Você deixa para o frentista a missão de fazer manutenção do carro?

Colunista diz o que pode dar errado, como misturar óleo de 2 marcas.

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Boa parte das pessoas que vivem correndo acaba delegando para o frentista do posto a responsabilidade de manter o carro em ordem. E o posto treina os funcionários para venderem. Parte da manutenção necessária é atendida, mas é preciso cuidado com algumas peças e substituições que só devem ser feitas por quem é especializado. Veja o que vale e o que não é indicado fazer nos postos de gasolina.

 

‘Vamos dar uma olhada na água e no óleo?’

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É bom verificar água e óleo. Algumas pessoas têm medo do que pode vir pela frente, mas é melhor correr algum risco de ser ”malhado” (comprar algo que não precisava) do que, por exemplo, fundir o motor por falta de óleo.

Mas saia do carro para acompanhar a inspeção, que seguirá alguns passos. Na maioria dos carros o nível de água é observado em um grande reservatório de plástico transparente e com tampa amarela. O nível máximo e mínimo pode ser identificado na lateral; em alguns carros não existe indicação de nível, sua referência deve ser a metade do reservatório.

‘Coloca aditivo na água?’

Não precisa colocar aditivo na água se tiver que repor pouca quantidade: até 300 ml, equivalente ao volume de um refrigerante em lata. Se for necessária uma quantidade maior ou se você tem que repor água semanalmente, seu carro deve estar com problema. É melhor levá-lo ao mecânico para que ele repare um possível vazamento e coloque a água com o aditivo na quantidade e especificação indicadas no manual do proprietário.

‘O óleo está baixo. Completa?’

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Seu carro deve estar com motor desligado há pelo menos 5 minutos antes de o frentista puxar a vareta para checar o nível do óleo. Este é o tempo necessário para que todo o óleo escorra para o fundo, onde a vareta fará a medição. Esta vareta é muito fácil de ser reconhecida pela cor amarela do puxador. Todas duas marcações: a primeira, mais próxima do final, indica o nível mínimo; a segunda, um centímetro acima, mostra o nível máximo.

Importante: não misture óleos de marcas diferentes. Se for completar o nível, coloque a mesma especificação e a mesma marca utilizada na última troca. Se for mudar a marca do óleo do motor, é preciso substituir o filtro de óleo, pois dentro dele sempre permanece 400 ml do óleo antigo.

‘O óleo está ruim. Vamos trocar?’

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Não dá para saber se o óleo está bom ou ruim apenas esfregando uma gota entre os dedos. A troca está relacionada à quilometragem e ao prazo em relação à última troca. A maioria dos óleos minerais dura 5.000 km e os óleos sintéticos, 10.000 km.

Quanto ao prazo de validade, os fabricantes recomendam seis meses.

E antes de se sentir tentado a aceitar a recomendação do frentista, verifique no manual do proprietário a especificação do fabricante, como recomendado também na hora de completar. Colocar o óleo errado no motor poderá trazer desgastes acentuados, dificuldade para dar partida e até aumento do consumo de combustível.

Precisa colocar aditivo no óleo?

Não. A maioria dos distribuidores de óleo de motor não recomenda usar aditivos. Segundo eles, os óleos já saem das distribuidoras com os aditivos necessários para o bom desempenho do motor.

‘Completa o tanquinho?’
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O tanquinho é aquele reservatório pequeno com a tampa vermelha localizado próximo ao para-brisa, onde, nos carros flex é colocada gasolina para ajudar na partida em dias mais frios.
Abastecer até a metade deste reservatório é o suficiente, pois esta gasolina somente será utilizada pelo motor no momento da partida e, ainda assim, só quando você estiver com álcool no tanque e a temperatura estiver abaixo de 18 graus. Resumindo: o consumo é pequeno.
Quantas libras no pneu?’
Não sabe de cor a pressão correta para calibrar o seu carro? Nada de deixar o frentista “chutar”. A pressão correta é aquela estabelecida no manual, mas, em alguns modelos, você encontrará a etiqueta na tampa do tanque de combustível ou na coluna da porta. Lembre-se de que ela varia se o carro estiver vazio ou carregado.
Se não encontrar a informação em nenhum desses lugares, coloque temporariamente 28 libras/pol² se o carro vazio e 30 libras/pol² se estiver carregado. Vale a pena calibrar toda vez que abastecer.
Outros serviços
O frentista do seu posto é dedicado e quer verificar mais itens, além do óleo e água do motor… Lembre-se que tudo no posto pode ser mais caro do que na concessionária ou na oficina. Mas a verificação pode servir para você saber algo está funcionando mal.
Provavelmente ele vai olhar o reservatório do óleo de freio, aquele que possui dois fios saindo da tampa. Se disser que está baixo e se oferecer para completar, não faça. É necessário levar o veículo ao mecânico: a falta de óleo de freio é um indicador de que pode haver um vazamento ou desgaste nas pastilhas do freio.
Óleo de câmbio e direção
É bom conferir o nível no posto o nível de óleo do câmbio automático e da direção hidráulica, mas qualquer reposição ou manutenção deve ser efetuada por mão-de-obra qualificada. Alguns modelos exigem óleo hidráulico só encontrado em concessionárias. Consulte o manual do proprietário para saber a especificação correta.
Troca de filtros
A troca de filtros de ar e de óleo não impõe grandes dificuldades. Apenas o de combustível merece alguma atenção, pois, em alguns modelos, ele está localizado dentro do tanque e só poderá ser substituído por mão de obra especializada.
Filtros de óleo devem ser substituídos a cada duas trocas de óleo. Os de ar e combustível, a cada 10.000km. A troca dos filtros de combustível que vão dentro do tanque tem prazos diferentes; consulte o manual do proprietário.
Aditivo para o limpador
Esse é bem-vindo. Além de remover a gordura do vidro, ajudam a prolongar a vida útil das palhetas limpadoras. E, se elas estiverem secas ou cortadas, aproveite para trocá-las.
Extintor
Muita gente esquece de verificar a validade do extintor, tanto do conteúdo quanto da carcaça. O frentista vai perguntar e lembrá-lo que extintor vencido é multa na certa, se o carro for parado. Porém, a troca em um posto, principalmente no meio da estrada, onde não há outras opções, pode ser bem mais cara.
Se você consultar o manual do proprietário perceberá que existem muitos outros itens que devem ser checados a cada 10.000 km, inclusive envolvendo a segurança dos ocupantes, como freios e suspensão, portanto, é indispensável agendar uma revisão a cada 6 meses.
Fonte: http://g1.globo.com/carros/oficina-do-g1/noticia/2013/09/completar-oleo-colocar-aditivo-troca-de-extintor-o-que-vale-fazer-no-posto.html
Dono de oficina em São Paulo, Denis Marum é formado em engenharia mecânica e tem 29 anos de experiência com automóveis. Nesta coluna no G1, dá dicas sobre cuidados com o carro.
 
 
 

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