A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) reduções nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha
O Sindicato do Paraná (ParanaPetro) afirmou pro meio de nota, nesta terça-feira (16), que o repasse aos consumidores da redução nos preços da gasolina e diesel anunciada pela Petrobras depende das distribuidoras.
A justificativa do sindicato é de que os postos de combustíveis são obrigados a comprar gasolina e diesel das distribuidoras e por isso a velocidade e dimensão do repasse depende principalmente da política de preços das distribuidoras.
“Em situações anteriores, de forma geral as distribuidoras repassaram as baixas aos postos de maneira escalonada. Por outro lado, nas altas, as distribuidoras costumam repassar para os postos com grande agilidade”, disse o ParanaPetro no comunicado.
Gasolina mais barata
Logo após anunciar mudanças em sua política de preços dos combustíveis, a Petrobras anunciou nesta terça-feira reduções nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, confirmando informações que haviam sido vazadas pelo governo na semana passada.
O preço da gasolina nas refinarias da estatal vai cair 12,6%, ou R$ 0,40 por litro. O preço do diesel será reduzido em 12,8%, ou R$ 0,44 por litro. Já o preço do gás de cozinha cairá 21,3%, ou R$ 8,97 por botijão de 13 quilos.
Os novos valores entram em vigor nesta terça (16).No caso da gasolina, parte do ganho será compensado pelo aumento do ICMS, no início de junho.
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Representante dos postos de gasolina cita risco de desabastecimento com nova política de preços
Sindicombustíveis Pará afirma que se o preço do petróleo no mercado internacional aumentar e a Petrobras mantiver o valor baixo, não terá capacidade de suprir o mercado
O Sindicato do Pará (Sindicombustíveis) criticou a nova política de preço dos combustíveis anunciada pela Petrobras nesta terça-feira (16), que inclui o fim da paridade do petróleo – e dos combustíveis derivados, como gasolina e diesel – com o dólar e o mercado internacional.
Em nota enviada ao Grupo Liberal, o advogado da entidade, Pietro Gasparetto, afirma que alteração significa “verdadeiro retrocesso para a Companhia, para o País e pode ser muito arriscada, beirando a irresponsabilidade”, declarou.
“Era assim no passado e a intervenção estatal na empresa trouxe vários prejuízos”, continuou.
Para a entidade, “é uma falácia afirmar que haverá redução de preços”. De acordo com a nota, a situação pode melhorar um pouco, no curto prazo, mas também pode piorar muito, inclusive com falta de produto.
“Um dos motivos para a paridade existir é que grande parte do combustível consumido no Brasil é importado e é necessário ter uma adequação entre mercado interno e externo. A Petrobras não é a única empresa que atua no setor, havendo muitas empresas privadas. Se, por exemplo, o preço do petróleo no mercado internacional e do dólar sofrerem elevação e a Petrobras mantiver o preço baixo, estas empresas privadas não irão importar. Com isso a Petrobras não terá capacidade de suprir o mercado e haverá desabastecimento”, afirma Pietro.
Para evitar que falte combustível, ele avalia que a Petrobras precisará elevar os preços. “Além disso, a manutenção do preço baixo será artificial, gerando prejuízos que no final acabam resvalando no Estado. Além disso, qualquer afirmação agora é mera especulação. A Petrobras sequer divulgou de forma clara qual será a forma de ponderação de cada fator no novo cálculo”, completou.
Novas médias de preços da gasolina por estado no Brasil
Estado | Preço médio atual por litro (entre 07/05 e 13/05) | Nova média com a redução por litro |
Acre (AC) | R$ 6,25 | R$ 5,96 |
Alagoas (AL) | R$ 5,67 | R$ 5,38 |
Amapá (AP) | R$ 5,11 | R$ 4,82 |
Amazonas (AM) | R$ 6,57 | R$ 6,28 |
Bahia (BA) | R$ 5,55 | R$ 5,26 |
Ceará (CE) | R$ 5,82 | R$ 5,53 |
Distrito Federal (DF) | R$ 5,64 | R$ 5,35 |
Espírito Santo (ES) | R$ 5,50 | R$ 5,21 |
Goiás (GO) | R$ 5,56 | R$ 5,27 |
Maranhão (MA) | R$ 5,31 | R$ 5,02 |
Mato Grosso (MT) | R$ 5,52 | R$ 5,23 |
Mato Grosso do Sul (MS) | R$ 5,20 | R$ 4,91 |
Minas Gerais (MG) | R$ 5,32 | R$ 5,03 |
Pará (PA) | R$ 5,44 | R$ 5,15 |
Paraíba (PB) | R$ 5,23 | R$ 4,94 |
Paraná (PR) | R$ 5,64 | R$ 5,35 |
Pernambuco (PE) | R$ 5,24 | R$ 4,95 |
Piauí (PI) | R$ 5,74 | R$ 5,45 |
Rio de Janeiro (RJ) | R$ 5,62 | R$ 5,33 |
Rio Grande do Norte (RN) | R$ 5,69 | R$ 5,40 |
Rio Grande do Sul (RS) | R$ 5,30 | R$ 5,01 |
Rondônia (RO) | R$ 5,99 | R$ 5,70 |
Roraima (RR) | R$ 6,04 | R$ 5,75 |
Santa Catarina (SC) | R$ 5,68 | R$ 5,39 |
São Paulo (SP) | R$ 5,35 | R$ 5,06 |
Sergipe (SE) | R$ 5,18 | R$ 4,89 |
Tocantins (TO) | R$ 5,78 | R$ 5,49 |
Governo terá ações nacionais para fiscalizar redução nos preços de gás e combustíveis, diz Dino
Petrobras anunciou redução de 21,3% no preço do gás de cozinha, 12,6% na gasolina e 12,8% no diesel nas refinarias. Novos valores valem a partir desta quarta.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (16) que o governo vai fiscalizar, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), o impacto das reduções de preço anunciadas pela Petrobras para o gás de cozinha (GLP), a gasolina e o diesel.
“Estou determinando à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça ações coordenadas nacionalmente para fiscalizar o benefício efetivo aos consumidores“, publicou Dino em uma rede social.