Gasolina na Região Sudeste é a mais cara do País em abril
De acordo com o mais recente levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), os postos da Região Sudeste comercializaram a gasolina mais cara do País em abril, com preço médio de R$ 5,803, após novo aumento na comparação com o mês anterior, de 0,28%. Já o etanol apresentou valor médio de R$ 4,384, e o maior recuo entre as regiões brasileiras, de 4,47%.
“O preço médio do etanol em abril esteve abaixo do registrado em março em todos os estados da região. Já o litro da gasolina aumentou em Minas Gerais e no Rio de Janeiro”, destaca Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.
Nos postos mineiros, a gasolina avançou 1,03% e foi comercializada a R$ 5,968. No Rio de Janeiro, o combustível teve aumento de 0,16% e foi encontrado nas bombas dos postos a R$ 6,138, o segundo valor médio por litro mais caro do País, atrás apenas do Acre. Em São Paulo e no Espírito Santo, os preços registrados em abril foram muito semelhantes aos de março, e foram encontrados 0,04% e 0,07% abaixo, respectivamente.
Além da gasolina, o Rio de Janeiro registrou o etanol mais caro da Região Sudeste, a R$ 4,929, após o recuo de 5,27% no valor médio, na comparação com o mês anterior. Minas Gerais e São Paulo também apresentaram redução de preços acima de 5%. Nos postos mineiros, o etanol recuou 5,55%, e nos paulistas, 6,33%. São Paulo registrou o preço médio mais baixo do País, a R$ 3,657.
O Espírito Santo registrou redução de preços do etanol muito diferente dos demais estados. Nos postos capixabas, o combustível recuou 1,14%. Já o diesel e o diesel S-10 foram encontrados com o maior recuo no estado, na comparação com março. O tipo comum foi comercializado a R$ 4,200, baixa de 2,10%, e o tipo S-10, a R$ 4,317, após redução de 1,73% nos preços.
O diesel comum e o diesel S-10 mais baratos da Região Sudeste foram comercializados em São Paulo, a R$ 4,185 e R$ 4,241, respectivamente. Minas Gerais registrou os combustíveis mais caros, e também os menores recuos de preços. O tipo comum nos postos mineiros foi encontrado a R$ 4,373, baixa de 0,77%, e o tipo S-10, a R$ 4,428, após recuo de 0,83%.
“Assim como nas demais regiões do País, o diesel e o diesel S-10 no Sudeste apresentaram redução nos preços em relação ao mês anterior. O tipo comum recuou 1,30% e foi encontrado a R$ 4,262. Já o tipo S-10, com baixa de 1,21%, foi comercializado a R$ 4,337”, pontua Pina.
O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 18 mil postos credenciados à Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 25 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.
Etanol: procura elevada impulsiona preços em SP
Os preços dos etanóis hidratado e anidro voltaram a subir – e com força – no estado de São Paulo, impulsionados pela procura intensa por parte de distribuidoras, que adquiriram volumes expressivos dos biocombustíveis nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, o volume de hidratado negociado entre 3 e 7 de maio foi 66% maior que o da semana anterior.
Além da demanda, a oferta também influenciou o comportamento das cotações, visto que as produções de açúcar e de etanol estão menores neste começo de moagem (35,8% no caso do adoçante e quase 26% no do biocombustível). Isso porque o número de unidades em produção ainda é baixo, e a qualidade da matéria-prima piorou, conforme relatório da Unica divulgado em 27 de abril.
Assim, de 3 a 7 de maio, o indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou a R$ 2,9261/litro, forte alta de 10,05% frente ao anterior. No caso do etanol anidro, a elevação foi de 9,42% no mesmo comparativo, com o indicador Cepea/Esalq fechando em R$ 3,3085/litro – acumulando quase dois meses de alta. Vale ressaltar que essas foram as maiores valorizações desde a semana de 15 a 19 de fevereiro.
Escassez de álcool anidro pode disparar o preço dos combustíveis, causar desabastecimento de etanol e postos de gasolina devem repassar aumento ao consumidor
Isenção dos impostos PIS e Cofins para combustíveis chegou ao fim na semana passada e os empresários do ramo não ficaram nem um pouco satisteitos. Na época, a medida foi criada para conter as disparadas do preço da gasolina e do diesel aplicadas pela petroleira Petrobras. Agora, surge uma nova preocupação para os empresários: a escassez do álcool anidro. A falta do insumo pode disparar o preço dos combustíveis e causar desabastecimento de etanol nos postos, e no final vai sobrar para o bolso dos brasileiros.
