Justificativa é o alto valor de manutenção das máquinas
Alguns postos de gasolina começaram a cobrar pelo calibragem dos pneus dos carros de seus clientes. O sistema, semelhante ao já praticado com os aspiradores de pó nos postos, é acionado depois que uma moeda de R$ 1 é colocada. O cliente tem quatro minutos para calibrar os pneus e ele mesmo tem que executar a tarefa.
De acordo com o empresário que patenteou o equipamento, Guilherme Barros, o sistema ainda está em fase de testes e cerca de dez postos já estão equipados com a máquina na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele explica que, após os testes, a oferta do serviço será ampliada para outros estabelecimentos. Barros, que também é dono de posto de gasolina, defende que o serviço será oferecido de maneira mais eficiente e que os clientes serão beneficiados com equipamentos sempre em boas condições de uso e com manutenção garantida.
“Os custos para manter uma máquina de calibragem são altos. Com a terceirização, os postos não terão custos e o serviço poderá ser oferecido com mais qualidade. Há muitos postos que possuem calibragem, mas o equipamento não passa por manutenção correta e nem sempre funciona quando o cliente precisa. Na Europa e nos Estados Unidos é comum que exista a cobrança por esse serviço e aqui no Brasil a tendência é que isso também seja ampliado”, garante.
Um dos locais que já utilizam o equipamento é o posto Pica-Pau, em Contagem. Segundo o diretor, Giuliano Carvalho, há cerca de 15 dias ele está testando o equipamento. De acordo com Carvalho, manter uma máquina de calibragem custa cerca de R$ 500 por mês e arcar com esse valor é um prejuízo para a empresa. “Somente os bicos de calibragem custam R$ 15 e gastamos cerca de 15 por mês. Eles são roubados ou danificados pelo mau uso. Acredito que o valor cobrado é baixo e que isso não vá afetar o bolso do cliente, mas vai proporcionar melhor atendimento e serviço de qualidade”, defende.
De acordo com Carvalho, o valor arrecadado com a máquina é dividido em 30% para o posto e 70% para a empresa que fornece a máquina. “Estou satisfeito e recomendo. Acabou a minha dor de cabeça”, diz.
O gerente do Bel Posto, no Anel Rodoviário, não concorda com a cobrança. Segundo ele, os gastos de manutenção são altos, mas ele acredita que oferecer o serviço gratuitamente é uma cortesia e uma forma de fidelizar. “Não acredito que esse tipo de cobrança possa trazer benefícios, acho mesmo que é uma indelicadeza. Ainda mais cobrar e a pessoa ter que calibrar sozinha, sem ajuda”, afirma.
Fonte: http://www.otempo.com.br/