Um futuro próximo prevê a diminuição substancialdas emissões de Co2 provocadas pelos veículos de
passeio. A notícia seria positiva caso não viesseacompanhada pelo fato de que, mesmo em tempos
de globalização, esse mesmo futuro já é realidade em aíses da Europa e da América do Norte há pelo
menos uma década.
Para se ter uma ideia, o Prius, da Toyota, atualmente considerado pela imprensa especializada como o
melhor híbrido do mercado, completa em 2012 15 anos de lançado e só chegará às concessionárias
brasileiras, provavelmente, no primeiro semestre de 2013, conforme informação extra oficial da
concessionária pernambucana. Embora tenha circulado um modelo pelo Recife no primeiro semestre de 2012, o carro esteve por aqui para apresentação à alguns clientes. Sobre o custo, não necessário nenhum exercício de inteligência para saber o que vai acontecer: o preço inicial de US$ 32 mil
saltará em terras tupiniquins para «módicos» R$130 mil, o que o deixará bem longe de ser popularizado.
Movimento financeiro semelhante ocorrerá com o Civic Hybrid, da Honda, que deverá chegar ao mercado em resposta ao Prius, custando a partir de R$100 mil.
Uma terceira opção será o Fusion híbrido, que pode chegar a R$140 mil. Acontece que mesmo com a
garantia de benefícios ao meio ambiente como a menor emissão de gás carbônico e redução do
consumo de combustíveis fósseis, o governo federal aplica aos modelos híbridos a maior taxa de IPI e ainda estuda demoradamente incentivos para esses veículos.
O diretor da Coordenação dos Programas de Pós Graduação de Engenharia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Luiz Pingelli Rosa, considerou em entrevista à Fecombustíveis o híbrido a etanol uma solução inteligente para o Brasil. As fabricantes, por sua vez, colocam na adaptação ao combustível brasileiro uma das justificativas na demora dos lançamentos.
Funcionamento – O mais comum é a combinação do motor a combustão (gasolina ou diesel) e o elétrico.
Este último tem função de dar mais força na aceleração e mover o carro quando movimentado em
baixa velocidade. O propulsor elétrico ajuda a reduzir o consumo de combustível e a emissão de
poluentes em proporções de até 80%. A eletricidade, que é acumulada na bateria, é gerada pelo motor a combustão ou pelo aproveitamento da energia de frenagem.
Alguns modelos podem ser ligados diretamente à tomada (os plug-in). Antes de considerar a nova tecnologia como um inimigo da existência dos postos de combustíveis, o revendedor deve se
antecipar no sentido de idealizar novos serviços que possam surgir com essa nova demanda.
Fonte: Revista Bimestral do Sindicombustíveis-PE I Ano 01 I Nº 06 I Julho I Agosto 2012