Apesar de classificar situação de “atípica”, entidade que reúne os postos diz que não há falta de produto
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirma que o Brasil enfrenta restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos.
Porém, apesar da situação, a entidade que reúne os postos diz que não há necessariamente falta de produtos para a ponta final da cadeia (postos e distribuidoras)
Segundo a Fecombustiveis, com a alta da cotação do petróleo no mercado internacional – hoje a cotação está em US$ 86 por barril – as refinarias da Petrobras passaram a comercializar combustíveis por custos menores no mercado interno, o que pode ter impactos sobre a importação e para as refinarias privadas do país.
“Com a diferença de valores entre os combustíveis adquiridos no mercado externo e os comercializados pelas refinarias da Petrobras, a janela da importação pode fechar em determinados períodos, eventualmente causando diminuição de produto disponível no país”, disse em nota.
Apesar de afirmar que não falta combustível no país, a Federação classifica a situação de atípica. “Os postos de marca própria (bandeira branca) podem ter dificuldade para adquirir combustíveis a preços competitivos em virtude do aumento de custos generalizado por parte das distribuidoras”, afirmou.
Além disso, em uma situação de restrição de combustíveis, explicou a Fecombustíveis, as distribuidoras nacionais priorizam as entregas de produto para os postos da sua rede bandeirada, visando o cumprimento dos contratos. Ou seja, diz a Federação, em alguns locais, pode ocorrer restrições pontuais de fornecimento pelas distribuidoras, principalmente para os postos de marca própria.
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ANP diz que não há falta
ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) afirmou, porém, que os estoques das distribuidoras estão em níveis adequados e que não há falta falta do produto nesse momento.
A ANP disse que ainda não recebeu de relatos de distribuidoras sobre restrição de oferta e que segue monitorando a situação. “A agência consolida ainda, diariamente, os dados de estoques de combustíveis do mercado e, até presente data, os dados consolidados apresentam níveis regulatórios adequados”, afirmou.
Fonte: https://extra.globo.com/