De acordo com André Marra, proprietário de postos de gasolina em SP, o aumento nos compostos vai impactar o bolso do consumidor, uma vez que os postos não conseguem absorver os aumentos sozinhos e por isso precisam repassar o preço.
“Os importadores e os produtores de combustíveis são obrigados a informar à própria ANP o preço deles de aquisição e de venda. No meio do caminho nós temos as distribuidoras, que por algum motivo não são obrigadas a informar nem a aquisição e nem o preço de venda. Nós, postos, somos obrigados todo o dia a estampar o preço de venda para os consumidores. Eu, como dono de posto, gostaria de ter a oportunidade de também informar não só aos consumidores, mas para a imprensa, para todo mundo, o preço que eu compro os combustíveis”, disse André.
Escassez do anidro tem a ver com o fato de o preço do açúcar internacional estar alto, logo as usinas irão preferir produzir açúcar
O diretor executivo da Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes e Livres, Rodrigo Zingales, afirma que a escassez do anidro pode ser um reflexo da atuação do mercado, baseada nos interesses das usinas. “Uma usina de açúcar e álcool está capacitada para produzir açúcar, etanol hidratado e, eventualmente, o etanol anidro. O que acontece é: se o preço do açúcar internacional está alto, a usina vai preferir produzir açúcar ao invés de etanol”, analisa.
Alta demanda pelo biocombustível nos EUA pode salvar usinas brasileiras que chegaram a operar em patamares negativos
Apesar da safra 2021/2022 de cana-de-açúcar do Brasil, que teve início no mês de abril, ser menor do que a anterior, a demanda por etanol no Brasil deve seguir pressionada neste ano de 2021, ainda em decorrência dos isolamentos da pandemia do coronavírus, segundo estimativas da consultoria StoneX. No entanto, com o menor consumo interno e a alta do milho no mercado norte-americano, há oportunidades para exportação do biocombustível brasileiro para os Estados Unidos, atualmente o principal consumidor do mundo de etanol.
De acordo com o parecer de especialistas no assunto, ainda que o mercado acompanhe o novo ciclo, há informação de entrada forte das usinas no mercado futuro a fim de aproveitarem os altos valores praticados.
Preço do etanol e da gasolina disparam e Petrobras aumenta GNV em 39%
Petrobras anunciou o reajuste em 39% nos preços de venda do Gás Natural Veicular para as distribuidoras. A partir de maio, o GNV, a principal opção para motoristas que circulam muitos quilômetros por dia e fogem do aumento do preço da gasolina e etanol, também vai impactar no bolso dos brasileiros. Porém, mesmo com o reajuste, abastecer com Gás Natural continuará sendo vantajoso, afirma a Copergás.
O GNV se popularizou no Brasil ao ser utilizado por motoristas de aplicativo e taxistas. Isto porque ele tem rendimento melhor e sai mais barato que os combustíveis etanol e gasolina. De acordo com a distribuidora BR, a economia é de 60%, em média.
A opção pelo combustível ganhou força no início deste ano com a disparada da gasolina e do etanol, que somam acumulados de 40,76% e 25%, respectivamente. Enquanto o metro cúbico do GNV sai por R$ 2,984, a gasolina custa R$ 5,328 por litro e o etanol R$ 3,818 em preços para São Paulo medidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
BR Distribuidora
Com o resultado, a distribuidora de combustíveis teve um desempenho 110,3% melhor que o do mesmo período do ano passado.
A receita líquida, por sua vez, atingiu R$ 26,13 bilhões, um crescimento de 23,3% na base anual de comparação e acima dos R$ 28,2 bilhões estimados pelo mercado.
Segundo a administração da empresa, o Ebitda elevado foi mais um passo importante em direção ao fechamento do gap de margens que historicamente distanciava a companhia do restante do setor.
“Continuamos a ambicionar patamares de rentabilidade que nos coloquem em posição compatível com nossa escala e participação de mercado, através de uma permanente busca por eficiência que entendemos ainda oferecer oportunidades adiante”, escreveram os executivos.