Depois de vender 50% de seu capital para multinacional holandesa Vitol, em outubro, a Rodoil, de Caxias do Sul, vai ao mercado e compra 100% das ações da concorrente Megapetro Petróleo Brasil S.A., de Porto Alegre.
A atual líder em distribuição de combustíveis na Região Sul do Brasil fez o anúncio da operação ontem.
A aquisição, que ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, resultará na ampliação em 30% da rede de postos da Rodoil, totalizando mais de 400 unidades de bandeira própria no Sul do Brasil.
Por questões de confidencialidade, o diretor-presidente da distribuidora, Roberto Tonietto, não revelou o valor do negócio. Com a aquisição da Megapetro, que tem 104 postos localizados em vários municípios gaúchos, a Rodoil passa a ter no Rio Grande do Sul o seu maior mercado, antes ocupado pelo Paraná.
A empresa agregará ainda 30 funcionários, elevando o quadro para perto de 200. Segundo Tonietto, cada empresa manterá seu CNPJ, mas ambas atuarão de forma paralela, visando aproximar suas melhores competências.
“A aquisição está alinhada com o nosso planejamento estratégico de criar uma empresa dinâmica, com qualidade em nossos produtos e serviços oferecidos aos consumidores, bem como garantir uma maior competitividade para os revendedores”, afirma.
Eventuais alterações poderão ocorrer no futuro. O faturamento da empresa de Caxias do Sul deve chegar aos R$ 5 bilhões neste ano, pouco acima do registrado em 2017, mais em função da elevação dos preços dos combustíveis do que pelo aumento de volume.Já a Megapetro terá receita de R$ 700 milhões.
Tonietto acredita que, em 2019, deverá haver incremento de receita na ordem de 4% a 4,5% diante da expectativa de retomada da economia. Segundo ele, este ano foi muito instável em razão da expressiva alta nos preços dos combustíveis. No momento, os valores estão em queda. A Rodoil ainda fornece para outras 1,4 mil revendas de bandeira branca nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
As negociações com a Megapetro, que tiveram condução da Bateleur e assessoramento jurídico do BMA, ocorreram ao longo dos últimos seis meses.
Fonte: www.jornaldocomercio.com
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