As placas e banners que anunciam preços baixos são as principais ferramentas para os postos de combustível atraírem a sua atenção (e o seu dinheiro). Mas é preciso ficar atento para não ser seduzido pelos valores e esquecer a qualidade. Alguns cuidados básicos evitam dores de cabeça.
Os combustíveis adulterados recebem, normalmente, água ou solventes – produtos que corroem as partes internas do motor. Além disso, a queima do combustível adulterado não acontece de forma adequada. Você já sentiu o carro “engasgar” ou escutou o motor “bater pino” depois de ter enchido o tanque? Se a resposta for sim, você pode ter comprado gato por lebre.
 
A adulteração de combustíveis sempre existiu. Mas foi intensificada com o fim do tabelamento de preços e a abertura de novos postos e novas distribuidoras. Hoje, existem aproximadamente 35.500 estabelecimentos em todo o país – e  o que deveria ser uma vantagem para o consumidor, passou a representar perigo. É que para ganhar no preço, muitos passaram a misturar água e solventes nos combustíveis ou mesmo sonegar imposto. Esta é uma explicação para as diferenças de preços encontradas em alguns postos.
 
De olho nos postos
 
Vem daí a primeira recomendação para que os consumidores se previnam contra algumas facilidades. Preços muito baixos ou prazos muito longos para pagamento podem indicar que o combustível vendido não tem “pedigree”.
Nos últimos anos, as companhias distribuidoras mais tradicionais criaram programas de qualidade para diferenciar seus produtos e realizam muitas promoções com os postos de suas bandeiras. Além disso, investem muito dinheiro na padronização dos pontos-de-venda, para que o consumidor tenha uma identificação visual imediata.
 
Por esta mesma razão é que existem os chamados postos “clones” ou “camaleões”. Os “clones” são aqueles cuja bandeira (marca da distribuidora) se parece com a de uma grande companhia; com as mesmas cores e demais elementos visuais. Já os “camaleões” não têm qualquer marca, mas trazem as mesmas cores de uma grande distribuidora. Começa aí a artimanha, pois quando procura um posto para abastecer o veículo, o consumidor se preocupa, antes de tudo, com o trânsito. “Ele tem que reduzir a velocidade, sinalizar sua entrada no local, consultar o retrovisor, trocar de marcha, etc”, explica César Guimarães, Gerente de Informações Setoriais do Sindicom (o Sindicato das Distribuidoras).
 
É lógico que o fato de o posto revender produtos de uma marca menos conhecida não significa que comercializa produtos adulterados ou sonega imposto. Por isso é preciso ter alguns cuidados. Geralmente, as companhias investem na padronização visual, que vai desde as placas de sinalização até o uniforme dos frentistas. As companhias também realizam constantemente campanhas promocionais. Logo, a existência de cartazes e outros materiais anunciando esses eventos, apontam para um relacionamento estreito entre o posto e a distribuidora.
 
Os postos são obrigados a informar claramente de qual distribuidora compram o combustível que revendem. E devem manter à disposição dos clientes densímetros (para medir a qualidade do produto) e balde (aferidor volumétrico para medir a quantidade que sai da bomba). Aliás, as bombas devem estar sempre limpas e ter o selo de certificação do Inmetro.
Abastecer no mesmo posto e pedir sempre a nota fiscal, também são ferramentas úteis para ajudar no controle da qualidade dos combustíveis. Nestas situações, fica mais fácil identificar, através do comportamento do veículo, se o posto está vendendo produtos adulterados.
 
A fiscalização
 
O controle da qualidade dos combustíveis vendidos e das demais obrigações legais por parte dos postos de combustíveis é da ANP – Agência Nacional do Petróleo, cujos dados para contato devem estar sempre visíveis para o consumidor.
São apenas 81 agentes responsáveis por fiscalizar mais de 35.500 postos em todo o Brasil, ou seja, mais de 430 estabelecimentos para cada um. Eles definem os locais a serem visitados através de monitoramento da qualidade, além das denúncias de consumidores ou órgãos como o Procon.
 
De acordo com os dados do site da ANP, somente em janeiro deste ano foram realizadas 3.969 ações de fiscalização, que resultaram em 161 interdições, 832 infrações e 174 autuações por problemas com a qualidade dos combustíveis.
Em 2006, foram 24.117 visitas dos fiscais, 985 interdições, 6.066 multas e 1.433 autuações por qualidade. Os números são ainda mais impressionantes se contabilizarmos as ações desde 1999: 152.958 fiscalizações, 7.608 interdições, 46.559 infrações e 9.973 autuações por qualidade.
Esses números apontam para uma ligeira redução nas irregularidades verificadas, mas, devem ser analisados com cautela. É que as estatísticas da Agência mostram apenas os resultados das ações efetivamente realizadas pelos fiscais.
 
(Fonte Auto Esporte)
 
 

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