCC não controla apenas postos de gasolina, mas também está expandindo suas atividades para o mercado de etanol, utilizando métodos coercitivos para pagar menos pela cana-de-açúcar.
Esse cenário sublinha a complexidade e a urgência de ações coordenadas entre as forças policiais, o Ministério Público e o Judiciário para enfrentar a influência do PCC nas atividades econômicas do país. Uma ação conjunta e eficaz poderia não apenas desmantelar a operação nos postos de combustíveis, mas também revelar outros setores onde o dinheiro ilícito é lavado. O PCC, como poderosa facção criminosa, segue os passos das máfias internacionais, diversificando suas atividades e consolidando seu poder econômico.
Fonte: Jornal Opção
Cadê o STF e a polícia federal prá investigar esses crimes