Com o objetivo declarado de estreitar os laços comerciais com o País, a visita do presidente François Hollande, da França, é acompanhada de perto pelos executivos do grupo Total – que fez de 2013 um marco de sua expansão e consolidação no País. “Só olhando o que foi realizado nos últimos meses, têm-se uma visão ampla e integral da presença e estratégia do grupo Total no País”, avalia o diretor-geral, Luis David Rodriguez.
Além de arrematar 10 blocos de exploração de petróleo na 11ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o grupo ainda garantiu uma fatia de 20% no consórcio para explorar o campo de Libra no pré-sal brasileiro.
Agora, negocia a entrada no ramo de distribuição de combustíveis, com a conclusão da compra da mineira Ale Distribuidora, dona de 1.800 postos em todo o País. “Não posso confirmar nem desmentir.
O grupo Total pensa em desenvolver outros negócios, seja na área de exploração e produção, na área de combustíveis renováveis, ou em outra área de negócio, como a área de distribuição”, diz o executivo, sobre o estágio avançado de negociações. “A ambição de crescimento do grupo passa pela presença maior em grandes países. É uma lista que não chega a dez, como a China e a África do Sul, e a Rússia”, completa Rodriguez, executivo do segmento de Lubrificantes.
De concreto, o investimento de R$ 20 milhões na ampliação de sua fábrica, na cidade de Pindamonhangaba, interior de São Paulo, para dobrar a capacidade de processamento dos lubrificantes. O objetivo é repetir em 2014 os resultados deste ano, quando o segmento representou um crescimento de 20% no faturamento. “É a única empresa do mercado que tem cinco anos consecutivos de crescimento no market share. Hoje estamos indo para 2,5%. Até 2017 e 2018 a meta é 5% de participação de mercado só levando em conta o crescimento orgânico das vendas”, descreve. O desafio, segundo ele, é expandir suas operações em direção ao Nordeste, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A estratégia é descentralizar a venda, com a busca por parceiros locais, como operadores logísticos e distribuidores de combustíveis e lubrificantes. Uma das apostas são os projetos de fornecimento para montadoras, como a Honda, que passará a integrar o time de clientes como Peugeot, Citroen e Renault. “Não podemos inventar a roda em relação à logística da distribuição no País. A logística é uma fraqueza do Brasil todo, e afeta a muitos negócios. Às vezes, ela é um freio, mas a gente, mesmo assim, vai ter um crescimento de vendas para o ano a partir da aproximação com o cliente”, garante.