Nova política da Petrobras ainda não refletiu benefícios para quem abastece carro.
Faz quatro meses que a Petrobras anunciou uma nova política de preços da gasolina e do diesel. Com a regra, os valores são reajustados de acordo com o mercado internacional. Mas, na prática, o que acontece no exterior não está sendo sentido por quem abastece o carro.
Nos governos anteriores, os reajustes da gasolina e do diesel eram administrados e estavam diretamente atrelados à política econômica do governo, o que fez com que a estatal acumulasse prejuízo.
Na prática, o governo segurava os preços. O álcool sempre teve preço livre.
Desde outubro de 2016, a Petrobras fez três reajustes para baixo no preço da gasolina e um aumento. Entretanto, o valor médio cobrado na bomba só subiu.
Nesse período, passou de R$ 3,66 para R$ 3,76 por litro, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). A alta é de 2,73%.
Na última alteração, um leve sinal de queda chegou aos postos. A gasolina ficou, em média, R$ 0,01 mais barata.
O litro do diesel subiu de R$ 3 para R$ 3,11 em quatro meses: alta de 3,66%. Apesar disso, a Petrobras havia reajustado os preços para baixo em três ocasiões. Em apenas uma houve elevação.
A estatal destaca que “como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores”.
Para entender o motivo pelo qual você continua pagando mais caro, o R7 foi atrás de quem está lá na ponta da cadeia: os postos de combustíveis.
A explicação deles é de que as distribuidoras não estão repassando as quedas, conforme explica o presidente da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes), Paulo Miranda Soares.
— Nas reduções de preços nos meses de outubro e novembro, por exemplo, as nossas companhias distribuidoras, todas elas, não reduziram o preço e deram como desculpa para a gente que a redução da refinaria foi compensada na alta de preço do etanol anidro da usina.
Procurada, a Brasilcom (Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis) diz que “não monitora ou tem acesso aos preços das empresas [distribuidoras], nem às suas decisões estratégicas e táticas”.
Fonte: http://noticias.r7.com