Após adquirir a Zema Petróleo e estrear no mercado brasileiro de combustíveis em 2018, a petroleira francesa tem planos de aumentar sua presença local.
Dona de uma rede de cerca de 280 postos, focada sobretudo em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso, a companhia tem como meta atingir o patamar de mil postos no país até 2025.
A investida faz parte do novo plano estratégico da multinacional, que promete intensificar os esforços de descarbonização e vê no Brasil um mercado prioritário no segmento de biocombustíveis.
A meta da Total é zerar suas emissões líquidas até 2050.
Uma das estratégias da companhia é aumentar a participação dos biocombustíveis no mix de vendas de combustíveis da empresa, para entre 10% e 15% até 2030, e, assim, reduzir a intensidade de carbono de suas atividades.
A multinacional também aposta, globalmente, no biorrefino, para produção de diesel renovável (HVO).
“Fora da Europa, identificamos alguns mercados em que queremos crescer e um deles é o Brasil, que é o segundo maior mercado de biocombustíveis no mundo”, afirmou o presidente de marketing e serviços da Total, Alexis Vovk, a investidores, na quarta-feira.
A participação da Total no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis ainda é incipiente. A companhia é responsável por menos de 1% das vendas no país e faz parte de um grupo de novos entrantes no setor. Além da francesa, a chinesa CNPC comprou 30% da TT Work, dona da Petronac, a Glencore adquiriu a Ale e a Vitol a Dislub nos últimos dois anos.
Como parte do plano de descarbonização da companhia, a Total anunciou que vai aumentar a participação das renováveis e eletricidade dentro de seus investimentos dos atuais 10% para 15% nos próximos cinco anos e para 20% entre 2026 e 2030.
A previsão é investir mais de US$ 2 bilhões ao ano na área, na primeira metade da década, e mais de US$ 3 bilhões na segunda metade dos anos 2020. Nos últimos anos, a média de aportes da Total no segmento de renováveis e eletricidade ficou em cerca de US$ 1,5 bilhão. Ao todo, o plano de investimentos da petroleira francesa prevê menos de US$ 12 bilhões em 2021 e de US$ 13 bilhões a US$ 16 bilhões entre 2022 e 2025.
O presidente global da Total, Patrick Pouyanné, disse que a ideia é apostar nos biocombustíveis como substitutos do óleo em sua matriz, mas que a companhia monitora outras oportunidades no Brasil, como energias renováveis (eólica e solar) e gás natural liquefeito (GNL).
A empresa atua no país, em renováveis, por meio da subsidiária Total Eren, que possui 300 megawatts em projetos solares e eólicos em exploração ou em construção no Brasil.
“O Brasil é um dos países que está dentro do nosso foco estratégico para os próximos dez anos”, afirmou o executivo, que destaca ainda o papel do país para que a produção de petróleo a baixos custos, no pré-sal, dentro do ambiente de preços mais baixos nos próximos anos.
A Total tem como meta quadruplicar os seus volumes no Brasil até 2025, para o patamar de 150 mil barris diários.
A empresa se tornou a primeira petroleira, fora a Petrobras, a operar um campo do pré-sal: Lapa, na Bacia de Santos. A francesa também é sócia minoritária da Petrobras em outros dois ativos em produção no pré-sal: Mero (ex-Libra), onde possui 20%, e Iara (Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu), onde a companhia detém 22,5%.
Fonte: Valor Econômico
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